domingo, 10 de abril de 2016

Resenha: O Hobbit


Autor: J. R. R. Tolkien
Editora: Martins Fontes
Número de Páginas: 297

    À oeste da Terra Média, em um lugar denominado Condado, viviam pequenas criaturas (até mesmo menores que os anões) denominadas Hobbits. Eles tinham uma forma de vida pacífica e tranquila, não gostando de nada inesperado e incomum.

     Em uma confortável toca no Condado morava um hobbit. Esse não era qualquer hobbit, era ninguém menos que Bilbo Bolseiro. Ele gostava muito da vida comum e tranquila que levava: recebendo agradáveis visitas, com seus abastados dejejuns e sua chaleira sempre apitando no fogo. Seu pai era Bungo Bolseiro (um hobbit muito respeitado por aquelas partes) e sua mãe era Belladonna Tûk. Alguns dos Tûk eram conhecidos por serem perturbadores da paz, sempre saindo em aventuras pela Terra Média. E como descendente dos Tûk, a aventura bateu em sua porta.

       Em um dia ensolarado quando Bilbo desfrutava de seu cachimbo, aparece ninguém menos que Gandalf, o Mago. O visitante procurava por alguém interessado em participar de uma grande aventura. Bilbo, como Bolseiro que era, nunca esteve interessado em aventuras e as recusou imediatamente. E em uma linda noite, quando já tinha se esquecido do ocorrido, bateram em sua porta 13 anões (sendo um deles Thorin, Escudo de Carvalho, Rei sob a Montanha) e o mago Gandalf. Eles estavam à procura de um Ladrão que pudesse acompanhá-los a Montanha Solitária e os ajudasse a recuperar seus tesouros. E nas profundezas dela, dormia o terrível dragão Smaug.

    Impressionantemente, seu lado Tûk fala mais alto e Bilbo sai em sua primeira aventura para terras distantes, sendo acompanhado pela incerteza se um dia voltará à sua confortável toca no Condado. Pode um pequeno Hobbit ajudar a recuperar o magnífico tesouro adormecido dos grandes reis anões e ter um grande papel nessa história?

      Já perdi a conta de quantas vezes li “O Hobbit”. Na primeira eu tinha 12 anos e estava encantada com o maravilhoso mundo criado por J. R. R. Tolkien. Toda vez que recomeço essa leitura sempre me pego achando-a cativante. Se tenho certeza de uma coisa é que nunca me cansarei de ler e reler suas obras, pois ele é um dos meus escritores preferidos.

       Se você gosta de aventuras do tipo medieval, cheia de anões, elfos, homens, com espadas destruidoras, arcos precisos e um inimigo poderoso a ser derrotado, lhe recomendo MUITO esse livro. Essa história ocorreu antes de “O Senhor dos Anéis” e deixa você querendo mais aventuras com o pequeno Bilbo, que te impressiona muito durante a trama. Possui uma linguagem bem simples (não existe toda aquela descrição do espaço como em “Silmarillion” ou “O Senhor dos Anéis”) e por isso é bem leve e gostoso de ler.

      Para quem já assistiu aos 3 filmes de “O Hobbit” pode se preparar para uma outra versão dessa história. Achei principalmente os personagens do livro muito diferentes em relação ao dos filmes e a trama é completamente centrada em Bilbo. Já nos filmes, o foco foram os anões (especialmente em Thorin). Eu preferi a versão de Tolkien, não desmerecendo a outra. Por isso, acho que deveria ser lido por todos aqueles que gostaram das adaptações e são fãs da Saga do Anel.

      Como eu disse antes, os personagens estão bem diferentes e vocês devem estar se perguntando o que eu achei de tão diferente assim. Bem, em relação aos anões achei eles menos heroicos e em algumas partes até meio medrosos. Mas, em alguns momentos eles conseguiram redimir isso e gostei como eles passaram a olhar o Bilbo com mais respeito e carinho. Achei que podia ter falado mais dos anões nesse livro, mas entendo também a perspectiva do autor. O que ele queria mesmo é focar o livro no Hobbit, o que ele fez com maestria.

       Tenho que admitir que dentre todas as raças, considero os Hobbits uma das menos interessantes, principalmente porque achei o Frodo um péssimo personagem em O Senhor dos Anéis (mas isso vamos deixar para outra postagem). Mas, fiquei surpreendida e até um pouco fascinada com essa raça depois de presenciar os feitos de Bilbo Bolseiro. Sem dúvida nenhuma ele é o melhor, mais habilidoso e digno Hobbit de toda a Terra Média. Como nos livros posteriores as pessoas o consideram até um pouco patético, nos surpreendemos muito com ele em “O Hobbit”. Ele é meu personagem preferido no livro: corajoso, esperto, habilidoso e se preocupa muito com seus amigos. Com o tempo ele passou a tomar as decisões pelo grupo e todos confiavam MUITO nele.

      Outra característica que gosto nos livros de J. R. R. Tolkien é como aprendemos sobre diversas raças mágicas. Desta vez, ficamos sabendo principalmente sobre anões, Hobbits e os Elfos da Floresta. Adoro! Além disso, também passamos a entender certos acontecimentos dos livros posteriores como o porquê do nome da espada dada a Frodo ser chamada de Ferroada e como Bilbo conseguiu o Anel.

      O final foi ótimo! Só não gosto das mortes, mas vou ter que me contentar com isso. Beorn, o troca pele que se transforma em urso, possui um papel muito importante nessa parte e é outro personagem que ganhou o meu respeito. O livro me cativou de tal maneira que depois de terminá-lo me peguei pensando: “Meu Deus, o que vou fazer da minha vida agora?”. Por isso, não percam a oportunidade de ler O Hobbit. É um livro excelente! Deixem-me ajudá-los a começar:

“Numa toca no chão vivia um hobbit.”

Boa leitura!

Nota: 9,5

Se interessou por esse livro? Já tinha lido? Dê sua opinião nos comentários! :D

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