sábado, 6 de agosto de 2016

Resenha: Akaku Saku Koe


Capítulos: 12
Volumes: 3
Ano: 1999
Autor(a): Midorikawa Yuri

     Karashima é um garoto bem misterioso que vive faltando as aulas por motivos médicos e que se isola das pessoas a sua volta. Kobuku nunca mesmo o ouviu falar e nos raros momentos em que ele fala é de um jeito bem estranho, tampando o nariz. Mesmo apenas escutando seu riso em raras situações, Kobuku nutre sentimentos por Karashima.



     Um dia ela pega Karashima com um comportamento estranho e fugindo da escola. Curiosa, ela o segue para descobrir qual o seu objetivo e, ao mesmo tempo, se aproximar mais dele. Seu destino era um isolado e estranho lugar, nele Kobuku se meteu em problemas e é salva por um garoto com uma máscara de raposa. Quando essa raposa pronunciou suas primeiras palavras, ela percebe que era a voz mais tocante e bonita que já havia escutado. E assim, cai em um sono profundo e em um belíssimo sonho.


     Ao acordar, ninguém menos do que Karashima está a sua frente, e o mais curioso era que ele é o dono daquela belíssima voz. O que ela não sabe é que sua voz é tão bonita que é capaz de fazer com que todos a sua volta o obedeçam. É por isso que ele trabalha junto com a polícia e soluciona vários crimes. E Kobuku entra nesse novo mundo para descobrir um pouco mais sobre ele e estar sempre ao seu lado.


     Vou ser bem sincera com vocês, quando li a primeira vez a descrição do mangá eu estava imaginando outra história. Pensei que estaria cheio de casos fantásticos para serem solucionados e até mesmo que não haveria muito romance. E o que eu mais estava curiosa era sobre como o protagonista usaria sua voz para solucionar os casos, o que não foi tão grande coisa. Por isso, no começo fiquei bem decepcionada com o mangá.

     Se você parar para pensar é uma história BEM impossível. Como um garoto teria uma voz tão fantástica que qualquer coisa que ele falasse os outros a sua volta iriam obedecer? Mas, por incrível que pareça, foi justamente por esse motivo que a trama é tão interessante, inovadora e única. Se o começo eu fiquei decepcionada, no decorrer do mangá, me vi cada vez mais cativada pela história.


     Os personagens foram um dos principais motivos que me fizeram adorar o mangá. A protagonista não era do tipo donzela em perigo, inclusive Kobuku se arriscava muito para ajudar o seu amado e possuía uma personalidade forte. Karashima, ao descobrir o poder de sua voz, queria ser o mais útil possível para as boas causas e ainda por cima foi superando os seus medos, o que faz dele o personagem que mais evoluiu no decorrer da trama. Outro personagem que merece ser citado aqui é o Seiji Kawaguchi, um policial que ajuda Karashima em suas missões. Ele é como se fosse um irmão mais velho para o amigo e é o que mais se preocupa com ele. A relação entre os dois é muito fofa.




    O romance aparece no mangá de uma maneira mais sutil. O leitor acompanha lentamente a evolução do casal e, principalmente, dos sentimentos de um pelo outro. O mangá não possui várias cenas desse tipo, mas é justamente por ser abordado de uma maneira diferente, ele te conquista completamente.



     Acho que o que eu mais fiquei satisfeita foi que o tempo todo eu sentia que a autora colocou todo o seu amor ao fazer o mangá. Pelo menos essa foi a impressão que eu fiquei com os comentários de Midorikawa. E o melhor é que além de nos agraciar com Akaku Saku Koe, temos também algumas one shots no decorrer do mangá: uma que fala da história sobre um garoto que come flores e outro que mostra um estudante que ganha habilidades incríveis quando bebe café. Eu sei, são ideias bem doidinhas, mas são únicas, o que as torna bem interessantes. Eu gostei! :)



     Concluindo, só posso dizer que esse mangá foi me conquistando aos poucos e me surpreendeu bastante. Me vi cativada cada vez mais pela trama e pelos seus personagens. O único defeito (na minha opinião) é o fato dos casos policiais não serem tão emocionantes. Apesar disso é um bom mangá. Recomendo para todos que gostam de romance, histórias diferentes e um pouco de ação!

Nota: 8

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