domingo, 13 de janeiro de 2019

Wifi Ralph


Direção: Rich Moore e Phil Johnston
Produção: Clark Spencer
Produção Executiva: John Lasseter
Roteiro: Phil Johnston e Pamela Ribon
Companhia Produtora: Walt Disney Pictures e
Walt Disney Animation Studios
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures
Ano: 2018
Gênero: Animação, Aventura

     Seis anos após Detona Ralph salvar o árcade do Sr. Litwalk, ele e Vanellope desenvolvem uma amizade muito forte, fazendo tudo juntos e sendo melhores amigos. Após muitos anos fazendo a mesma coisa, Vanellope sente que quer mais emoção e pistas diferentes em sua vida. Para animá-la, Ralph decide criar uma nova pista somente para a amiga, mas acaba trazendo problemas que ocasionaram na quebra do volante do jogo. Assim, ambos devem entrar no mundo da internet para tentar resgatar o jogo que está prestes a ser desativado.


     Devo admitir que não estava muito ansiosa para assistir Wifi Ralph, já que nem havia gostado muito do primeiro filme. Porém acabei indo no cinema para assisti-lo como um programa de família (sim, minha família ama animações <3). Quando o filme começou, percebi imediatamente que ele valeria a pena, pois a criatividade de toda a equipe que o produziu estava mais ativa do que nunca. Embora nem tudo tenha sido perfeito, creio que será um filme que ficará em minha memória.


     O primeiro destaque do filme é o foco que eles deram para o tema da amizade, mostrando que nela há tantas coisas boas, como ruins. Vanellope e Ralph desenvolveram uma amizade muito bacana, em que um tenta fazer de tudo para o outro. Mas conforme as diferenças vão surgindo, os problemas vão crescendo cada vez mais. Nesse ponto, a animação se destaca por conscientizar as crianças (e adultos) acerca de amizades tóxicas e prejudiciais. Na minha opinião esse é um tema um tanto quanto maduro e que não aparece muito nos desenhos atuais, então achei importante a forma como ele foi retratado. Abram o olho para amizades tóxicas, minha gente.


     E embora essa temática seja muito importante, ela acabou prejudicando um pouco a trama ao tornar o Ralph o vilão da história e extremamente chato. É sério! Havia momentos que eu parava de aproveitar o filme porque eu ficava com raiva dele. Poderiam ter chegado logo ao ponto do que queriam mostrar em relação as amizades tóxicas e continuar a história com um outro foco. Na minha opinião, a parte da história relacionada ao vírus de computador, logo após os personagens terem ido a Dark Web, foi totalmente chata e fez com que eu ficasse me perguntando que horas que o filme ia acabar. Foi desnecessária e podiam ter tentado fechar a história de um forma diferente.


     Tirando esses momentos em que a história ficou chata (para mim, pois eu acho que as crianças vãos gostar), o restante da animação foi excelente. O ponto forte de Wifi Ralph é a forma como a equipe de produção pensou em como seria a internet de um forma mais visual e palpável. Se a internet fosse uma cidade, um lugar real, como ela seria? Eles conseguiram nos mostrar isso de forma bem criativa. Os anúncios, as ferramentas de busca e os personagens de jogos são todos funcionários que auxiliam ou entretêm os usuários (que são representado por vários bonequinhos que conseguem até mesmo andar de “carro” de um lugar a outro da internet). Muito criativo mesmo!


     E para me deixar ainda mais empolgada, temos várias referências bem interessantes durante todo o filme. Conseguimos ver como é a Google, o Facebook, o Twitter, o Instagram e vários outros sites muito utilizados por nós. E ainda por cima, os personagens visitam o site da Disney, onde aparecem vários outros personagens de desenhos tão amados por mim. O destaque dessas aparições especiais são as princesas da Disney, que conseguem brincar com suas próprias histórias e fazer críticas em relação a determinados assuntos em um curto espeço de tempo. Elas criticam o modo como as pessoas sempre pensam que elas dependem dos homens de forma bem cômica. E para deixar tudo perfeito, chamaram as respectivas dubladores de cada uma. Aaah!! <3 Me bateu uma vontade de assistir as animações delas de novo.


     E além disso tudo, a animação ainda deu muito espaço para críticas em relação ao comportamento das pessoas na internet. Comentários maldosos por trás da tela, importância dada as “curtidas” e opinião das outras pessoas, entre outros elementos foram abordados de forma bem intuitiva, fazendo com que crianças e adultos compreendam bem os comportamentos prejudiciais que devem ser evitados na internet.


     E não é que as mulheres também tiveram muito espaço nessa animação? Nós fomos introduzidos a duas personagens que foram muito importantes para o desenrolar da trama: Shank e Yesss, que em conjunto com as princesas se tornaram personagens de muito carisma e divertimento. Na minha opinião, a própria Vanellope roubou o protagonismo de Ralph e mostrou como as mulheres podem ser independentes e determinadas a alcançar seus objetivos.


     Enfim, termino essa resenha dizendo que achei o segundo filme melhor que o primeiro, embora tenha visto na internet que muitos não acharam. Acho que é porque eu sou jovem e não fui da época em que a crianças gostavam de jogar jogos árcade. Então acaba que muitas das referências do primeiro filme não sejam tão impactantes e significativas para mim. Acho que a preferência de alguém pelos dois filmes vai depender muito da idade da pessoa, já que o segundo filme não focou muito na temática de jogos, mas na própria internet.

Nota: 7

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