quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Dívida Perigosa


Título em inglês: The Outsider
Direção: Martin Zandvliet
Produção: John Linson e Ken Kao
Roteiro: Andrew Baldwin e John Linson
Distribuição: Netflix
Ano: 2012
Duração: 120min
Gênero: Drama, Suspense

     Nick Lowell (Jared Leto) é um ex-soldado americano que salva um homem japonês em uma prisão. Após o acontecido, esse homem volta para libertá-lo, se mostrando um membro de uma Yakuza muito influente. Assim, Nick se junta à eles e começa a ajudá-los com pequenos serviços, até se ver muito ligado a tudo e começar uma nova vida.


     Yakuza e Jared Leto são os dois elementos que me fizeram querer assistir “Dívida Perigosa”. Eu só tinha visto o ator em “Esquadrão Suicida”, então mal podia esperar para ver outro trabalho dele. E como eu também gosto muito da cultura japonesa, também queria muito ver um filme em que os personagens principais eram Yakuzas. Embora tenha apreciado algumas coisas, sinto dizer que a maioria do filme me decepcionou.


     Primeiramente, a história começa de forma bem interessante e consegue te deixar ansioso e curioso para saber como os Yakuzas reagiriam a um Gaijin (estrangeiro). Porém, passada meia hora de filme, a história começou a ficar monótona e não acrescentar nada de muito excitante, se fixando em como um dos membros da máfia (Suzuki Motokatsu) não gostava de modo algum do protagonista. Sei que não é muito certo eu desejar isso, mas... Cadê o sangue e as lutas?


     Pois é! O filme foi extremamente parado, não tendo quase nenhuma cena de luta. E o pior de tudo é que as que tiveram foram muito mal feitas. Quando vocês virem uma cena em que o Nick desarma algumas pessoas, vocês vão entender do que eu estou falando. Sério! O movimento de Jared Leto foi lento e artificial, me fazendo indagar se não deixaram ele treinar antes de filmar.


     E para completar, não tivemos nenhuma grande atuação. Para falar verdade, fiquei até um pouco decepcionada com a atuação de Jared Leto. O personagem dele era bem frio e meio “traumatizado”, mas o ator ficou sem expressão até demais. Somente Shioli Kutsuna conseguiu chamar um pouco minha atenção, pois além de ser muito bonita, também conseguia fazer boas expressões às vezes.


     Embora a história não tenha sido tão interessante e movimentada como eu estava imaginando, o que salvou ela de ser um TOTAL desastre foi o elemento cultural. Quase todo mundo já ouviu falar dos Yakuzas, mas não sabemos muitas coisas sobre eles além do básico. Então achei bem legal ver como é a cerimônia de entrada, como eles expressam seus arrependimentos e decepções e quais os significados das tatuagens. Até mesmo os conflitos entre Yakuzas inimigas foram levemente boas de se acompanhar.


    Outro elemento que eu também gostei, foi a fotografia do filme. Em alguns momentos tínhamos um jogo de cores e imagens que nos dava uma sensação diferente quando estávamos assistindo. Alguns ângulos da câmera e iluminação também nos ajudavam a entender melhor o estado de espírito de um personagem e nos auxiliavam a nos conectar melhor com ele.


      Enfim, “Dívida Perigosa” tem alguns pontos positivos, mas é facilmente classificado como um filme mediano e totalmente esquecível. É realmente uma pena que um tema tão legal como os Yakuza tenha sido retratado de forma tão previsível e com um final nada satisfatório. Eu praticamente adivinhei no meio do filme tudo o que iria acontecer nos últimos minutos.


Nota: 5

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