Direção: Alejandro G. Iñárritu
Produção: Arnon Milchan, Steve Golin, David Kanter, Alejandro G. Iñárritu, Mary Parent, James W. Skotchdopole, Keith Redmon
Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu
Distribuição: 20th Century Fox
Ano: 2016
Duração: 2h e 31min
Genêro: Aventura
Meu pai e meu namorado
assistiram esse filme no cinema e falaram que eu realmente deveria assistir. Eu
não estava nem um pouco animada, mas quando meu namorado chegou feliz em casa
falando que tinha alugado... Não tive como escapar. E que bom que eu assisti,
pois o filme é SENSACIONAL. E digo uma coisa: não foi à toa que o meu querido
Leonardo ganhou o Oscar de melhor ator.
Vou falar brevemente sobre
a história para não acabar dando muitos spoilers. Hugh Glass (Leonardo
DiCaprio), acompanhado de seu filho Hawk (Forrest Goodluck), auxiliam homens a
caçar animais e conseguir suas peles nos mais rigorosos ambientes. Em uma
dessas incursões, nativos matam a maioria da comitiva e roubam muito daquilo
que eles haviam conseguido. Após o ocorrido, uma luta feroz com um urso, a
traição de um companheiro e o desejo de vingança farão com que Glass sobreviva
às mais difíceis condições para alcançar o que deseja.
Embora não tenha
agradado a todos, o ritmo dos acontecimentos foi o fator determinante para a
inserção do telespectador na história. Aliás, como um homem extremamente
machucado, quase morto, conseguiria fazer tudo o que Glass fez de forma rápida
e precisa? Isso não existe. Esses momentos mais lentos tinham o propósito de
deixar o telespectador tenso e nervoso, se sensibilizando e conectando-o ao
personagem. E de repente, tudo ficava caótico e rápido, como por exemplo, na
luta com o urso. Com isso, eram mescladas cenas fortes e agitadas e cenas paradas.
O mais importante da
trama era tudo aquilo que ocorria por trás da história principal, aquilo que o telespectador
descobre com o tempo. Os sentimentos das personagens e o que elas significavam
uma para a outra, tiveram grande enfoque, nos mostrando que nem tudo é o que
parece. O filme soube nos emocionar com maestria, nos rendendo muitas cenas
bonitas, cheias de amor e solidariedade.
O elenco foi muito bem
escolhido. Todos os atores conseguiram fazer com que você ou odiasse o
personagem, ou gostasse dele logo de início. Na minha opinião, as atuações que
se destacaram foram: Leonardo DiCaprio (não precisava nem falar), Tom Hardy
(como John Fitzgerald) e Will Poulter (como Bridger). Algumas personagens
femininas foram muito importantes para o desenrolar da trama, porém não tiveram
grandes aparições.
Os lugares em que o
filme foi gravado eram muito lindos, tinham uma beleza totalmente natural. E é
muito triste pensar que devido ao descuido do homem em relação ao nosso
planeta, não existem muitos ambientes assim. É importante ressaltar que foi
exatamente isso que Leonardo falou, quando foi receber o prêmio de melhor ator
no Oscar. Uma pequena parte de seu discurso: “O Regresso trata da relação do
homem com a natureza, uma natureza que todos sentimos em 2015 como o ano mais
quente já registrado. Nossa produção precisou se deslocar ao ponto mais
meridional deste planeta só para poder encontrar neve”. Procurem a sua fala
inteira, pois vale muito a pena escutar.
O Regresso ganhou
muitos prêmios importantes, dentre eles: Melhor Filme de Drama (Globo de Ouro
2016), Melhor Ator de Drama (Globo de Ouro 2016), Melhor Diretor (Globo de Ouro
2016), Melhor Diretor (Oscar 2016), Melhor Ator (Oscar 2016) e Melhor
Fotografia (Oscar 2016). Na minha humilde opinião, ele mereceu todos eles. Não
deixem que as mais de duas horas de filme intimidem vocês de vê-lo.
Nota: 10
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