sábado, 16 de fevereiro de 2019

Boneca Russa

 Criação de: Natasha Lyonne, Amy Poehler
e Leslye Headland
Produção Executiva: Natasha Lyonne, Amy Poehler
e Leslye Headland  
Empresas de Produção: Universal Television, Paper Kite
Productions, Jax Media, 3 Arts Entertainment
Emissão: Netflix
Número de Episódios: 8
Duração dos Episódios: 24-30 min
Ano: 2019
Gênero: Comédia, Drama

      Ao ir embora de sua festa de aniversário, Nadia (Natasha Lyonne) é atropelada por um carro enquanto estava tentando encontrar seu gato de estimação. Após perder a consciência, ela acorda debruçada sobre a pia do banheiro onde estava algumas horas antes. Ao abrir a porta uma surpresa a aguarda: ela está revivendo a mesma noite de sua festa. Será que Nadia perdeu sua sanidade? Ou será que há algo por trás de tudo que está acontecendo? Como ela conseguirá impedir de reviver a mesma noite todos os dias?


       Boneca Russa foi mais uma daquelas séries que eu comecei sem compromisso algum. Eu escolhi ela simplesmente pelo fato de querer assistir algo que não levasse muito tempo para terminar. E é claro que os 8 episódios de no máximo 30 minutos acabaram chamando muito a minha atenção. O que eu não estava contando é que eu gostaria tanto dela que eu acabaria maratonando tudo em um único dia.
       O elemento central da história não é muito inovador, sendo que já vimos muitas histórias com personagens que ficam revivendo um mesmo dia, como “No Limite do Amanhã” com o Tom Cruise. Então, o que eleva o potencial da trama é o fato dos personagens e dos acontecimentos que os envolvem serem tão complexos e, ao mesmo tempo, tão possíveis de acontecerem com a gente.
       Nadia é a personagem mais enigmática de todas, sendo totalmente não convencional e quase uma anti-heroína no início. É sério! Nos primeiros episódios você fica até meio com raiva das atitudes dela e de como ela trata as outras pessoas. Ela com certeza é aquele tipo de gente que você não quer ter perto. Mas todo o jeito de ser dela advém de acontecimentos de seu passado que ela não conseguiu superar. Bem cliché, não é? É exatamente aí que você se engana, pois seus traumas não são nada previsíveis e envolvem elementos bem diferentes e difíceis de se compreender.
       E depois que ela enfim acorda para a vida, Nadia começa a se desenvolver e se tornar uma ótima personagem. Ela começa a tentar superar seus medos e adquire uma noção de mortalidade e da importância de se viver cada momento que a tornaram uma pessoa melhor. E esse desenvolvimento só foi possível porque ela tinha alguém ao lado dela: Alan (Charlie Barnett). A série mostrou de maneira estupenda de que é necessário aceitar e buscar ajuda quando precisamos.
       E o Alan foi outro personagem super interessante dessa série, tendo uma maneira de pensar tão complexa e peculiar quanto Nadia. Ele é o meu personagem favorito de “Boneca Russa” e desempenhou um papel muito importante para a trama. Aconselho você que ainda não viu o trailer não o assista, pois ele dá muitos spoilers em relação a qual será a participação do Alan na história. Eu não tinha assistido, então recebi uma grande surpresa no episódio quatro quando ele apareceu. E foi muito melhor assim! =)
      O episódio final foi incrível e esclareceu completamente porque tudo aquilo aconteceu com a Nadia. Não foi deixada nenhuma ponta solta na trama e tudo se desenvolveu perfeitamente. O final foi tão lindo que eu me senti bem após terminar de assistir, sabe? Que série foda! Faz a gente refletir sobre nossa mortalidade, nossa vontade de viver e a capacidade que temos de salvar uma vida. Só afirmo uma última coisa: uma história só é boa quando ela nos faz ficar refletindo sobre ela após termina-la. E “Boneca Russa” fez isso!!
Nota: 9.5

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