quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Resenha: Sherlock Holmes – Um Estudo em Vermelho


Autor: Arthur Conan Doyle
Editora: L&PM
Ano da Edição: 1998
Número de Páginas: 82

     Sempre amei livros com crimes e mistérios super difíceis de serem desvendados. Quem gosta desse tipo de história com certeza se deliciará com os livros de Agatha Christie e de Arthur Conan Doyle. Assim, hoje venho resenhar “Um Estudo em Vermelho”, a primeira aventura de Sherlock Holmes e Dr. Watson. Sabe o que é engraçado? Embora esse seja o primeiro volume, foi um dos únicos da série que eu não tinha lido. É claro que eu não poderia perder a oportunidade de saber como tudo começou.

     Como todos sabem (ou não), quem narra a maior parte da história é o Dr. Watson. Ele mesmo nos conta breves momentos de seu passado: como ele serviu no Afeganistão e se machucou lá, sendo enviado de volta para a Inglaterra muito doente. Quando decide procurar um lugar para se estabelecer, acaba por encontrar um amigo que coincidentemente conhecia um homem que queria alguém para dividir o imóvel. Esse homem era ninguém menos que Sherlock Holmes.

     Ambos se dão bem de início e decidem morar juntos, se mudando rapidamente para a Rua Baker, 221B. Porém, a personalidade peculiar de Holmes acaba por chamar a atenção de Watson, que ficava se indagando qual seria a profissão dele. Não demora muito para que ele descubra que Holmes é um detetive particular consultivo (o único da categoria). Assim, inicia uma parceria que durará alguns livros.

     Se tem um fator que foi muito bem explorado pelo autor foi a caracterização das personagens. Nesse primeiro livro suas personalidades, manias e hábitos ganham muito foco por diferir muito de um para outro. Watson apreciava momentos de solidão, mas gostava de companhia e de boas conversas. Era uma pessoa boa, modesta e cética em várias situações (principalmente em relação a algumas habilidades dedutivas do companheiro). Já Holmes apreciava mais o silêncio, quando podia pensar claramente sem ser interrompido. Tinha muito orgulho de suas habilidades, chegando até a ser um pouco convencido por causa delas. Quando não tinha nenhum mistério para resolver, ficava facilmente entediado e tocava melodias melancólicas no violino o dia inteiro.

    Enfim, o mistério dessa trama começa quando Gregson, um dos detetives da Scotland Yard, pede para que Holmes vá a uma casa observar um estranho cenário de assassinato. Chegando lá, havia um homem morto no chão com um olhar dividido entre o medo e a raiva sem nenhum tipo de ferimento. Como ele morreu? Além disso, havia uma palavra escrita com sangue em uma das paredes do aposento: RACHE. Ela significa vingança em alemão. Poderia ela estar ligada de alguma forma com as Sociedade Secretas (como haviam sugerido os detetives da Scotland Yard)? Ou há algo mais difícil de ser desvendado por trás de tudo?

     Eu achei muito interessante a maneira como a história ia se desenrolando. Conforme Holmes e Watson iam achando várias pistas, o primeiro a relacionava com o crime. Assim, o leitor se vê mais entretido pela trama, pois vai entendendo e juntado os fatos de pouco em pouco até que consegue compreender bem o que verdadeiramente aconteceu e como Holmes chegou àquela conclusão. Logo, a história não apresenta ligações sem pé nem cabeça, mas sim fatos lógicos que são devidamente explicados ao leitor.

     Outro fator que me surpreendeu foi a mudança de narrador no meio da trama. Quando o mistério se resolveu e o culpado foi pego, Holmes sabia exatamente como tudo foi feito, mas não porquê. Então, inicia-se uma narração do passado do assassino e o que o levou a cometer tal ato. Foi realmente muito interessante, pois eu estava muito curiosa para saber qual a motivação dele. É uma mini história dentro de outra história.

      Enfim, recomendo muito a leitura desse livro, que possui uma trama tão envolvente e misteriosa, que faz com que o leitor fique curioso do início ao fim. Todos vão perceber que é uma leitura bem rápida, então se você não tem muito tempo de sobra pra ler, esse livro é uma boa escolha. Além disso, você vai ficar curioso para ler os próximos volumes e saber como se desenvolveu a amizade de Holmes e Watson.

Nota: 9

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