Ano de Exibição: 2015
Número de Episódios: 6
Tempo médio de duração: 45 min
Direção: Adam Davidson
Produção: Gale Anne Hurd, David Alpert, Robert
Kirkman, Greg Nicotero e Dave Erickson
Emissora: AMC
Gênero: Terror, Suspense, Drama
Adoro
filmes com o tema apocalipse e zumbis. Por isso mesmo sou fã há muito tempo da
série “The Walking Dead” e espero ansiosamente pelos lançamentos de novos
episódios. Para a alegria de quem também gosta desse ótimo seriado foi criado
“Fear: The Walking Dead” que possui a mesma temática e com o mesmo universo de
Rick, Glenn e Michonne.
A
série se inicia com Nick Clark (Frank Dillane), um viciado que mora em uma
igreja abandonada com várias pessoas que também possuem o mesmo problema. Ao
acordar e procurar por sua amiga Gloria, Nick se depara com uma cena
assustadora e estranha. Há sangue para todos os lados e Gloria está sobre um
homem, devorando-o.
Assustado,
Nick não pensa duas vezes em sair dali o mais rápido possível e com um pequeno
descuido ele acaba sendo atropelado por um carro que passava. Falando coisas
sem sentido ele é levado a um hospital e somos apresentados a sua família:
Madison (Kim Dickens) e Alicia Clark (Alycia Debnam-Carey). Madison é uma mãe
preocupada que trabalha na escola Paul R. Willians High School e Alicia é irmã
de Nick, sendo completamente o oposto do irmão, inteligente e responsável. Nick
também recebe o apoio de Travis Manawa (Cliff Curtis), o namorado de sua mãe.
Enquanto
isso, várias coisa estão acontecendo: crianças começam a faltar aula porque
estão ficando doentes, muitas pessoas estão desaparecidas e vários conflitos
entre a polícia e civis começam a surgir. Nesse meio, Madison e Travis percebem
que algo muito estranho está acontecendo em relação a doença que assola Los
Angeles. Por isso eles fazem um plano para sair da cidade e encontrar um lugar
seguro. Então, Travis sai em busca de sua ex-mulher Liza Ortiz (Elizabeth
Rodriguez) e seu filho Chris Manawa (Lorenzo James Henrie) para leva-los junto
nessa viagem.
O
único problema é que Chris está em uma grande manifestação, que depois de um
tempo começa a ficar bastante violenta. Então, com toda essa confusão, eles
recebem ajuda de Daniel (Rubén Blades), Griselda (Patricia Reyes Spíndola) e
Ofelia Salazar (Mercedes Masohn). E agora as 3 famílias, Clark, Salazar e
Manawa se juntam para superar os problemas que vão surgindo e terão que lidar
com a difícil convivência com militares que agora estão no comando.
Para
quem acha que “The Walking Dead” e “Fear The Walking Dead” são a mesma coisa,
está muito enganado. Enquanto no primeiro Rick já acorda com todo o apocalipse
zumbi acontecendo, no segundo a infecção de várias pessoas por um vírus
desconhecido estava começando. Por isso, o telespectador ganha outra
perspectiva, onde o vírus passa a desconstruir a sociedade aos poucos.
É
muito interessante ver o impacto causado pela doença: os meios de comunicação
param de funcionar, a eletricidade começa a se extinguir e as regras do mundo
democrático não são mais aplicadas. Acho que seria mais ou menos isso que
aconteceria se alguma catástrofe a nível mundial ocorresse. O seriado faz com
que o telespectador se coloque na situação dos protagonistas e ao mesmo tempo
presencie toda as tragédias que vão acontecendo ao mundo que conhecemos.
Se
tem uma coisa que me incomodou um pouco em relação a primeira temporada é que
ela não é tão movimentada como estou acostumada no “The Walking Dead”. Mas, eu
compreendi o porquê. A infecção mal tinha se espalhado ainda, então é claro que
não teria vários zumbis e, consequentemente, várias partes de ação. Também
percebi meu erro quanto a toda essa comparação com o outro seriado. Ambos são
diferentes e acontecem em momentos diferentes e, exatamente por isso, não devem
ser comparados.
Apesar
disso, as partes em que os zumbis aparecem são muito boas e bem feitas. Não
canso de admirar o bom trabalho dos maquiadores que cuidam do aspecto dos
zumbis e dos próprios atores que os interpretam. Os zumbis ficaram bem
assustadores. O seriado merece nota 10 por essa característica.
Mesmo
não possuindo muita ação, a graça de “Fear The Walking Dead” está na atmosfera
assustadora e pesada, onde os personagens estão sempre tensos. O telespectador
nunca sabe o que vai passar na próxima cena e passa momentos de ansiedade junto
com os personagens. Se repararmos bem, em nenhum momento do seriado houve um
momento de calma e tranquilidade. Esse ambiente foi crucial para que eu me
interessasse cada vez mais por FTWD e esperasse ansiosamente pelos próximos
episódios.
Na
primeira temporada percebemos um foco muito grande na interação humana quando
grande catástrofes acontecem. Esse aspecto é muito diferente e faz com que eu
seja fã dos trabalhos de Robert Kirkman. Podemos esperar mais confusões e
desafios em relação a isso nas próximas temporadas.
Não
achei os personagens muito cativantes. Talvez seja porque a primeira temporada
só tem 6 episódios e não pode mostrar muito sobre cada um, mas não me apeguei a
nenhum. Achei que Alicia e Chris faziam várias coisas sem noção durante o
seriado. Muitas vezes eu me perguntava: “Por que eles estão fazendo isso? Que
nada ver!”.
Mas
ninguém é pior do que Nick, que não cansa de cometer os mesmo erros. Só não o
odiei tanto porque havia momentos em que ele fazia coisas inteligentes.
Madison
foi uma das minhas personagens preferidas, ela faria de tudo pelo seus filhos e
não se deixava enganar facilmente.
Já
Travis me irritava muitas vezes com sua falta de atitude em várias situações,
mas depois de um tempo ficou mais esperto. Outro fator que me ganhou nesse
personagem é que ele se importava muito com as pessoas a sua volta.
Liza
é uma personagem que nos cativa pelo fator de querer ajudar as pessoas, já que
ela é uma boa enfermeira. Mas, acho que se ela não tivesse feito determinadas
coisas, várias situações poderiam ter sido evitadas. Era aparente o tanto que
gostava de Chris e até mesmo se importava um pouco com Travis.
O
personagem mais misterioso nessa primeira temporada foi Daniel Salazar. Estava
muito aparente que ele estava escondendo alguma coisa sobre seu passado. Ao
mesmo tempo, ele era o personagem que mais desconfiava das situações e um dos
mais inteligentes. Ele não se importava sobre o que teria que fazer para
proteger sua família. O telespectador vai se surpreendendo muito com ele.
Ofelia
Salazar não possui uma participação tão marcante na primeira temporada. Ela
aparentemente é uma mulher muito doce e compreensiva, se torna muito amiga de
Alicia e começa um caso com um dos soldados do exército. Mas, ao mesmo tempo dá
para perceber como ela consegue manipular as pessoas quando necessário para
conseguir o que quer.
Griselda
Salazar não obteve uma presença marcante no seriado, mas foi crucial no momento
em que Travis, Liza e Chris precisavam de ajuda. Outro que possuiu uma pequena
participação mas parece que vai ser um personagem principal na próxima temporada
é Victor Strand (Colman Domingo). Ele ajudou Nick em momentos de necessidade,
mas ao mesmo tempo é bem manipulador e egoísta.
É
inegável que todos os atores participantes de “Fear The Walking Dead” fizeram
um ótimo trabalho. As reações dos personagens perante várias situações foram
perfeitas e foi outro fator que fez com que eu me apaixonasse pelo seriado.
Ainda acho que o FTWD tem várias coisas para serem melhoradas, mas gostei bastante da série. Admito que possuo um grande carinho pelo seriado que me ganhou completamente com a ótima trama e aquele ambiente tenso e assustador. Muito bom! Recomendo para todos aqueles que gostam do tema apocalipse zumbi.
Nota: 8
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