Ano de Exibição: 2016
Número de Episódios: 13
Produção: Cheo Hodari Coker, Marvel Television, Netflix,
ABC Studios
Emissora: Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 50 min
Nada
melhor do que começar a semana com uma boa série, não é? Por isso hoje vou
falar para vocês do novo seriado da Netflix, Luke Cage. Para quem não sabe,
Luke Cage é um dos super-heróis da Marvel e todo mundo já percebeu que a
Netflix está cheia de surpresas quanto à series de super-heróis (Jessica Jones,
Demolidor). Este foi o meu primeiro seriado que assisti referente a essa
temática e gostei mais do que eu imaginava.
A
trama se passa em Nova York e mais especificamente no bairro de Harlem. Nele
sempre houve a presença de várias gangues poderosas da cidade e foi palco de confrontos
entre elas. O único lugar neutro e respeitado por todos do Harlem era a
Barbearia do Pop (Frankie Faison). Nela, Luke Cage (Mike Colter) encontra
conforto para recomeçar a sua vida e fugir do passado.
O
que os outros não sabem, com a exceção de Pop, é que Luke Cage é um fugitivo
que foi acusado injustamente e que possui uma força sobre-humana e pele
impenetrável devido a experiências feitas com ele na prisão. Luke é forçado a
se mostrar quando vários ataques de gangues passam a ocorrer na cidade e recebe
uma visita inesperada de alguém do passado. Será que Luke Cage conseguirá se
aceitar como um herói?
Estava
esperando ansiosamente pela chegada de Luke Cage na Netflix. Seria meu primeiro
seriado com a temática de Super-Herói que eu iria assistir. Por isso, fiquei
bem decepcionada com o primeiro episódio. Não achei ele nada interessante e não
estava conseguindo me prender nem um pouco. Pensei até mesmo em desistir de
Luke Cage. Mas, decidi continuar assistindo, afinal não tem jeito de você saber
se qualquer coisa é boa assistindo somente o primeiro episódio.
E
ainda bem que eu persisti, porque me peguei apaixonada pelo seriado. Ele está
longe de estar no meu top 10 de series, mas posso dizer que ele ganhou um
espaço importante no meu coraçãozinho. A temática, o ambiente, os personagens e
as músicas (ah, as músicas) foram cruciais para que eu gostasse tanto do
seriado.
No
começo estava um pouco irritada com Luke Cage. Eu entendia o que ele estava
passando, o que ele sofreu e tudo mais, mas parecia que ele tinha desistido de
lutar e só estava procurando um bom lugar para fugir. Isso não é vida. Porém, o
personagem evoluiu bastante e foi fazendo com que eu gostasse cada vez mais
dele. Apesar de Luke Cage não ser um dos meus heróis preferidos, posso falar
que ele me conquistou com todo aquele ar de imponência e um coração justo e
bondoso. Ao mesmo tempo que ele pode ser fatal, ele se preocupa com as pessoas
a sua volta. Adorava as partes em que os bandidos atiravam nele e ele ficava
como se nada tivesse acontecido. :P
Mas,
se engana quem acha que Luke Cage não terá muitos desafios pela frente. Temos 3 vilões principais no seriado: Cornell
Stokes (Mahershala Ali), Willis Stryker (Eric LaRay Harvey) e Mariah Dillard (Alfre
Woodard).
Cornell
Stokes é o chefão do tráfico de armas no Harlem. No início eu até identifiquei
alguns traços de princípios no personagem, por isso não desgostei dele por
completo. Mas quando as coisas ficavam feias... Cornell nos surpreendia com sua
capacidade de ser bem cruel com aqueles que mexiam com ele ou que faziam coisas
que ele não havia ordenado. Ele dá um bom trabalho para o Luke.
Só
não tanto quando Willis Stryker. Este é bem mais impiedoso e cruel. Matará
qualquer um que se oponha as suas vontades e não é nem um pouco paciente com as
falhas de seus capangas. Ele possui um passado com Luke que só o instiga mais a
acabar com o “amigo”.
Agora
quem mais me surpreendeu de todos eles foi Mariah, a concorrente a vereadora do
Harlem. Sério, essa mulher é super #GirlPower. Mesmo seu primo Cornell estando
no comando do Harlem, era evidente quem mandava na parada toda. Em qualquer
lugar que ela estivesse todos a respeitavam. Mariah se superou no seriado, foi
a personagem que mais evoluiu (não no sentido bom haha). Ela era extremamente
inteligente e passou a ser bem impiedosa no decorrer da trama. Acreditem,
ninguém iria querer entrar no caminho de Mariah.
Talvez
a única exceção seja Misty Knight (Simone Missick), uma (SUPER) habilidosa
detetive do Harlem. Ela podia analisar a situação de um crime com precisão e
saber tudo que tinha acontecido. Era uma detetive bem insistente e cheia de
atitude que não desistia enquanto não conseguisse a verdade. Seu único defeito
era quando perdia o controle. Ela fazia várias coisas erradas quando isso acontecia,
o que me irritava em certas partes do seriado.
Um
dos personagens mais cativantes sem dúvida nenhuma é Pop (Frankie Faison). Ele
é aquele tipo de personagem que você gosta de cara. Sempre está com um sorriso
no rosto e sempre procura ajudar aqueles a sua volta, principalmente os mais
jovens. Achei super engraçado ele possuir uma “latinha dos palavrões” em sua
barbearia. Quem falasse palavrões tinha que depositar dinheiro nela. Como não
amar Pop? <3
Para
aqueles que gostam de seriados com várias intrigas, pode começar a assistir
Luke Cage. A série está recheada delas. Já nos primeiros episódios temos
descobertas chocantes sobre vários personagens. Esse ambiente criado foi
essencial para que o seriado fosse ganhando um bom ritmo e deixando os
telespectadores super curiosos sobre o desenrolar da história. Estava chegando
no final e não conseguia nem dormir pensando no que aconteceria em seguida.
Haha “Luke Cage” realmente conseguiu me prender.
Pensei
que a trama estaria recheada de lutas (não existe filme/seriado de super-herói
sem lutas, certo?), mas não teve tantas igual eu imaginava. Apesar de gostar
bastante dessas partes por conter muita ação, não achei a falta de mais
combates tão ruim assim. E por que? Porque o foco do seriado não é Luke mostrar
toda a sua força e poder, mas sim fazer com que aqueles que nunca ouviram falar
de Luke Cage passem a conhece-lo. Pelo menos foi isso que aconteceu comigo.
O
aspecto que mais gostei em todo o seriado é que ele não mostra apenas essas
lutas e os poderes de Luke Cage. Foi dada ênfase para o passado do personagem.
Quem é Carl Lucas (antigo nome de Luke)? De onde ele veio? Como foi sua
infância? Mais importante do que mostrar como Luke ganhou seus poderes é
mostrar quem ele era. Quem é e foi o homem por trás do super-herói. Esse
seriado me ganhou completamente com isso! <3
Além
de sabermos bastante sobre Luke Cage, também entramos em contato com o passado
de diversos outros personagens, como Pop e Misty Knight. É muito interessante
perceber o que eles passaram e o que fez com que eles trilhassem o caminho que escolheram.
Além deles, o telespectador conhece um pouco da infância de Mariah e Cornell. É
super perceptível o porquê deles se tornaram o que são no seriado.
Outro
fator que é impossível não se apaixonar na série é a representação negra. Os
próprios personagens se sentem representados pelo herói “negro, a prova de
balas e destemido”. E o telespectador consegue perceber algumas dificuldades
devido ao preconceito aparente (e extremamente idiota e sem fundamento) por
parte dos habitantes do Harlem.
Pessoal,
o que era aquela trilha sonora? Perfeita! As músicas misturavam hip-hop, blues
e jazz. Vou admitir para vocês nunca escutei muito esses estilos, mas achei que
combinou bastante com “Luke Cage” e me surpreendi apreciando cada uma delas.
Foi um dos aspectos fortes do seriado e que complementou a trama. <3
O
final da série foi espetacular! Foi do jeitinho que eu gosto: bem movimentado e
excitante. Não deixou a desejar nem um pouco. E além disso, para a alegria dos
fãs (como eu), deixou várias coisas a serem resolvidas. O que isso significa?
Mais temporadas! Uhuuuuuuuul! Quero mais Luke Cage e principalmente mais Misty
Knight (que tem MUITA coisa a ser explorada).
Que
cabelo mais maravilhoso! <3
Por
isso se está procurando um bom seriado para passar o tempo, recomendo bastante
“Luke Cage”. A trilha sonora, as ótimas atuações (principalmente da parte de Simone
Missick), a trama bem elaborada e a chance de conhecer um novo super-herói
foram essenciais para que “Luke Cage” envolva completamente seus
telespectadores. E podem ter certeza, muitos aprenderão a não mexer com Luke
Cage. “Continue a seguir sempre em frente, nunca para trás”.
Nota: 8,5
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