Direção: Afonso Poyart
Produção: Afonso Poyart
Roteiro: Afonso Poyart, Marcelo Rubens Paiva e Marcelo
Machado.
Distribuição: Downtown Filmes e Paris Filmes
Ano: 2016
Duração: 104min
Gênero: Drama, Arte Marcial
Como pode um trailer
que não possui nenhuma fala, te fazer querer assistir tanto um filme? Pois é,
foi exatamente o que aconteceu com Mais Forte que o Mundo. Mal podia esperar
para descobrir um pouco mais sobre a história de José Aldo, um dos meus
lutadores preferidos do UFC. Fiquei muito satisfeita em relação a algumas
características do filme, porém outras deixaram a desejar.
Nos vemos em Manaus,
cidade natal de José Aldo (José Loreto). Lá, ele vive com seus pais e suas
irmãs em uma casa bem modesta. Quando não está na rua fazendo bagunça com seus
amigos, está treinando jiu-jitsu. Porém, ele possui vários problemas
familiares, sendo que o seu pai bebe muito e bate na sua mãe. Não demora muito
para que as mulheres da família decidam ir embora, deixando seu José (Jackson
Antunes) e Aldo sozinhos. Sorte que elas foram embora, pois Rocilene (Claudia
Ohana) ia acabar sendo morta na porrada se isso continuasse.
Com certeza,
Fernandinho (Rômulo Neto) é o personagem que mais consegue atingir o protagonista.
Ele parece saber todos os pontos fracos de Aldo, por isso sempre fala sobre o
pai bêbado, sobre a Luiza (Paloma Bernardi) e sobre o fato dele ser covarde. A
maioria das burradas que José Aldo faz, possui alguma relação com ele. Rômulo
Neto está de parabéns, pois chega um momento que você não quer saber de olhar
para a cara de seu personagem.
As melhores partes do
filme ocorrem depois que José Aldo se muda para o Rio de Janeiro. Desse modo,
ele começa a treinar firme com Dedé Pederneiras (Milhem Cortaz) e conhece a
mulher que viria ser sua esposa: Vivi (Cleo Pires). Lógico que isso não ocorre
tão rápido assim, sendo que ele passa por várias situações antes que tudo
ocorresse da maneira que ele desejava. É muito interessante ver como a presença
desses dois personagens afetou o Aldo de maneira positiva. Ambos acreditavam e
apoiavam muito ele.
Os momentos mais
emocionantes do filme são as lutas de José Aldo. A força e determinação dele
nos momentos de combates são frutos de pensamentos que ele possui de seu pai,
que sempre o impulsionam para a vitória. A semelhança das lutas do filme com as
reais são impressionantes, bem como o físico do ator para interpretar o
personagem. Um ensinamento que está presente em todo o filme é: sua maior luta
é vencer a si mesmo. E na minha opinião, isso é o que todos os lutadores
deveriam pensar também.
Mesmo que as lutas
tenham sido muito boas e o treinamento de José Aldo tenha sido muito legal de
se ver, o filme não conseguiu me prender tanto. Parte disso se deveu as
burradas cometidas pelo protagonista. Eu simplesmente ODEIO quando um
personagem vai fazendo uma coisa errada atrás da outra, até que chega no final
e tudo dá certo. A maioria das confusões que Aldo se meteu em Manaus, a luta
que ele aceitou sendo que Dedé tinha dito que não era pra aceitar e tudo que
ele fez que magoou Vivi são exemplos de acontecimentos que te irritam o filme
inteiro. Insistir em erros é burrice. Outro fator que eu vou ter que criticar é
o fato do filme não ser tão emocionante quanto eu esperava. Eu imaginava que
ele teria muito caráter motivacional, que as superações de Aldo iriam te
inspirar de todas as maneiras. Não foi isso o que ocorreu! É realmente uma
pena.
Enfim, é um filme que
eu gostei de assistir, mesmo que tenha passado raiva em muitos momentos. Mas,
se tem uma coisa que eu tenho certeza, é que eu não o assistirei novamente.
Isso vai de pessoa para pessoa, pois meu pai e meu namorado gostaram muito.
Logo, confiram o filme e tirem suas próprias conclusões.
Nota: 7
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