Capítulos: 42
Volumes: 6
Ano: 2004
Autor(a): Tsutomu Nihei
Eu vi as primeiras páginas do capítulo e pensei:
“Hiii, nem vou querer ler! Olha que traços péssimos!”. Tenho que admitir que o
mangá tem que ter uma história muito boa para que eu leia ele inteiro mesmo
sendo feio. Só digo que desde o primeiro capítulo a história me deixou muito
curiosa, afinal nós damos de cara com uma personagem que todos querem
capturá-la por ter algo de especial. Mal podia esperar para descobrir o que
estava acontecendo.
O primeiro personagem que o leitor conhece é
Zoichi Kanoe, um ser humano sintético criado pela Toha Heavy Industries. No
início da história ele recebe a missão de encontrar seres humanos cujos corpos
se adaptaram ao vírus N5S. Assim, ele encontra Ion Green, uma garota que tem
alto poder de regeneração e é adaptada ao vírus. O problema é... Ele não é o
único que está atrás dela. Logo no início agentes do Departamento de Saúde
Pública à levam.
Mas sabe o que é pior de tudo? Esse departamento
lançou mísseis que espalharão o vírus para todas as comunidades sobreviventes
do mundo. O objetivo? Que haja uma sociedade somente com pessoas adaptadas.
Aqueles que sucumbirem ao vírus virarão drones, seres bem feios que parecem ter
os mesmos hábitos dos zumbis: comer carne humana. Nesses casos eu nem ligo dos
traços do mangá não serem muito bonitos, pois isso na verdade é o ideal.
Fuyu Kanoe é um holograma de uma mulher que que
está conectada à moto usada por Zoichi. De início eu levei um susto: “De onde
surgiu essa mulher?”. Mas não demorei muito para entender o que ela era. Ela é
uma ótima assistente, passando todos os tipos de informação para ele em
momentos críticos, desde estratégias até uma análise do ambiente em que ele se
encontra.
Kozlov El Grebnev é um urso que consegue falar e
disparar armar. Bem... É isso o que você inicialmente pensa. Na verdade ele é
um ser humano que se transferiu para o corpo de um urso. Por que ele faria
isso? Para se tornar imune ao vírus N5S. De início ele protege Ion Green, mas é
derrotado por um dos agentes do Departamento de Saúde Pública e acaba perdendo
uma de suas patas.
Nishu Mizunoe é outra humana sintética da Toha
Heavy Industries. Só digo uma coisa: “Ela luta bem demais!”. As cenas de ação
dela são as melhores. Não sei bem quais habilidades a mais os humanos
sintéticos possuem, mas achei eles muito “forçados”. Eles lutavam contra
oponentes bem maiores e mais fortes e saiam quase sem nenhum arranhão. Eles
eram realmente bem irreais. O fato deles sempre derrotarem o outros com muita
facilidade deixava a história até um pouco sem graça. Por que fala sério, eles
conseguem derrotar todo mundo mas não conseguem de modo algum resgatar uma
adaptada?
Não vou dizer mais nada sobre a história, senão
os próximos acontecimentos perdem a graça. Se você tiver vontade de ler esse
mangá, você deve prestar atenção em tudo o tempo todo. São muitos detalhes e
muitas coisas loucas acontecendo ao mesmo tempo. Realmente não sei dizer se
consegui entender tudo que o autor queria passar, de tão confusa que é essa
história.
As minhas principais críticas estão em relação à
enrolação. O mangá possui 42 capítulos, mas acho que tudo poderia ter sido
contado em mais ou menos uns 30. E o fator dificuldade de entender a história
pode fazer com que muitas pessoas desanimem de ler, mas não deixe que isso
ocorra com você, pois a história tem muitas surpresas. Nos últimos capítulos ocorrem
várias reviravoltas e são esclarecidas dúvidas que nos surgiram desde o início.
Se você gosta de mangá com muita ação e seres bizarros, Biomega é ideal para
você.
Nota: 7.5
Li e reli várias vezes, e sempre saco uma coisa nova a mais e ainda tenho mil dúvidas, algumas páginas você nem distingue o que está acontecendo, excelente mangá, denso demais até.
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