terça-feira, 14 de abril de 2020

Kyokou Suiri


Direção: Keiji Gotoh
Roteiro: Noboru Takagi
Música: Akihiro Manabe
Estúdio: Brain’s Base
Emissão: TV Asahi, MBS, AT-X, BS-NTV
Tempo Médio de Duração dos Episódios: 20min
Número de Episódios: 12
Gênero: Comédia, Mistério, Romance,
Shounen e Sobrenatural
Ano: 2020

     Kotoko Iwanaga é uma garota de 17 anos que foi raptada por youkais quando era criança. O motivo? Eles queriam que ela se tornasse a deusa da sabedoria dos seres sobrenaturais. Mas isso teve um preço, com ela retornando para o mundo normal sem um olho e uma perna. A partir desse acontecimento, Kotoko ganhou a habilidade de ver e se comunicar com os youkais, resolvendo problemas que poderiam envolver forças benevolentes ou perigosas. Um dia, ela conhece Kuro Sakuragawa, um garoto que não parece estar tão distante do mundo que ela tanto conhece.



     Em época de quarentena eu me pego em casa sem vontade de assistir absolutamente nada ou de ler alguma coisa. Será que isso se deve ao fato de eu ter descoberto o viciante mundo de League of Legends? Não sei! Mas, quando já estava sem esperança de encontrar algo para assistir, me deparo com a brilhante ideia de procurar um anime com gênero sobrenatural e de mistério, que sempre acaba atiçando minha curiosidade. Então, aqui estou eu com a resenha de Kyokou Suiri.


     O primeiro episódio do anime transcorreu de forma muito lenta e (para alguns) monótona, tendo um pouquinho de ação só no final do episódio. De início, ele me pareceu que seguiria a mesma linha de Natsume Yuujinchou, com a protagonista resolvendo um problema com um youkai em cada episódio. Não vou dizer que não teve isso, mas acabou sendo só o pano de fundo para uma história com mais mistérios e complexidade.


     Então, a primeira metade do anime se preocupou em mostrar um pouquinho quais eram as atribuições da Kotoko como a Deusa da Sabedoria dos youkais e como era o relacionamento deles com a garota. Tenho que admitir que nem sempre esses momentos eram interessantes de se assistir e me prendiam. Fiquei querendo muito mais que a história me fizesse conhecer melhor os personagens.


     E foi na segunda metade da história que tudo começou a ficar realmente interessante, sendo que a Kotoko teve que lidar com eventos sobrenaturais extremamente perigosos e uma antagonista perspicaz e inteligente. Nesse momento da história, vários mistérios nos foram apresentados e foram sendo resolvidos na hora certa. E tudo isso só foi possível graças aos flashbacks interessantes e esclarecedores do “namorado” da Kotoko, Kuro Sakuragawa.


     Devo dizer que conhecer o passado dele foi uma das melhores coisas desse anime, pois além de você entender toda a personalidade e o jeito do personagem, nós somos introduzidos a uma outra personagem que também considerei interessante: Rikka Sakuragawa. Já deu para perceber que a família Sakuragawa vai ser importante para a história, não é? Pode se preparar que tanto Rikka, quanto Kuro terão seus momentos de protagonismo e nos sensibilizarão com seus passados obscuros.


     Eu sei que muitas pessoas não gostam de flashbacks em animes, pois ficam cortando certos acontecimentos para mostrar o passado de alguns personagens, mas eu os acho totalmente necessários para você dar uma certa profundidade na história. Embora eu tenha amado os flashbacks de Kuro, fiquei realmente decepcionada de não ter muitos sobre a Kotoko. Sinceramente, não sabemos quase nada sobre o passado dela, só que foi raptada e perdeu um olho e uma perna. Isso acaba dificultando um pouco a entender certas coisas da personagem, como ela adquiriu certos conhecimentos ou até mesmo o que ela viu no protagonista em um primeiro momento. A única coisa que eu sei da família dela, por exemplo, é que eles são ricos. Só!


     Outra coisa que eu também fiquei por entender foi a inserção da ex-namorada do Kuro na história, a Saki Yumihara. Concordo que é importante nós sabermos como eles terminaram para entendermos o estreitamento da relação entre o Kuro e a Kotoko. Na minha opinião, a participação dela na história deveria ir até aí, pois achei muito desnecessário ela participar do caso sobrenatural mais importante da temporada. Ela basicamente ficou gerando cenas de ciúme na Kotoko e ficava com medo e repulsa de tudo o que era sobrenatural. Sério! Não entendi para que inserir ela. Será que foi só pelo diálogo final com o Kuro que nos traz algumas percepções dos sentimentos do personagem pela Kotoko? Impossível.


     O anime terminou resolvendo o principal problema sobrenatural da primeira temporada, mas deixou claro que a antagonista da história não seria parada tão facilmente. Embora não seja um dos meus animes preferidos, Kyokou Suiri me prendeu o suficiente na segunda metade do anime para me fazer querer saber o que acontecerá em uma possível segunda temporada. Acho que ela ainda não foi confirmada, mas caso não tenha tido audiência o suficiente para ter uma continuação, sempre terá o mangá para ler.

Nota: 7

Nenhum comentário:

Postar um comentário