segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Resenha: Águas Rasas


Direção: Jaume Collet-Serra
Produção: Lynn Harris e Matti Leshem
Roteiro: Anthony Jaswinski
Distribuição: Sony Pictures
Ano: 2016
Duração: 1 h 27 min
Gênero: Suspense, Terror

     Todos que me conhecem sabem que adoro filmes com grandes predadores. Por isso sou apaixonada pelos clássicos “Godzilla”, “Parque dos Dinossauros”, “Alien” e muitos outros. O que eu mais gosto nesse tipo de filme é o ambiente cheio de tensão que é proporcionado ao telespectador. E em “Águas Rasas” nós temos MUITO isso. Quem não ficaria tenso com um grande tubarão solto na água?

     Nancy (Blake Lively) é uma estudante de medicina que acabou de sofrer uma trágica perda. Sua mãe estava lutando contra o câncer a muito tempo e quando esta falece, ela se depara com a terrível verdade de que em alguns casos na medicina, nada poderia ser feito. Como ela era muito ligada a mãe, decide viajar até um dos lugares preferidos dela: uma praia secreta.


     A praia era secreta porque nem todos sabiam da existência da mesma, o que Nancy percebe quando se depara com um mar de tirar o fôlego aparentemente intocável. Esse lindo lugar também era perfeito para surfar, que era uma das paixões da nossa protagonista. O que ela não contava era com a presença de um grande predador nas proximidades da praia. Nancy deverá decidir entre ser uma guerreira como sua mãe ou esperar pelo fim.


     Se tem uma coisa que “Águas Rasas” não decepcionou nem por um instante foi pelas belíssimas paisagens apresentadas. Fiquei encantada com aquela praia maravilhosa e aquela água clarinha que dava para ver até o fundo. Dá aquela sensação boa de calma e tranquilidade, um paraíso feito por Deus e intocado pelos humanos. Muito lindo!



     Se você imagina mais um daqueles tipos de filmes onde o tubarão é super mal feito e os acontecimentos são bem impossíveis, posso dizer que não é bem assim. O tubarão não é daquele tipo que seja indestrutível e que salta a 100 metros da água e tudo mais. Suas ações são bem condizentes com a realidade, o que não o torna menos perigoso. E os gráficos do predador também estavam perfeitos. Ficou tudo bem real.


     A única parte que achei meio forçada foi quando o tubarão abocanhou a perna de Nancy e não conseguiu arranca-la. É claro que ficou um machucado até que bem fundo, mas não achei que isso correspondeu com a realidade. Mas, temos que ter uma história, não é?


     A trama em si não gira em torno do famoso predador, mas sim do estado mental e da superação da protagonista quanto aos infelizes acontecimentos. E foi justamente essa a sacada genial do filme e o que possibilitou o ambiente tenso de que eu tanto gosto. A protagonista teria que usar o máximo de recursos a sua disposição para sobreviver e sair daquela situação. Se ela estava pensando em desistir de cursar medicina, tenho certeza que pensou duas vezes quando ela soube o que fazer quanto a mordida em sua perna.


     Um fator que você gosta em Nancy é a sua inteligência. Ela conseguia pensar em várias saídas para que pudesse resolver alguns de seus problemas. Várias sacadas dela em relação ao tubarão foram geniais! O que só tornou a trama mais interessante. Outra característica que me agradou na personagem é que ela é uma mulher forte. Ela não desistiria de sua vida tão facilmente, Nancy poderia até morrer, mas não morreria sozinha.


     Como temos a maior parte do tempo a história focada em Nancy, o elenco foi bem escasso. Mas, isso não faz com que a trama seja menos atraente. Achei que o filme exigiu muito da atuação de Blake Lively, afinal era um ambiente de muita tensão e desespero. E fico feliz de falar que ela fez um trabalho espetacular, fiquei realmente sofrendo junto com a protagonista. Teve momentos que eu até tive que pausar um pouco porque estava ficando muito nervosa. Haha Parabéns para a atriz! Não foi um filme fácil de fazer.


     Durante toda a luta de Nancy com o tubarão, ela só teve um único “apoio”, apelidado por ela de “Steven Gaivota”. E sim, ele é uma gaivota que estava machucada no mesmo lugar em que Nancy estava se escondendo. O mais legal disso tudo é que ela tem até pequenos diálogos com ele, e diálogos bem engraçados. Foi um meio de deixar o ambiente mais descontraído na trama. Adorei!


     É claro que não posso comentar nada sobre o final. Porque o telespectador fica a todo momento se perguntado quem será o vencedor dessa luta fatal. Será o tubarão? Será Nancy? Ou os dois morrerão? Na minha opinião não é um filme que você queira assistir várias vezes, mas possui ótimas qualidades para que você se interesse por ele. Além da trama inteligente, da ótima atuação de Blake Lively e do ambiente tenso e emocionante, “Águas Rasas” nos traz a lição de como as adversidades nos tornam mais fortes. Mostrou que não é apenas mais um filme com apenas grandes predadores.

Nota: 8

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