segunda-feira, 20 de junho de 2016

Resenha: O Regresso


Direção: Alejandro G. Iñárritu
Produção: Arnon Milchan, Steve Golin, David Kanter, Alejandro G. Iñárritu, Mary Parent, James W. Skotchdopole, Keith Redmon
Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu
Distribuição: 20th Century Fox
Ano: 2016
Duração: 2h e 31min
Genêro: Aventura

     Meu pai e meu namorado assistiram esse filme no cinema e falaram que eu realmente deveria assistir. Eu não estava nem um pouco animada, mas quando meu namorado chegou feliz em casa falando que tinha alugado... Não tive como escapar. E que bom que eu assisti, pois o filme é SENSACIONAL. E digo uma coisa: não foi à toa que o meu querido Leonardo ganhou o Oscar de melhor ator.


       Vou falar brevemente sobre a história para não acabar dando muitos spoilers. Hugh Glass (Leonardo DiCaprio), acompanhado de seu filho Hawk (Forrest Goodluck), auxiliam homens a caçar animais e conseguir suas peles nos mais rigorosos ambientes. Em uma dessas incursões, nativos matam a maioria da comitiva e roubam muito daquilo que eles haviam conseguido. Após o ocorrido, uma luta feroz com um urso, a traição de um companheiro e o desejo de vingança farão com que Glass sobreviva às mais difíceis condições para alcançar o que deseja.


      Embora não tenha agradado a todos, o ritmo dos acontecimentos foi o fator determinante para a inserção do telespectador na história. Aliás, como um homem extremamente machucado, quase morto, conseguiria fazer tudo o que Glass fez de forma rápida e precisa? Isso não existe. Esses momentos mais lentos tinham o propósito de deixar o telespectador tenso e nervoso, se sensibilizando e conectando-o ao personagem. E de repente, tudo ficava caótico e rápido, como por exemplo, na luta com o urso. Com isso, eram mescladas cenas fortes e agitadas e cenas paradas.


       O mais importante da trama era tudo aquilo que ocorria por trás da história principal, aquilo que o telespectador descobre com o tempo. Os sentimentos das personagens e o que elas significavam uma para a outra, tiveram grande enfoque, nos mostrando que nem tudo é o que parece. O filme soube nos emocionar com maestria, nos rendendo muitas cenas bonitas, cheias de amor e solidariedade.

         O elenco foi muito bem escolhido. Todos os atores conseguiram fazer com que você ou odiasse o personagem, ou gostasse dele logo de início. Na minha opinião, as atuações que se destacaram foram: Leonardo DiCaprio (não precisava nem falar), Tom Hardy (como John Fitzgerald) e Will Poulter (como Bridger). Algumas personagens femininas foram muito importantes para o desenrolar da trama, porém não tiveram grandes aparições.


       Os lugares em que o filme foi gravado eram muito lindos, tinham uma beleza totalmente natural. E é muito triste pensar que devido ao descuido do homem em relação ao nosso planeta, não existem muitos ambientes assim. É importante ressaltar que foi exatamente isso que Leonardo falou, quando foi receber o prêmio de melhor ator no Oscar. Uma pequena parte de seu discurso: “O Regresso trata da relação do homem com a natureza, uma natureza que todos sentimos em 2015 como o ano mais quente já registrado. Nossa produção precisou se deslocar ao ponto mais meridional deste planeta só para poder encontrar neve”. Procurem a sua fala inteira, pois vale muito a pena escutar.


      O Regresso ganhou muitos prêmios importantes, dentre eles: Melhor Filme de Drama (Globo de Ouro 2016), Melhor Ator de Drama (Globo de Ouro 2016), Melhor Diretor (Globo de Ouro 2016), Melhor Diretor (Oscar 2016), Melhor Ator (Oscar 2016) e Melhor Fotografia (Oscar 2016). Na minha humilde opinião, ele mereceu todos eles. Não deixem que as mais de duas horas de filme intimidem vocês de vê-lo.

Nota: 10

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