sexta-feira, 2 de agosto de 2019

O Rei Leão


Direção: Jon Favreau
Produção: Jon Favreau, Karen Gilchrist
e Jeffrey Silver
Roteiro: Jeff Nathanson
Companhias Produtoras: Walt Disney Pictures
e Fairview Entertainment
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures
Duração: 1h 58min
Ano: 2019
Gênero: Épico, Drama, Musical

     Quem nesse mundo não conhece a épica animação de Rei Leão, não é? Quem não ficou ansioso para o live-action enfim chegar aos cinemas? Eu com certeza fiquei! Rei Leão era um dos meus desenhos preferidos na minha infância e continua sendo até hoje de forma muito merecida. Quando o filme foi anunciado, minhas expectativas se elevaram e acabei ficando com um pouco de medo de elas serem totalmente frustradas. Se isso ocorreu ou não, vocês vão ficar sabendo no decorrer dessa resenha.


     Antes de ir ao cinema, você deve ter se perguntado se a história seria a mesma, ou se mudanças substanciais apareceriam no enredo. Para minha alegria, a história estava quase igual, possuindo pequenas modificações para parecer mais real. Não que eu não goste de coisas novas, mas a trama original é tão boa que não necessita de complementos para melhorar sua qualidade. O fato do diretor, Jon Favreau, ter se preocupado com a veracidade dos movimentos dos animais e da fauna e flora presentes na região tornou tudo muito verídico e emocionante. Afinal, quem não gosta de ter seu país ou região corretamente retratado em uma obra?


     Além da história estar perfeita (como sempre), os gráficos do filme estavam completamente lindos. O GCI estava impecável, com os animais e os elementos das paisagens parecendo totalmente reais. Acho que essa parte gráfica é a que mais chama a atenção para o filme e faz com que a geração mais nova também se torne fã de carteirinha da saga. É tudo tão colorido, lindo e vivo que é impossível não se ver emocionado e impressionado com tudo o que ver na tela do cinema.


     A veracidade dos animais, na concepção de algumas pessoas, tirou um pouquinho o olhar “humanizado” e cheio de sentimentos que os personagens do desenho tinham. Obviamente em uma animação 2D é mais fácil de conferir expressões faciais mais emotivas para os animais, porém a entonação da voz deles pode ser o suficiente para essa emoção também acontecer no filme.


     E é aqui que chegamos ao momento de criticar o único elemento falho, na minha opinião, desse filme: a dublagem. Embora muitos não reconheçam, a dublagem brasileira é uma das melhores do mundo, sendo que possuímos dubladores extremamente talentosos. Isso pode ser facilmente percebido ao assistir o Rei Leão original, no qual os personagens tinham vozes muito icônicas, como as de Mufasa (Paulo Flores), Timão (Pedro Lopes) e Pumba (Mauro Ramos).


     Como o Brasil possui dubladores muito talentosos, nada mais óbvio do que colocar um dublador para dublar as falas dos personagens, certo? Errado! Eles simplesmente colocaram um ator e uma cantora para serem um dos dois principais personagens do filme: Simba e Nala. Não estou falando que eles não são ótimos artistas, mas sim que as áreas deles são diferentes. Dublar não é algo fácil, não é simplesmente ler um monte de falas e colocar em um filme ou desenho.


     Eu até achei que era chatice da minha parte, que eu não estava sendo imparcial pelo fato de já estar acostumada com a versão antiga. Mas quando eu saí do cinema e várias pessoas comentavam da dublagem desses dois personagens principais, eu percebi que não estava tão equivocada assim. Deixando claro que também sei de pessoas que gostaram da dublagem da Iza e do Ícaro, ok? Mas muitas também tiveram a mesma opinião que a minha.


     Apesar disso, o restante do elenco de dublagem me agradou bastante, sobretudo as vozes do Timão (Ivan Parente), do Pumba (Glauco Marques), do Zazu (Marcelo Caodaglio) e da Shenzi (Carol Crespo). Até a parte musical desses personagens ficaram boas, fazendo com que eu admirasse ainda mais esses profissionais. Pena que mudaram um pouco algumas partes da letra e do ritmo de algumas canções, pois as originais eram totalmente perfeitas.


     Enfim, não preciso nem comentar que eu amei muito o filme, embora possa seguramente afirmar que prefiro o desenho. Ainda não assisti a versão em inglês, mas pretendo para poder perceber se eu tenho alguma mudança de sentimento pela troca dos dubladores. Jon Favreau anda fazendo um ótimo trabalho em suas adaptações e espero que seu trabalho seja devidamente reconhecido.

Nota: 9

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