Daybreak

Direção: Brad Peyton e Aron Eli Coleite

Produção: Michael J. Malone e Bruce Dunn

Obra original de: Brian Ralph

Emissão: Netflix

Número de Episódios: 10

Tempo Médio de Duração dos Episódios: 45 min

Gênero: Ficção Pós Apocalíptica, Drama, Comédia Dramática

Ano: 2019

     Josh Wheeler (Colin Ford) é um jovem canadense que acaba de se mudar para uma nova escola nos Estados Unidos. Lá, ele conhece Sam Dean (Sophie Simnett), uma garota popular que é amiga de todos, e acaba se apaixonando por ela. Pouco tempo depois, uma bomba explode e o caos se instaura no mundo, fazendo com que todos os adultos se transformassem em zumbis. Assim, não havendo adultos normais no mundo, os jovens devem lutar pela sua própria sobrevivência.

     Lendo a sinopse que eu fiz, você pode até pensar que essa série vai ser uma série pós apocalítica mais séria, com uma pitadinha de romance adolescente. Mas não é bem assim que as coisas acontecem. A história pode até mesmo ser de zumbi, mas ela não é nenhum pouco parecida com The Walking Dead. A trama tentou imitar Zumbilândia, sabe? Misturando zumbis com comédia. Porém, na minha opinião, não deu muito certo.

     Primeiro de tudo, o roteiro não me agradou muito pelo fato de girar em torno de um único acontecimento: a busca de Josh por Sam. Muitas vezes, surgiam vários caminhos legais pelos quais a história poderia seguir, que tornariam tudo muito mais interessante, mas eles optaram por seguir nessa busca incansável (ou cansável, não é?) E o que tornava tudo mais monótono e chato era o comportamento irritante de Josh, que priorizava a Sam acima de tudo.

     E pelo fato dele fazer isso, nós acabamos conseguindo um dos piores protagonistas que eu já vi. Não demorou muito para eu começar a gostar cada vez mais de outros personagens e ele ficar totalmente apagado e esquecido. Comecei até mesmo a pular algumas partes que o Josh ficava falando sobre ele e a Sam, de tão chatas que era. Ao invés disso, Angélica Green (Alyvia Alyn Lind) e Wesley Fists (Austin Crute) começaram a ganhar cada vez mais meu coração.

     Angélica Green era uma menina de 10 anos que atormentava a todos antes do apocalipse acontecer, possuindo comportamento piromaníaco e uma personalidade difícil de lidar. Já Wesley Fists era um membro do time de futebol que se tornou um samurai com valores pacifistas após a explosão da bomba. Ambos te irritam um pouco no início da série, mais vão se desenvolvendo e amadurecendo, se tornando ótimos personagens.

  Angélica e Wesley são os personagens que você mais simpatiza, principalmente pelo fato deles conseguirem criar laços com as outras pessoas. Isso não ficou tão explícito com Josh, que se preocupava tanto em encontrar a Sam, que nem pensava em fazer novos amigos e formar um grupo com alguém. Para mim, o relacionamento que melhor se desenvolveu e salvou a série foi a amizade criada entre Angélica e a Senhora Crumble (Krysta Rodriguez). Sério gente! Era até fofo de se ver, com uma sendo essencial para o amadurecimento e crescimento da outra.

     Embora a história se resuma ao Josh tentando encontrar a Sam, também nos são mostrados alguns flashbacks bem legais da vida de vários personagens. Tenho que admitir que até fiquei levemente interessada em alguns deles, pois eles nos ajudavam a esclarecer por que um determinado jovem pensava e agia de uma determinada forma. Só achei que faltou mostrar um pouco sobre os familiares de alguns dos protagonistas, que nem apareceram na história. Será que foi para cortar gastos com atores?

    Eu estou falando aqui sobre os personagens enquanto alguns de vocês querem que eu comece a falar logo da parte da comédia da série. Infelizmente vou desapontar vocês e dizer que ela não é muito boa. Eles fizeram uns zumbis super sem noção e personagens bem mocorongos, sendo que não basta só isso para fazer com que uma história de zumbi fique engraçada. Fala sério! Ficou bem trash mesmo, com a série sendo salva por pequenos momentos de maior seriedade do roteiro.

     Enfim, não vou me estender nessa resenha porque eu não tenho muito o que dizer além do fato de que eu não gostei de quase nada. O final acabou sendo surpreendente de certa forma, sendo que eu jamais imaginaria que os acontecimentos tomariam aquele rumo. Embora Daybreak não tenha me agradado muito, acho que vocês deveriam dar uma conferida. Quem sabe vocês achem engraçado e alguns furos de roteiro não incomodem tanto vocês?

Nota: 5