quinta-feira, 31 de março de 2016

Resenha: My Boss, My Hero


Ano de exibição: 2006
Número de episódios: 10
Emissora: NTV
Direção: Sato Toya, Sakuma Noriyoshi e Ishio Jun
Produção: Kono Hidehiro, Yamamoto Yoshio, Yamauchi Akihiro e Sato Takeshi
Roteiro: Omori Mika
Tempo médio de duração dos episódios: 45 min

       Hoje eu decidi variar um pouquinho e fazer a resenha de um j-drama. Eu penso que este se diferencia muito dos k-dramas por ser descontraído e ter uma linha de comédia mais sem noção. Eu comecei a assistir achando que eu não ia gostar. Você deve estar se perguntando: “Por que ela assistiu então?”. Eu acho que não devemos julgar um drama de imediato, devemos tentar aproveitá-lo primeiro. Que bom que eu fiz isso, pois realmente tive uma grande surpresa!



       Sakaki Makio (Nagase Tomoya) é o chefe do Grupo das Presas Vorazes Kantou. Ele é forte e ganha todas as suas lutas, porém não é nada inteligente. Devido a isso, passou a atrapalhar alguns negócios de sua família. Para que isso não ocorresse novamente, o pai dele, Sakaki Kiichi (Ichimura Masachika), impôs uma condição que deveria seguida caso ele quisesse ser o líder do grupo: terminar o ensino médio. Foi assim que um gangster de 27 anos se transformou em um aluno de 17.


      Esse não é um daqueles personagens pelo qual as mulheres ficam caindo de amores. Inicialmente ele me irritou muito, pois era extremamente retardado e exagerado. Tinha pensamentos e fantasias absurdas (isso me fez rir bastante).  Sinceramente!! A idade mental dele era a mesma de uma criança de 5 anos. Porém, no decorrer do drama a inocência e a força de vontade da personagem fazem com que você torça por ele. Não achei o ator bonito de início, mas depois quando fui procurar mais sobre ele na internet... Olhe as fotos acima e façam comparações.


       Sakaki Mikio (Kikawada Masaya) é o irmão mais novo de Makio. De início, tudo o que o telespectador sabe é que ele é muito inteligente e que possui um corpo fraco. Ele não tinha o mínimo interesse em ser o próximo chefe do grupo. Porém, chega um momento da história que você fica em dúvida sobre suas verdadeiras intenções. Não gostei muito de sua personalidade, pois achei ele muito falso e manipulador.


       O primeiro amigo que Makio faz se chama Sakurakoji Jun (Tegoshi Yuya). Como o protagonista nunca lembrava o nome dele, ele era constantemente chamado de Sakura-sei-lá-o-quê. De início achei o jeito do personagem meio estranho, me deixando na dúvida se ele estava apaixonado pelo Makky (apelido carinhoso, hahahaha) ou não. Depois você percebe que ele era uma pessoa muito solitária, admirando o modo de ser despreocupado e sincero do nosso gangster. Eu achei o ator bem fofinho. Dava vontade de apertar as bochechas dele.



       A garota que fazia com que anões martelassem o coração de Makio era Umemura Hikari (Aragaki Yui). Ela era uma pessoa muito bonita, inteligente e sempre pronta a ajudar o próximo. É engraçado ver como um homem que vivia rodeado de mulheres bonitas e mais velhas, foi ter como seu primeiro amor uma garota do colegial. Além disso, ela não tinha quase nenhuma das características que ele outrora presara.


       Na minha opinião, a personagem mais importante da história foi (sem nenhuma dúvida) Minami Yuriko (Kashii Yu). Eu achei ótima a maneira como mostraram a importância do professor que apoia, ensina e inspira os alunos. Embora a maior parte do tempo ela seja rígida e séria, ela não deixa de fazer tudo o que pode para que os alunos aproveitem ao máximo sua juventude. Se todos os professores fossem assim...


      Eu achei que eles ilustraram de forma muito realista as relações presentes na escola. Você se surpreende em como algumas pessoas podem ser extremamente maldosas e em como pessoas diferentes podem se juntar para trabalhar em equipe. Se tem uma coisa que os japoneses fazem muito bem é mostrar a importância de sentimentos como amor e amizade. Esse foi o fator que mais me emocionou nesse drama, me deixando até com lágrimas nos olhos em algumas cenas.


       Agora vamos falar um pouco da comédia que tinha nessa história. Eu sinceramente não sei como descrevê-la. Tinha momentos que eu não conseguia parar de rir nem um segundo, mas tinha outros que eu ficava pensando: “Que cena sem graça”. Cada um tem a sua opinião. Outras pessoas assistiram comigo e acharam muito engraçado. Só fique preparado para se sentir no corpo das personagens e sentir tanta vergonha quanto elas estão sentindo. Uma hora você vai parar e dizer: “Como que ela (ou ele) fez uma coisa dessas! Que absurdo!”.


       Acho que nunca senti tanta vontade de comer pudim na minha vida. Na história inteirinha tem alguém querendo comer pudim ou brigando para conseguir um dos 12 pudins da cantina da escola. Quando dava 12:00 a maioria dos alunos saia correndo para a cantina para consegui-los antes dos demais. Nessa disputa tinha cotoveladas, empurrões, chutes, tudo o que você consegue imaginar de violento.


       O último episódio foi o melhor de todos. Eu achei uma cena muito bonita e me emocionei. Não vou contar para vocês qual foi, para não ficar sem graça de assistir depois. Você fica sabendo o que aconteceu com cada membro da sala 3A e com nossa querida professora Minami. Esse é o tipo de final que te deixa com um sorriso no rosto depois de assistir.

        Eu achei a história bem simples, mas gostosinha de assistir. Vou deixar claro que não tenho vontade de assistir novamente. O que eu mais odiei foi a inconstância dos episódios: uns eram tão bons que você não queria parar de assistir, outros você queria sair pulando as cenas para chegar em uma parte interessante logo. Se você gosta de comédia, pode começar a assistir agora. Caso contrário, não aconselho que você tente assisti-lo.

Nota: 7

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