segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Resenha: Alice


Ano de Exibição: 2009
Número de Episódios: 2
Tempo médio de duração: 1h 30 min
Direção: Nick Willing
Roteiro: Nick Willing
Produção: Reunion Pictures, Alice Productions e Studio Eight Productions
Emissora: SyFy
Gênero: Fantasia, Aventura, Drama

     “Alice” é uma minissérie de apenas dois episódios do SyFy. Como o próprio nome já diz é baseado no famoso livro de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas. E é claro, que podemos esperar várias maluquices e muitas “maravilhas” nessa série.

     Alice (Caterina Scorsone) é uma mulher que mora com a mãe, dá aulas de artes marciais e foi abandonada pelo pai quando criança. Isso fez com que ela nutrisse uma certa desconfiança por homens, fazendo com que ela não consiga ficar em um relacionamento amoroso por muito tempo.


    E isso acontece também com Jack (Philip Winchester), que após uma tentativa falha de entregar um anel a Alice, é dispensado por ela. Só que logo após se despedirem, Alice presencia o sequestro de Jack. Seguindo um estranho homem e os sequestradores, ela acaba caindo em um espelho, que na verdade era um portal para outro mundo. O País das Maravilhas. Alice terá vários desafios pela frente e deverá encontrar Jack e sair daquele estranho mundo.


     Gostei bastante da perspectiva da série da inversão de papeis, de Alice salvar o mocinho. Deu um ar diferente para que a história se iniciasse e mostrou toda a personalidade forte e habilidades de artes marciais da personagem. Isso fez com que eu gostasse bastante dela, ela sabia se cuidar sozinha e era inteligente a ponto de conseguir criar bons planos para sair de determinadas situações.


    Mas, ainda assim, ela contou com a ajuda de mais dois personagens: o Chapeleiro (Andrew Lee Potts) e o Cavaleiro Branco (Matt Frewer). O primeiro era um proprietário de uma casa de chá, mas ao mesmo tempo um membro da resistência contra a Rainha de Copas (Kathy Bates); e o segundo era o último cavaleiro que sobrou logo depois do massacre do exército da rainha.


    Apesar de ser bem maluquinho no livro, o Chapeleiro de “Alice” não é nem um pouquinho louco. Na verdade, ele é bem esperto e centrado em seus objetivos, e até mesmo chega a “enganar” Alice para que ela entregue o anel. Mas, mesmo assim, depois ele passa a mostrar seu lado justo e vemos os reais motivos para as suas ações.


     O anel que estava com Alice era o Anel do País das Maravilhas, que abria um portal entre os dois mundos. E justamente por esse motivo todos queriam o anel. A rainha trazia pessoas do outro mundo, intituladas de “ostras”, para arrancar delas o que? Sensações e sentimentos. Através de um sistema bem louco de cassinos, as pessoas eram forçadas a sentirem as mais diversos sensações: amor, compaixão, excitação, felicidade... E através disso, a rainha possuía uma fábrica de sentimentos, onde ela vendia para toda a população e conseguia seu dinheiro e sua satisfação.


     É claro que esse sistema, não passou despercebido pela resistência, que viu como única saída se apoderar do anel para que novas ostras não pudessem ser pegas, e assim, não haveria a fábrica de sentimentos. Por isso, agora Alice e o Chapeleiro serão perseguidos tanto pela guarda da Rainha de Copas, como pela resistência.


     Bem maluca essa história, não é mesmo? Mas, acho que essa foi uma das sacadas geniais da minissérie, uma história completamente inimaginável e que possibilitaria um ótimo desenrolar depois. Se por um lado eles não deixaram os personagens como loucos, a história em si é completamente louca.

     Ao contrário do que estamos acostumados ao desenho de “Alice no País das Maravilhas”, o lugar na minissérie não é tão encantador assim. Na verdade, ele era bem sem vida e intimidador, nem um pouco bonito ou agradável. Achei que eles podiam ter caprichado mais nessa parte, ter dado mais cores ao ambiente, afinal é o País das Maravilhas. E este ficou completamente sem encantos e bem apagado na história. Apesar disso, gostei das representações de elementos e personagens contidos nos livros. Foram bem criativos nessa parte!




      Na minissérie também temos alguns mistérios a serem resolvidos. Por que o pai de Alice foi embora? Por que Jack foi pego pelo coelho branco? Por que Alice é tão importante para o País das Maravilhas? Todos eles vamos descobrindo no decorrer da série. Achei essa uma das melhores partes de “Alice”.


      Para ser bem sincera, “Alice” é uma daquelas típicas séries que você assiste só uma vez na vida. Apesar de achar que os elementos foram dispostos de uma maneira bem interessante, isso não foi o bastante para que eu me apegasse a minissérie. Como foi retratado o País das Maravilhas foi o mais decepcionante. Achei que eles tinham até que uma boa trama, mas não conseguiram explorá-la direito. Para quem está acostumado com ótimas séries (como eu) não vai gostar muito. Mas, tenho que admitir que pela história criativa, não foi uma total perda de tempo. O final pelo menos foi bom! Assistam para tirar suas próprias conclusões.

Nota: 3

Já assistiram essa minissérie? O que acharam dela? Conta para a gente! :) Postem nos comentários!

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