Ano de exibição: 2011
Número de episódios: 18
Emissora: KBS2
Direção: Hwang In Hyuk
Roteiro: Jeon Hyeon Jin e Kim Eun Young
Tempo médio de duração dos episódios: 1h
Sabe uma história que é totalmente improvável de
acontecer? É exatamente assim que é a trama de Myung Wol the Spy. Han Myung Wol
(Han Ye Seul) é uma espiã da Coréia do Norte que foi escolhida para uma missão
não oficial: levar a filha de seu superior em um show de uma estrela
sul-coreana. É claro que esse não foi o principal motivo para a ida de outros
agentes nesse evento em Cingapura. Eles queriam roubar um livro antigo. A
importância deste é algo que não compreendemos de início. Fiquei realmente
interessada em desvendar esse mistério.
Muitas confusões acontecem, ocorrendo vários
mal-entendidos em relação às intenções da protagonista. Desse modo, ela recebe
uma missão que parece ser impossível: se casar com Kang Woo (Eric Moon) e
convencê-lo a ir para a Coréia do Norte com ela. Para isso, ela receberá a
ajuda e instruções de Choi Ryu (Lee Jin Wook), Han Hee Bok (Jo Hyeong Ki) e Lee
Ok Soon (Yoo Ji In). Que comece a missão!
Achei que a história tem um tema diferente e
personagens bem diversificados. Vou começar falando sobre a protagonista: Myung
Wol. Ela realmente é digna de ser chamada de agente especial. Odeio aqueles
dramas em que uma personagem deveria saber lutar muito bem, mas não é capaz nem
de se cuidar. Isso não ocorre em Myung Wol the Spy, sendo que conseguimos
perceber quase que de imediato que a protagonista é muito competente, corajosa
e habilidosa. O único problema é que ela não pensa antes de fazer algo. Que
bom, não é? Senão nem haveria história. Também gosto do fato dela não se
encantar tão facilmente pelo Kang Woo, embora tenha alguns momentos em que ele
consegue fazer com que o coração dela bata mais forte. Myung Wol é muito
patriota, mas nem isso consegue fazer com que ela faça mal para os outros. Ela
é uma excelente personagem.
Kang Woo é um dos maiores artistas coreanos,
sendo cotado para vários shows e filmes. De início você pensa: “Pelo amor de
Deus, que cara enjoado”, mas você não consegue odiá-lo nem um pouquinho. Isso
se deve principalmente ao interesse fofo que eventualmente demonstrou pela
protagonista (ele nunca vai admitir isso). É claro que como todo protagonista
clichê, ele possui alguma mágoa ou trauma do passado que justifica toda a sua
chatice inicial. Ele até confunde um pouco os telespectadores, pois há momentos
em que ele expressa sentir algo a mais por Myung Wol e há momentos em que isso
não ocorre. Mas ele não me engana não! A peculiaridade dessa louca mulher
ganhou o coraçãozinho dele.
Choy Ryu é um dos superiores de Myung Wol que
foi para a Coréia do Sul com ela. Além de auxiliá-la em suas missões, ele
também teve que se infiltrar na casa de um colecionador rico. Para que isso?
Porque ele precisava encontrar partes dos livros perdidos que pertenciam à
Coréia do Norte. Como membro do esquadrão de elite, ele é extremamente
habilidoso, inteligente e calculista. Desde o início, ele pareceu ter interesse
pela protagonista, protegendo-a e se preocupando com ela. Só estava esperando
começar as crises de ciúmes. Porém, eu achava que ele formava um par melhor com
Joo In Ah (Jang Hee Jin).
In Ah é neta do Presidente Joo (Lee Deok Hwa), o
colecionador de itens valiosos e antigos. Por ser a única neta, sempre foi
muito paparicada. Com certeza isso estragou a personagem, fazendo com que ela
fosse uma pessoa esnobe, metida e que fazia tudo o que queria na hora que
queria. Seu único ponto positivo é amar sinceramente Kang Woo, embora nunca
respeitasse seus desejos e às vezes não conseguisse pensar o que era melhor pra
ele. Choi Ryu conseguiu chamar um pouco de sua atenção e eu achei que os
personagens tinham muita química. Não cairia mal um casal secundário, não é?
Hee Bok e Ok Soon são os pais fictícios de Myung
Wol. Suspeitei que eles tivessem alguma história passada desde o início. Eu
realmente esperava que eles ficassem juntos no final, pois ambos pareciam ser
muito solitários. Eu passei boa parte do drama dando gargalhadas desses dois,
afinal sempre discordavam de tudo e davam conselhos nada úteis para a protagonista.
Mas tenho que admitir que eles tiveram certo mérito no sucesso da missão, fazendo
com que Myung Wol insistisse mais em ficar perto de Kang Woo. Como não rir das
atuações desses dois.
Dois personagens que não apareceram tanto, mas
que são muito cativantes são: Lee Dae Kang (Lee Kyeon) e Kyung Jae In (Park
Hyun Suk). O primeiro acaba por ser assistente de Kang Woo, marcando
entrevistas e shows para ele. É extremamente divertido e sempre faz com que o
artista perceba quando está tratando Myung Wol mal. Jae In é uma das pessoas
responsáveis por Kang Woo. É realmente tocante o quanto ela acreditava em seu
potencial e fazia de tudo para que ele não o desperdiçasse. Ela era assustadora
quando ficava com raiva.
Uma temática que foi levemente explorada, mas
que sempre esteve presente na trama era a temática familiar. Esse drama nos
mostrou como a família consegue afetar um de seus membros de maneira tão
profunda. Além disso, nos mostra não somente como os pais influenciam as
escolhas de seus filhos, mas como também participam da construção de seu
caráter. O fato de Myung Wol ser patriota, corajosa e boa ilustra a influência
de seu pai sobre ela. Somos presenteados com ótimas cenas entre pais e filhos
de ambos os protagonistas, sendo que é perceptível que todos os personagens
buscam ter uma família novamente.
Além desse k-drama ter ótimas cenas de ação, ele
era espetacular no quesito romance. Como não perceber que Myung Wol e Kang Woo
tinham química desde o princípio? Eles tinham tanto cenas fofas, quanto cenas
que faziam o coração do telespectador ir a mil por hora. Nem preciso dizer que
as cenas de ciúme do Kang Woo eram excelentes, né? Até eu percebi que ele não
queria que nenhum homem chegasse perto de Myung Wol, menos ela própria. O
engraçado foi quando ele começou a perceber que ele gostava dela e tentava
deixá-la feia a qualquer custo. Meu querido! É impossível deixar Han Ye Seul
feia!
Eu tenho que admitir que esse foi um dos únicos
dramas que eu sofri por causa de personagens secundários. Realmente me partia o
coração ver Choi Ryu todo apaixonado pela protagonista, pois além dela não
perceber seus sentimentos, ele ficava se contendo para não trazer nenhum
problema para ela. Enquanto Kang Woo a queria a seu lado a qualquer custo, Choi
Ryu só queria vê-la segura e feliz. Se ele tivesse que morrer para que ela
vivesse, ele o faria sem pensar duas vezes. Gostei tanto do personagem, que fiquei
decepcionada com o final que deram para ele. Como puderam fazer isso?
Falando sério agora! Como dois agentes das
forças especiais da Coréia do Norte podem cometer erros tão bobos? Esses erros
dificultaram tanto a junção das quatro partes do Tetra Códice, quanto o
relacionamento de Myung Wol com Kang Woo. Ela teve muita sorte, pois mesmo ele
desconfiando dela, ele ainda sim tentava confiar nela nem que fosse um
pouquinho. Se fosse qualquer outra pessoa, os telespectadores poderiam dar
tchauzinho para o relacionamento. A única coisa que eu não gostei foi a loucura
doentia e repentina que se instaurou nele de um momento para outro. Mas passa
rapidinho pelo menos.
O que dizer do último episódio... Muito bom! Só
não digo que é excelente por deixar o relacionamento de dois personagens meio
em aberto (odiei). Tirando isso, tudo se passou da melhor maneira possível e
impossível. Nos é mostrado o que aconteceu com cada personagem, sendo que
percebemos que todos amadureceram muito. Tudo que se passou só fortaleceu mais
seus laços e suas personalidades distintas. Para falar de maneira simples:
todos foram em busca de sua própria felicidade. É óbvio que em drama de espião
tem que haver uma separação entre os protagonistas, mas não se preocupem, ok? O
reencontro foi delicioso de se ver!
Nota: 8.5
Sou apaixonada por Eric Moon. Um dorama que amei seu desempenho. Não há como entender os roteiristas coreanos. Todo romance leva 15 episódios para dar certo, mas isso só acontece nos últimos cinco minutos do 16º episódio. Assim mesmo, quando realmente vemos o casal juntos e felizes, pois na maioria das vezes preferem que o final fique por conta da nossa imaginação. Acho que eles têm dificuldade para dar um término condizente com o tamanho do amos demonstrado pelas personagens. Odeio também.
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