A Concubina do Imperador

Título em inglês: The Concubine

Direção: Kim Dae Seung

Produção: Hwang Yoon Jeong

Roteiro: Hwang Yoon Jeong, Kim Dae Seung e

Kim Mee Jung

Distribuição: Lotte Entertainment e Netflix

Ano: 2012

Duração: 122min

Gênero: Drama, História e Romance

     Na dinastia Joseon, uma mulher chamada Shin Hwa Yeon (Jo Yeo Jeong) é obrigada a se tornar uma das concubinas do imperador. Quando este morre, tendo como único herdeiro o filho dela, vários eventos passam a acontecer no palácio. Porém, Sung Won (Kim Dong Wook), parente do rei, assume o trono graças a influência da rainha-mãe (Park Ji Young). Assim, começa uma disputa política e violenta por poder, na qual Hwa Yeon e seu filho são considerados grandes ameaças.

      De início, eu não entendi o título do filme e percebi pelos comentários na Netflix que muitas pessoas também achavam que ele não fazia sentido. Afinal, Shin Hwa Yeon sempre foi tratada como uma rainha, então por que o título e a sinopse a tratavam como uma concubina? Depois que eu pesquisei um pouco, eu percebi que a Hwa Yeon inicialmente era uma mera concubina destinada exclusivamente a satisfazer os prazeres do rei, mas como ela lhe deu um filho (filha não servia) ela se tornou uma consorte real, uma rainha. O problema é que isso foi mostrado de maneira tão rápida no filme que quem não entende a cultura ou não pesquisa um pouco sobre ela não consegue entender.

    É realmente muito interessante ver como a cultura deles era extremamente diferente da nossa e como os costumes da Coréia do Sul se modificaram bastante. Quem gosta de aprender coisas novas sobre um outro país vai gostar bastante desse filme. Sem contar que as roupas e os acessórios de cabelo eram tão maravilhosos e deixavam os personagens tão lindos que era difícil você não parar um pouco para admirá-los. Era interessante até a maneira como o palácio e os aposentos eram organizados.

      Quem está acostumado a assistir muitos k-dramas vai ficar tão surpreso quanto eu ao assistir esse filme coreano, pois o que mais tem aqui são cenas eróticas (bem eróticas). Eu fiquei surpresa de ter cenas tão explícitas em algo que seja da Coréia do Sul, já que eles até censuram alguns MVs de k-pop que mostre um pouco mais de pele. Então já fica avisado que se você for muito novo é melhor não assistir a Concubina do Imperador (o título já deixa claro para não assistir, né? kkkk). E nessas cenas eles conseguiram fazer um jogo de sombra e luz que deu um ar diferente para esses momentos.

    Os personagens não são tão difíceis de se compreender, mas eles são muito imprevisíveis. A que mais me chamou a atenção (óbvio) foi a Hwa Yeon, pois embora ela fosse doce e determinada, você nunca sabia exatamente do que ela era capaz. E quando tentam mexer com o filho de alguém, todos sabemos que as mães fazem qualquer coisa para protegê-los. A Jo Yeo Jeong é uma atriz que me surpreende muito e é excelente em suas atuações, não me decepcionando nadinha nesse filme. Ela foi simplesmente perfeita (tão perfeita como em Babysitter).

     O legal em tramas mais políticas e com disputas de poder juntamente com personagens imprevisíveis são as muitas reviravoltas que acontecem durante a história. Eu fiquei muito tensa em “A Concubina do Imperador”, pois não tinha como prever quem venceria no final ou o que uma determinada estratégia geraria como resultado. Só digo que há muitas pessoas inteligentes por aí e que não devem ser subestimadas.

     O final, na minha opinião, foi nota 10. Eu jamais imaginaria que a história tomaria aquele rumo. Ele foi muito emocionante e cheio de grandes atuações. Isso só ajudou a complementar um filme que teve um desenvolvimento muito bom. Se você gosta de filmes orientais em que acontecem grandes conspirações no palácio, “A Concubina do Imperador” é para você.

Nota: 9