Resenha: The K2

Ano de exibição: 2016

Número de episódios: 16

Emissora: tvN

Direção: Kwak Jung Hwan

Roteiro: Jang Hyeok Rin

Tempo médio de duração dos episódios: 1h

     Até que enfim eu assisti o último episódio de The K2. Esse é um k-drama que eu estava esperando ansiosamente principalmente devido a escolha do elenco. Ji Chang Wook é um dos meus atores favoritos e mal podia esperar para vê-lo em outra série de ação. Yoona, para quem não sabe (alguém não sabe? kk), é um dos membros do grupo Girl Generations. Amo! Sempre ouvi falar que ela não atuava nada bem, então resolvi conferir isso assistindo essa história que, ao que tudo indicava, tinha tudo para ser muito dramática.

     Uma das primeiras cenas é muito tensa. Uma garota de camisola estava com os pés machucados fugindo desesperadamente de algo. Além disso, ela estava na Espanha. Esconder uma coreana em um outro país é sinal que perigo está por vir. Ela se chama Go An Na (Yoona), filha do deputado Jang Se Joon (Cho Seong Ha). Trechos de memórias dela, fazem com que o telespectador saiba da trágica morte de sua mãe e de como fizeram de tudo para afastá-la do pai. Quem foi o causador de tudo isso?

     Em um segundo momento, vemos um homem, Kim Je Ha (Ji Chang Wook), todo machucado em um quarto de hospedagem espanhola. Ele vai para o metrô, mas toma muito cuidado para não ser reconhecido. Quem é esse homem? Ele ajudará a mulher coreana que está desesperadamente agarrada a ele pedindo ajuda? Já no primeiro episódio ele demonstra ter incríveis habilidades de luta, porém não impediu totalmente que a protagonista fosse pega. Será que ambos irão se encontrar novamente?

     Alguns anos depois, vemos que Je Ha está trabalhando como um “pregador de pôsteres”. Ele sempre passa a impressão de estar se escondendo de algo, observando atentamente cada câmera que há nos lugares em que passa. Quando ele acidentalmente vê algo que deveria ser escondido, pessoas da empresa de segurança JSS passam a persegui-lo e descobrem sua verdadeira identidade. Ele fazia parte de uma empresa militar de elite chamada Blackstone. Mas ele não somente fazia parte, como também era o melhor de todos, o mais perigoso.

     Alguém foi enviado para matá-lo e matar todas as pessoas que estivessem ao redor dele (mesmo que elas fossem dois velhinhos indefesos). Quem seria capaz de ordenar tal coisa? Choi Yoo Jin (Song Yoon A), mulher do deputado Jang Se Joon e “madrasta” de An Na. Quando Je Ha vai encontrá-la para dar-lhe um aviso, os caminhos dele e da garota que ele não salvou no passado se cruzam novamente. Reviravoltas fizeram com que ele se tornasse membro da JSS e tivesse a função justamente de vigiar a casa em que An Na era mantida trancafiada. Hum... Será que vai florescer um amor desse relação?

     A história tem como plano central a corrida presidencial entre dois candidatos: Jang Se Joon e Park Kwan Soo (Kim Kap Soo). Assim, conseguimos perceber de maneira bem clara como ocorre a corrupção na política e a relação de troca entre os políticos e outras pessoas mais poderosas. Penso que um dos objetivos principais de The K2 era o de mostrar o quanto a ganancia e a busca pelo poder podem mudar as pessoas. Além disso, vê-se claramente quantas vidas são influenciadas por uma ordem dada por uma dessas pessoas.

     Sinceramente! É impossível conseguir identificar as características e intenções dos personagens somente assistindo os seis primeiros episódios. Todos possuem personalidades muito complexas e desconhecemos de seus passados, então a todo momento mudamos o que pensamos sobre cada um. E quando você pensa que entende um pouco sobre algum deles, você se vê totalmente enganado e volta à estaca zero.

    Kim Je Ha é um personagem bem enigmático de início, sendo extremamente imprevisível e difícil de controlar. Porém, com o tempo você percebe que ele possui uma personalidade bem simples. Ele é um homem que possui muitas mágoas passadas e que não gosta que injustiças sejam cometidas. Tentará ajudar qualquer um que esteja precisando, seja a ambiciosa Choi Yoo Jin, ou a doce An Na. É inegável que ele possui um ótimo coração, embora tente aparentar ser uma pessoa fria e indiferente para os outros.

     Go An Na é uma mulher que, por ter sido mantida escondida e presa por muito tempo, tinha problemas para se comunicar com as pessoas e era mentalmente frágil. Você fica surpreso com o tanto que ela amadurece e se torna forte no desenrolar da trama. Ela tinha uma personalidade um tanto quanto contraditória, sendo vingativa em alguns momentos e doce e inocente em outros. Sua determinação para manter aqueles que amava seguros e para descobrir a verdade por trás da morte de sua mãe é impressionante. Yoona fez um excelente trabalho!! Ela conseguiu me fazer chorar em algumas cenas.

     Agora vou falar sobre a minha personagem preferida: Choi Yoo Jin. Na minha opinião, ela era a personagem mais intrigante. Havia momentos em que eu torcia por ela, outros em que eu ficava com muita raiva. Como pode uma pessoa fazer qualquer coisa para adquirir poder? Eu fiquei impressionada com a sua sagacidade e inteligência. Podiam ter umas 1000 pessoas tramando algo contra ela, que você podia ter certeza que ela levaria a melhor. As pessoas tinham até medo de traí-la, de tão cruel que ela podia ser. Mas fazer o quê, eu amei a personagem. #girlpower Porém, embora ela pareça ser muito forte, ás vezes se provava frágil. Não pude deixar de pensar que algo havia acontecido para que ela desejasse tanto poder. Por favor! Alguém dê um Oscar para Song Yoon A!!

     O personagem que mais me trazia sentimentos contraditórios era Jang Se Joon. Eu não sabia se ele se preocupava mais com a An Na ou com a presidência. Embora ele diga que faz muitas coisas pela sua filha, não conseguiu me convencer nem um pouquinho. Já era! Ele já tinha sido consumido pelo desejo de poder. Ele era um canalha mulherengo que sabia atuar muito bem em frente às câmeras, mas que na minha opinião teve sua redenção no final. Até que enfim fez alguma coisa certa!!

     Esses que eu citei são os quatro personagens principais, mas há muitos outros que conseguiram ser tão marcantes quanto eles. Vou citar só alguns, senão essa resenha vai ficar maior ainda. Choi Sung Won (Lee Jung Jin) era o irmão de Choi Yoo Jin, sempre buscando mais poder da mesma maneira que ela. A diferença entre os dois é que, como ele era muito precipitado (e ela muito mais inteligente), ele sempre acabava confiando nas informações ou pessoas erradas. Sorry cara! Você jamais conseguirá vencê-la. Kim Dong Mi (Shin Dong Mi) era a secretária de Yoo Jin. Era tão devota a ela que eu fiquei boa parte do drama achando que ela estava apaixonada pela chefe. A atriz está de parabéns, pois sua personagem em She Was Pretty era muito diferente dessa.

     A equipe da JSS que protegia a An Na era a melhor. Os principais eram Mi Ran (Lee Yea Eun) e Lee Sung Kyoo (Lee Jae Woo). Ambos eram muito divertidos e te tiravam boas gargalhadas. Imagina a alegria que eu fiquei quando formaram um dos casais secundários. Eles eram extremamente compatíveis e fofos juntos. E é claro que juntando esses dois, Je Ha, An Na e os outros membros da JSS nos deparamos com ótimas cenas de companheirismo. A amizade foi abordada de maneira sútil, mas inesquecível.

     A trama foi muito bem elaborada, sendo que tínhamos várias perguntas que só eram respondidas no momento certo. E quando pensamos que descobrimos algo, a história nos mostra que estávamos errados. Sabe o quão curiosa e tensa eu fiquei enquanto estava assistindo os 16 episódios de The K2? Sério mesmo! Muitas vezes eu não conseguia assistir mais de um episódio seguido de tão nervosa que eu ficava com o que estava acontecendo.

     Eu achei que eles dividiram bem a história, sendo que a primeira parte focava em Je Ha e Choi Yoo Jin e a segunda focava no relacionamento entre Je Ha e An Na. No início, Je Ha participava de todos os esquemas de Yoo Jin, sempre se preocupando em pensar em alguma maneira de se vingar de Park Kwan Soo. Porém, quando ele começou a se apaixonar por An Na, ele priorizou sua proteção em detrimento de qualquer outra coisa que queria. Eu ficava bem nervosa quando os dois estavam em perigo. Só ficava pensando: “Por favor, não matem nenhum dos dois”.

     Mas podem ficar tranquilos que esse drama não tem só tensão não. Ele possui ótimas cenas de comédia e romance para dar uma aliviada na carga dramática e pesada que há em muitos momentos. Ji Chang Wook e Yoona tiveram uma química impecável. O relacionamento de seus personagens realmente parecia bem real e palpável. Gostei do fato deles aceitarem bem o que sentiam e render cenas fofíssimas aos telespectadores. É importante frisar que tivemos ótimos beijos (ebaaa). Quanto às cenas engraçadas, a maioria envolvia Je Ha e a equipe da JSS ou Je Ha e An Na. Como não sorrir com ele ganhando pessoas que o apoiassem?

     Aposto que todos estão esperando que eu diga como foi o final. Foi excelente!! Cada personagem teve o que mereceu (sejam coisas boas ou ruins). Não que eu tenha desgostado, mas se tivessem dado um fim diferente para a Choi Yoo Jin, eu também teria ficado satisfeita. Só posso dizer que eu chorei e me emocionei muito. Os atores super acertaram em suas atuações, que tocavam profundamente o telespectador. Huuum!! Sinto cheiro de um dos melhores dramas do ano, hein?

Nota: 10

SPOILER SOBRE O FINAL (SELECIONE PARA LER): Podem ficar tranquilos que nem o Je Ha e nem a An Na morrem. Muitos estavam preocupados com um final trágico. Agora... Quem amou Choi Yoo Jin e Jang Se Joon, sinto informar que eles morrem no finalzinho do último episódio. Fiquei triste com a morte deles? Sim. Mas garanto que nunca ficaram tão em paz, ou que Choi Yoo Jin tenha se sentido tão feliz como no momento em que esperavam a morte juntos. E é claro que eu fiquei feliz em saber que ela não matou a mãe de An Na, algo que eu sempre suspeitei. Eu até achava que ela muitas vezes se preocupava com a garota verdadeiramente!