Direção: Keiji Gotoh
Roteiro: Noboru Takagi
Música: Akihiro Manabe
Estúdio: Brain’s Base
Emissão: TV Asahi, MBS, AT-X, BS-NTV
Tempo Médio de Duração dos Episódios: 20min
Número de Episódios: 12
Gênero: Comédia, Mistério, Romance,
Shounen e
Sobrenatural
Ano: 2020
Kotoko
Iwanaga é uma garota de 17 anos que foi raptada por youkais quando era criança.
O motivo? Eles queriam que ela se tornasse a deusa da sabedoria dos seres
sobrenaturais. Mas isso teve um preço, com ela retornando para o mundo normal
sem um olho e uma perna. A partir desse acontecimento, Kotoko ganhou a
habilidade de ver e se comunicar com os youkais, resolvendo problemas que
poderiam envolver forças benevolentes ou perigosas. Um dia, ela conhece Kuro
Sakuragawa, um garoto que não parece estar tão distante do mundo que ela tanto
conhece.
Em
época de quarentena eu me pego em casa sem vontade de assistir absolutamente
nada ou de ler alguma coisa. Será que isso se deve ao fato de eu ter descoberto
o viciante mundo de League of Legends? Não sei! Mas, quando já estava sem
esperança de encontrar algo para assistir, me deparo com a brilhante ideia de
procurar um anime com gênero sobrenatural e de mistério, que sempre acaba
atiçando minha curiosidade. Então, aqui estou eu com a resenha de Kyokou Suiri.
O
primeiro episódio do anime transcorreu de forma muito lenta e (para alguns)
monótona, tendo um pouquinho de ação só no final do episódio. De início, ele me
pareceu que seguiria a mesma linha de Natsume Yuujinchou, com a protagonista resolvendo um problema com um youkai em cada
episódio. Não vou dizer que não teve isso, mas acabou sendo só o pano de fundo
para uma história com mais mistérios e complexidade.
Então,
a primeira metade do anime se preocupou em mostrar um pouquinho quais eram as
atribuições da Kotoko como a Deusa da Sabedoria dos youkais e como era o
relacionamento deles com a garota. Tenho que admitir que nem sempre esses
momentos eram interessantes de se assistir e me prendiam. Fiquei querendo muito
mais que a história me fizesse conhecer melhor os personagens.
E
foi na segunda metade da história que tudo começou a ficar realmente
interessante, sendo que a Kotoko teve que lidar com eventos sobrenaturais
extremamente perigosos e uma antagonista perspicaz e inteligente. Nesse momento
da história, vários mistérios nos foram apresentados e foram sendo resolvidos
na hora certa. E tudo isso só foi possível graças aos flashbacks interessantes
e esclarecedores do “namorado” da Kotoko, Kuro Sakuragawa.
Devo
dizer que conhecer o passado dele foi uma das melhores coisas desse anime, pois
além de você entender toda a personalidade e o jeito do personagem, nós somos
introduzidos a uma outra personagem que também considerei interessante: Rikka
Sakuragawa. Já deu para perceber que a família Sakuragawa vai ser importante
para a história, não é? Pode se preparar que tanto Rikka, quanto Kuro terão
seus momentos de protagonismo e nos sensibilizarão com seus passados obscuros.
Eu
sei que muitas pessoas não gostam de flashbacks em animes, pois ficam cortando
certos acontecimentos para mostrar o passado de alguns personagens, mas eu os
acho totalmente necessários para você dar uma certa profundidade na história.
Embora eu tenha amado os flashbacks de Kuro, fiquei realmente decepcionada de
não ter muitos sobre a Kotoko. Sinceramente, não sabemos quase nada sobre o
passado dela, só que foi raptada e perdeu um olho e uma perna. Isso acaba
dificultando um pouco a entender certas coisas da personagem, como ela adquiriu
certos conhecimentos ou até mesmo o que ela viu no protagonista em um primeiro
momento. A única coisa que eu sei da família dela, por exemplo, é que eles são
ricos. Só!
Outra coisa que eu também fiquei por entender
foi a inserção da ex-namorada do Kuro na história, a Saki Yumihara. Concordo
que é importante nós sabermos como eles terminaram para entendermos o
estreitamento da relação entre o Kuro e a Kotoko. Na minha opinião, a
participação dela na história deveria ir até aí, pois achei muito desnecessário
ela participar do caso sobrenatural mais importante da temporada. Ela
basicamente ficou gerando cenas de ciúme na Kotoko e ficava com medo e repulsa
de tudo o que era sobrenatural. Sério! Não entendi para que inserir ela. Será
que foi só pelo diálogo final com o Kuro que nos traz algumas percepções dos
sentimentos do personagem pela Kotoko? Impossível.
O
anime terminou resolvendo o principal problema sobrenatural da primeira
temporada, mas deixou claro que a antagonista da história não seria parada tão
facilmente. Embora não seja um dos meus animes preferidos, Kyokou Suiri me
prendeu o suficiente na segunda metade do anime para me fazer querer saber o
que acontecerá em uma possível segunda temporada. Acho que ela ainda não foi
confirmada, mas caso não tenha tido audiência o suficiente para ter uma
continuação, sempre terá o mangá para ler.
Nota: 7
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