terça-feira, 26 de julho de 2016

Resenha: A Lenda de Tarzan


Direção: David Yates
Produção: David Yates, David Barron, Mike Richardson, Alan Riche e Jerry Weintraub
Roteiro: Adam Cozad e Craig Brewer
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Ano: 2016
Duração: 1h e 50min
Gênero: Aventura, ação

Gente! Eu simplesmente amo refilmagem de clássicos! Não posso dizer o quanto fiquei feliz quando soube que iriam fazer uma nova história de Tarzan. Isso mesmo, essa não é a história original que vimos na animação da Disney. É contado ao telespectador tudo que ocorre depois do casamento dos protagonistas. O filme me impressionou em muitos aspectos, mas pecou em outros. Está longe de ser perfeito, mas vale a pena assistir.


A história se inicia na Inglaterra, em Londres. Tarzan (Alexander Skarsgard) deixou sua terra natal no Congo para viver uma vida tranquila com Jane (Margot Robbie). Ele reivindicou sua posição e se tornou John Clayton III, Lorde Greystoke. Você realmente fica se perguntando porque ele foi para lá, sendo que era óbvio que tanto ele quanto ela amavam a África. Por que ele queria tanto esquecer seu passado?


Simultaneamente, o Rei Leopoldo da Bélgica está completamente endividado, necessitando de uma solução para o problema. O homem que foi escolhido para resolver esse problema, ganhando riquezas para o rei é Leon Rom (Christoph Waltz). Este vai para a África em busca de diamantes e os encontra, mas ele precisará de Tarzan se realmente quiser tê-los. Para isso, ele monta uma estratégia para que o homem macaco seja trazido de volta ao continente. Esse personagem é realmente odioso, embora não seja um dos maiores vilões que eu já vi. Seu plano para atrair Tarzan foi basicamente capturar Jane e esperar que o outro tentasse salvá-la. Muito clichê, não?



Um fator desse filme que merece muitos aplausos é a excelência dos animais feitos em computação gráfica. Realmente (na minha opinião) ficaram muito bons e reais, dando um maior encanto para a trama. Como sabemos, a história se passa a maior parte do tempo no Congo. Logo, vemos muitos animais como: leões, crocodilos, gorilas, entre outros. Além disso, as paisagens reais e as feitas pela computação estavam maravilhosas. Tudo era tão verde, tão natural, que dava uma sensação de bem estar só de ver. Os únicos momentos que a computação gráfica deixou a desejar foram os de alguns movimentos que o Tarzan fazia. Mas, se você não é uma pessoa muito detalhista, isso não vai ter muita influência na apreciação do filme.


O físico de Alexander Skarsgard ficou excelente, sendo que o ator fez muita musculação durante um tempo antes de se iniciarem as filmagens. O legal é que o corpo dele ficou condizente com um Tarzan que não está morando no mundo selvagem: nem muito musculoso, nem muito fraquinho. Se você perceber bem, os músculos mais bem definidos e trabalhados pelo ator são realmente os mais utilizados pelo homem macaco. Nota 10 nesse quesito. O que não achei muito coerente foi o fato do personagem ser tão habilidoso na selva quanto antes, não ilustrando bem o fato de que ele não estava em sua plena forma. Pelo menos ele tomou uma surra do irmão gorila dele. Se isso não acontecesse, seria muito fantasioso.


Enquanto Esquadrão Suicida ainda não está nos cinemas, podemos ver Margot Robbie em A Lenda de Tarzan. Você com certeza não irá se decepcionar, pois ela faz uma Jane corajosa e destemida. Até mesmo quando ela é capturada por Rom, se mostra muito irônica e despreza as capacidades do vilão, tendo total certeza que ele não teria a mínima chance contra seu marido. E você acha que ela aceita tudo quieta? Claro que não. Além de ter cuspido na cara do vilão (o que é muito engraçado), ela ainda tentou fugir e possibilitou que seu amigo escapasse. O que decepciona é o fato de tentarem transformar uma ótima personagem em uma donzela em perigo.


George Washington Williams (Samuel L. Jackson) foi um dos personagens que contribuíram para as cenas engraçadas e até mesmo inspiradoras do filme. O interessante é que ele foi uma pessoa que já fez muitas coisas ruins, mas que queria contornar isso. Ele convenceu Tarzan de retornar ao Congo para que eles pudessem descobrir a verdade sobre alguns boatos que estavam surgindo sobre escravidão na África. Ele foi determinante para que tudo desse certo no final. É legal a ideia que o filme te passa de que as pessoas podem mudar.


Além das ótimas cenas de ação, o filme ganhou muitos pontos comigo em relação a retratação de fatos que são ou já foram verídicos. Por exemplo: a escravidão. Foi muito triste ver os povos do Congo serem massacrados ou aprisionados, enquanto certas pessoas só se beneficiavam disso. E é historicamente verídico os escândalos do Rei Leopoldo em relação ao Congo durante o período colonial. Outra temática importante é a destruição da flora e da fauna. Mostraram de maneira direta e indireta a morte de muitos animais. Exemplos disso são o massacre a sangue frio dos gorilas e a exibição de um recipiente cheio de presas de elefantes. Falando em elefantes, clique aqui para assinar uma petição que impedirá que muitos sejam mortos por motivos esnobes e egoístas.

Já assistiu o filme? Ainda não? Corre que está passando nos cinemas!

Nota: 8.5

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