Resenha: Kyou no Kira-kun

Capítulos: 34

Volumes: 9

Ano: 2011

Autor(a): Mikimoto Rin

       Nino Okamura é uma garota muito introvertida que é chamada de Garota Pássaro pelos seus colegas de turma. Isso ocorre porque ela sempre está com uma calopsita empalhada em seu ombro. Bem... É isso que ela quer que eles pensem. Sensei é uma calopsita muito esperta que sabe se comunicar com os humanos, e fica o tempo todo perto de Nino só para protegê-la. A relação entre esses dois é muito fofinha, eles são tão apegados um ao outro quanto eu sou com meus cachorros. <3

        Um dia, Nino escuta que Yuiji Kira, um dos garotos mais arrogantes de sua turma, está morrendo e só tem mais um ano de vida. Ela não acredita, pois como pode um garoto sorrir e brincar com os outros em um momento como esse? Eles moram um do lado do outro, e certos acontecimentos fazem com que eles fiquem cara a cara. Quando Nino descobre a verdade sobre a doença de Kira, promete estar ao seu lado durante todo o ano que se passar.

      Depois que Nino disse aquilo à Kira, ele não desgrudou mais dela. Foi muito interessante ver como os dois mudaram conforme foram passando mais tempo um com o outro. Você descobre que eles eram mais do que aparentavam nos primeiros capítulos. Você deve estar se perguntando quem são esses dois com ele na imagem aí em cima. Eles são os pais da Nino. Isso mesmo, a mãe dela gosta muito de fazer cosplay. Além disso, temos o pai de Kira que ama se vestir de mulher. Ele é um dos melhores personagens. Não é legal a maneira como esse mangá diz que você sempre deve fazer o que te deixa feliz?

         Kazuhiro Yabe era um dos garotos que ficavam ao redor de Kira, fazendo todas as suas vontades. Porém, quando este último passa a ficar junto de Nino, eles se afastam e Yabe passa a tentar reatar a “amizade”. Não sabemos qual a história antiga desses dois de início, mas ficamos muito curiosos por saber. O mais bonitinho é que o Yabe vai se apaixonando por Nino. Sabe aquela paixonite fofinha e inocente? Uma gracinha mesmo!

         A amizade de Kira e Nino se desenvolveu, e eles (óbvio) se apaixonam um pelo outro. O que demorou um pouquinho foi ambos perceberem isso. E demorou mais ainda para eles perceberem os sentimentos do outro. Quem soube tudo desde o início foi o Sensei. Não disse que ele era uma calopsita muito inteligente? O mais engraçado eram os pensamentos dele, como por exemplo o da imagem acima.

      Sabe o que é interessantíssimo? O fato da mangaká jogar na sua cara personagens que você odeia de início, mas que na verdade são ótimas pessoas. Por exemplo: Mio Shitara e Rei Uchida. A primeira é uma enfermeira que usava Kira para se satisfazer e não se sentir sozinha, enquanto que a segunda tinha prazer em ficar aborrecendo as outras pessoas. Não preciso nem dizer que as duas deram um pouco de trabalho para Nino, não é? Só não vou dizer aqui o motivo de você acabar gostando delas depois.

         Esse mangá tem um pouco de drama no meio dele. Nem precisa explicar porque, não é? Imagina só você saber que a pessoa por quem você está apaixonada tem pouco tempo de vida? Ou você ver que provavelmente você terá que deixar a pessoa que você gosta sozinha? É algo realmente triste de se pensar. Mas isso não atrapalha tanto a relação entre os protagonistas, pois eles farão de tudo para que esse último ano seja o melhor da vida deles.

      Além da história ser muito linda, reforçando a importância de família, amor, amizade e identidade, ela é super bem desenhada. Os traços dos personagens são realmente muito bonitos, tanto das pessoas quanto dos animais. Me dói o coração toda vez que eu vejo uma ótima trama representada por péssimos desenhos. Enfim, a mangaká está realmente de parabéns.

        Eu gostei bastante do final da história, embora tenha acontecimentos bem tristes. Mas era algo inevitável, que mais cedo ou mais tarde iria ocorrer. O desenvolvimento de Nino foi um fator notável, que realmente serve de inspiração para pessoas que são tão contidas quanto ela era. E o mais importante... Nos mostrou qual foi o destino do protagonista, se ele morreu ou não. Foi ótimo o final não ter sido deixado em aberto.

E aí? Já leu esse mangá? Tem vontade de ler? Gosta de traços bonitos tanto quanto eu? Deixe tudo nos comentários.

Nota: 9