quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Resenha: Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo


Direção: Afonso Poyart
Produção: Afonso Poyart
Roteiro: Afonso Poyart, Marcelo Rubens Paiva e Marcelo Machado.
Distribuição: Downtown Filmes e Paris Filmes
Ano: 2016
Duração: 104min
Gênero: Drama, Arte Marcial


     Como pode um trailer que não possui nenhuma fala, te fazer querer assistir tanto um filme? Pois é, foi exatamente o que aconteceu com Mais Forte que o Mundo. Mal podia esperar para descobrir um pouco mais sobre a história de José Aldo, um dos meus lutadores preferidos do UFC. Fiquei muito satisfeita em relação a algumas características do filme, porém outras deixaram a desejar. 



     Nos vemos em Manaus, cidade natal de José Aldo (José Loreto). Lá, ele vive com seus pais e suas irmãs em uma casa bem modesta. Quando não está na rua fazendo bagunça com seus amigos, está treinando jiu-jitsu. Porém, ele possui vários problemas familiares, sendo que o seu pai bebe muito e bate na sua mãe. Não demora muito para que as mulheres da família decidam ir embora, deixando seu José (Jackson Antunes) e Aldo sozinhos. Sorte que elas foram embora, pois Rocilene (Claudia Ohana) ia acabar sendo morta na porrada se isso continuasse.


     Com certeza, Fernandinho (Rômulo Neto) é o personagem que mais consegue atingir o protagonista. Ele parece saber todos os pontos fracos de Aldo, por isso sempre fala sobre o pai bêbado, sobre a Luiza (Paloma Bernardi) e sobre o fato dele ser covarde. A maioria das burradas que José Aldo faz, possui alguma relação com ele. Rômulo Neto está de parabéns, pois chega um momento que você não quer saber de olhar para a cara de seu personagem.





     As melhores partes do filme ocorrem depois que José Aldo se muda para o Rio de Janeiro. Desse modo, ele começa a treinar firme com Dedé Pederneiras (Milhem Cortaz) e conhece a mulher que viria ser sua esposa: Vivi (Cleo Pires). Lógico que isso não ocorre tão rápido assim, sendo que ele passa por várias situações antes que tudo ocorresse da maneira que ele desejava. É muito interessante ver como a presença desses dois personagens afetou o Aldo de maneira positiva. Ambos acreditavam e apoiavam muito ele.



     Os momentos mais emocionantes do filme são as lutas de José Aldo. A força e determinação dele nos momentos de combates são frutos de pensamentos que ele possui de seu pai, que sempre o impulsionam para a vitória. A semelhança das lutas do filme com as reais são impressionantes, bem como o físico do ator para interpretar o personagem. Um ensinamento que está presente em todo o filme é: sua maior luta é vencer a si mesmo. E na minha opinião, isso é o que todos os lutadores deveriam pensar também.



     Mesmo que as lutas tenham sido muito boas e o treinamento de José Aldo tenha sido muito legal de se ver, o filme não conseguiu me prender tanto. Parte disso se deveu as burradas cometidas pelo protagonista. Eu simplesmente ODEIO quando um personagem vai fazendo uma coisa errada atrás da outra, até que chega no final e tudo dá certo. A maioria das confusões que Aldo se meteu em Manaus, a luta que ele aceitou sendo que Dedé tinha dito que não era pra aceitar e tudo que ele fez que magoou Vivi são exemplos de acontecimentos que te irritam o filme inteiro. Insistir em erros é burrice. Outro fator que eu vou ter que criticar é o fato do filme não ser tão emocionante quanto eu esperava. Eu imaginava que ele teria muito caráter motivacional, que as superações de Aldo iriam te inspirar de todas as maneiras. Não foi isso o que ocorreu! É realmente uma pena.



     Enfim, é um filme que eu gostei de assistir, mesmo que tenha passado raiva em muitos momentos. Mas, se tem uma coisa que eu tenho certeza, é que eu não o assistirei novamente. Isso vai de pessoa para pessoa, pois meu pai e meu namorado gostaram muito. Logo, confiram o filme e tirem suas próprias conclusões.

Nota: 7

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