Direção: Lennart Ruff
Produção: Arash Amel, Fred Berger, Leon Clarance,
Brian
Kavanaugh-Jones e Ben Pugh
Roteiro: Max Hurwitz
Distribuição: Netflix
Ano: 2018
Duração: 97min
Gênero: Ficção Científica
Em 2048, a vida na Terra está se tornando insustentável, com
superpopulações, guerras e escassez de comida. De forma que a humanidade
sobreviva, engenharia genética será utilizada em seres humanos para que eles
consigam sobreviver em um planeta chamado Titã. Então, testes começam a ser
feitos em pessoas que sobreviveram a situações extremas, estando entre elas
Rick Janssen (Sam Worthington), um pai e marido devotado. Para
isso, sua esposa, Dra. Abigail Janssen (Taylor Schiling) e seu filho Lucas (Noah
Jupe), se mudam para um complexo militar e acompanham Rick passando por grandes
mudanças.
Já vou começar essa resenha falando que eu fiquei impressionada em como a
maioria das pessoas criticaram e não gostaram desse filme. Não me entendam mal,
pois eu sei que “The Titan” tem seus defeitos, mas não achei ele uma perda de
tempo. Meu pai, meu namorado e minha prima também assistiram e gostaram muito
do resultado. E acreditem em mim, meu namorado é muito fresco para filmes,
principalmente de ficção científica, então se ele gostou com certeza é bom dar
uma conferida.
O primeiro fator que me chamou a atenção na história, foi o fato do
roteiro não buscar uma solução óbvia para o problema da destruição do planeta.
Quase todos os filmes nos mostram o ser humano tentando buscar outro planeta
igual a Terra, mas “The Titan” tentou ir por um caminho diferente. A ideia dos
pesquisadores era o ser humano se adaptar ao planeta Titã. É óbvio que há
mutações genéticas bem forçadas e progressos em pesquisas que provavelmente não
teremos alcançado em 2048. Mas gente!!! O gênero é ficção científica, então
sempre há coisas que consideramos impossíveis de acontecer.
Porém, o que eu achei o diferencial nessa trama foi o fato de nos mostrar
como a família de Rick reagia às transformações pelas quais ele estava
passando. Eu fiquei tocada em como Abigail se preocupava com ele e o amava
independente de tudo. Isso acaba impressionando tanto o telespectador, que a
atriz Taylor Schiling acaba roubando a cena. A atuação dele estava muito boa e
sua personagem tinha uma personalidade muito forte e decidida, então é
impossível você não gostar dela. Acho que como eu sou muito emotiva, eu acabei
me conectando muito a história e gostando mais dela.
E como é uma história de ficção científica, todos esperam que os efeitos
especiais sejam bons, não é? Não vou falar que foi o melhor e que nunca vi nada
tão real, mas conseguiu cumprir seu papel. Eles pegaram alguns elementos
simples e conseguiram fazê-los de forma satisfatória. Eu sou daquelas que pensa
assim: antes não tentar impressionar e inovar muito nos efeitos especiais, do
que fazer algo que não está ao alcance de sua capacidade técnica e acabar
ficando ruim.
E a única coisa que eu realmente achei que o filme deixou muito a desejar
foi em certos momentos da história, que tinham alguns furos e não nos
explicavam o que tinha acontecido direito. Algumas vezes parecia que eu, meu
namorado e meu pai conseguíamos elaborar teorias condizentes com o que estava
acontecendo para um mesmo fato, mas nunca conseguíamos perceber qual era o
verdadeiro.
Assim, termino essa resenha indicando o filme para todos aqueles que não
são muito fãs de ficção científica e não entendem muito sobre o gênero. Quem
entende muito deste último e for muito exigente provavelmente vai conseguir
achar erros imperdoáveis que o farão dizer que “The Titan” não vale a pena. Mas
quem não se importa muito com alguns furos na história e gosta de tramas
diferentes provavelmente vai gostar. Só tenho uma certeza: é impossível não
ficar curioso em qual será o desfecho de tudo.
Nota: 8.0
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