Direção:
Jon Favreau
Produção:
Jon Favreau, Karen Gilchrist
e Jeffrey Silver
Roteiro:
Jeff Nathanson
Companhias
Produtoras: Walt Disney Pictures
e Fairview Entertainment
Distribuição:
Walt Disney Studios Motion Pictures
Duração: 1h 58min
Ano: 2019
Gênero: Épico, Drama, Musical
Quem
nesse mundo não conhece a épica animação de Rei Leão, não é? Quem não ficou
ansioso para o live-action enfim chegar aos cinemas? Eu com certeza fiquei! Rei
Leão era um dos meus desenhos preferidos na minha infância e continua sendo até
hoje de forma muito merecida. Quando o filme foi anunciado, minhas expectativas
se elevaram e acabei ficando com um pouco de medo de elas serem totalmente
frustradas. Se isso ocorreu ou não, vocês vão ficar sabendo no decorrer dessa
resenha.
Antes
de ir ao cinema, você deve ter se perguntado se a história seria a mesma, ou se
mudanças substanciais apareceriam no enredo. Para minha alegria, a história
estava quase igual, possuindo pequenas modificações para parecer mais real. Não
que eu não goste de coisas novas, mas a trama original é tão boa que não
necessita de complementos para melhorar sua qualidade. O fato do diretor, Jon
Favreau, ter se preocupado com a veracidade dos movimentos dos animais e da
fauna e flora presentes na região tornou tudo muito verídico e emocionante.
Afinal, quem não gosta de ter seu país ou região corretamente retratado em uma
obra?
Além
da história estar perfeita (como sempre), os gráficos do filme estavam
completamente lindos. O GCI estava impecável, com os animais e os elementos das
paisagens parecendo totalmente reais. Acho que essa parte gráfica é a que mais
chama a atenção para o filme e faz com que a geração mais nova também se torne
fã de carteirinha da saga. É tudo tão colorido, lindo e vivo que é impossível
não se ver emocionado e impressionado com tudo o que ver na tela do cinema.
A
veracidade dos animais, na concepção de algumas pessoas, tirou um pouquinho o
olhar “humanizado” e cheio de sentimentos que os personagens do desenho tinham.
Obviamente em uma animação 2D é mais fácil de conferir expressões faciais mais
emotivas para os animais, porém a entonação da voz deles pode ser o suficiente
para essa emoção também acontecer no filme.
E é
aqui que chegamos ao momento de criticar o único elemento falho, na minha
opinião, desse filme: a dublagem. Embora muitos não reconheçam, a dublagem
brasileira é uma das melhores do mundo, sendo que possuímos dubladores
extremamente talentosos. Isso pode ser facilmente percebido ao assistir o Rei Leão
original, no qual os personagens tinham vozes muito icônicas, como as de Mufasa
(Paulo Flores), Timão (Pedro Lopes) e Pumba (Mauro Ramos).
Como
o Brasil possui dubladores muito talentosos, nada mais óbvio do que colocar um
dublador para dublar as falas dos personagens, certo? Errado! Eles simplesmente
colocaram um ator e uma cantora para serem um dos dois principais personagens
do filme: Simba e Nala. Não estou falando que eles não são ótimos artistas, mas
sim que as áreas deles são diferentes. Dublar não é algo fácil, não é
simplesmente ler um monte de falas e colocar em um filme ou desenho.
Eu
até achei que era chatice da minha parte, que eu não estava sendo imparcial
pelo fato de já estar acostumada com a versão antiga. Mas quando eu saí do
cinema e várias pessoas comentavam da dublagem desses dois personagens
principais, eu percebi que não estava tão equivocada assim. Deixando claro que
também sei de pessoas que gostaram da dublagem da Iza e do Ícaro, ok? Mas
muitas também tiveram a mesma opinião que a minha.
Apesar
disso, o restante do elenco de dublagem me agradou bastante, sobretudo as vozes
do Timão (Ivan Parente), do Pumba (Glauco Marques), do Zazu (Marcelo Caodaglio)
e da Shenzi (Carol Crespo). Até a parte musical desses personagens ficaram
boas, fazendo com que eu admirasse ainda mais esses profissionais. Pena que
mudaram um pouco algumas partes da letra e do ritmo de algumas canções, pois as
originais eram totalmente perfeitas.
Enfim,
não preciso nem comentar que eu amei muito o filme, embora possa seguramente
afirmar que prefiro o desenho. Ainda não assisti a versão em inglês, mas
pretendo para poder perceber se eu tenho alguma mudança de sentimento pela
troca dos dubladores. Jon Favreau anda fazendo um ótimo trabalho em suas
adaptações e espero que seu trabalho seja devidamente reconhecido.
Nota: 9
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