domingo, 22 de janeiro de 2017

Resenha: Goblin


Outros títulos: Goblin: The Lonely and Great God, Guardian:
The Lonely and Great God,
Ano de exibição: 2016-2017
Número de episódios: 16
Emissora: tvN
Direção: Lee Eung Bok
Roteiro: Kim Eun Sook
Tempo médio de duração dos episódios: 1h

     Quando fiquei sabendo da temática e dos atores que fariam parte de Goblin, eu fiquei esperando ansiosamente para que os episódios fossem lançados. A sinopse é tão boa que fez com que eu e minha irmã (que também escreve resenhas para esse blog) quiséssemos assistir (afinal, temos que ver coisas diferentes para postarmos sobre diversos conteúdos). Eu fui a sortuda que acabou ficando com o drama (EBAAAAA!!!). Devo dizer que o início de 2016 só está me surpreendendo, pois os k-dramas estão cada vez mais diferentes e empolgantes. 


     Enfim... A história é sobre Kim Shin (Gong Yoo), um general que, além de ter sido considerado um traidor, foi morto por sua própria espada. Devido a magias misteriosas, ele foi revivido e se tornou um Goblin com poderes extraordinários. Mas tem um porém: ele será fadado a ter uma vida imortal, vendo todos aqueles que ama partirem de geração em geração. Essa magia (ou maldição) só pode ser desfeita se a Noiva do Goblin retirar a espada que está cravada em seu peito. É aí que entra nossa protagonista, Ji Eun Tak (Kim Go Eun).


     Eun Tak é uma colegial que perdeu a mãe muito cedo e que consegue ver fantasmas, sendo considerada muito estranha pelos colegas. Ela vive com sua tia (Yum Hye Ran) e com seus primos (Choi Ri e Jung Young Ki), que conseguiram ser piores que a madrasta e a meia-irmã de Eun Ha Won em Cinderella and Four Knights. A protagonista se considera uma pessoa com muito azar e odeia o modo como ela vive agora (espere só até o Kim Shin aparecer). Porém, descobrimos que ela não é tão sem sorte assim, sendo salva quando ainda estava dentro da barriga da mãe pelo Goblin e se tornando a noiva dele.



     Todos sabemos desde o início da história que Kim Shin irá morrer se Eun Tak retirar a espada do seu peito, então eu esperava que tivesse muitos momentos tensos e tristes desde o início. Super me enganei. Assim como em Oh My Geum Bi, o diretor e os roteiristas optaram por deixar a primeira metade do drama mais leve e divertida, com muitos momentos engraçados e de romance entre os protagonistas e o casal secundário. Já na segunda metade, a história ainda tem esses tipos de momentos, mas a maioria deles dão lugar as preocupações e as tristes perspectivas do que poderia ocorrer no futuro (mesmo assim tudo continuou muito interessante).


     Além do ritmo do drama e a maneira como a história foi contada, tenho muito a elogiar os efeitos especiais. Sério! Eles ficaram muito bons. Como não achar perfeita a espada no peito de Kim Shin e os poderes que ele tinha? Um bom k-drama de fantasia não pode deixar de ter GCIs muito bem feitos. Essa foi exatamente a razão que o produtor deu para o atraso dos últimos três episódios: efeitos especiais bons são difíceis de fazer, então eles não se importariam de demorar com isso se for para tudo ficar perfeito. O único elemento que eu achei que ficou na cara que foi feito pelo computador é o barco do primeiro episódio, não parecendo nada (NADA) real.


     Também amei os fantasmas! Eles não foram como os do The Master’s Sun, que eram meio assustadores e os atores tinham que estar todos maquiados (embora eu os tenha adorado também). Eles pareciam ser totalmente normais, tirando o fato de que só Eun Tak podia vê-los. É muito legal ver ela resolvendo os problemas deles para que enfim pudessem descansar em paz, era um assunto não resolvido mais diferente que o outro. É claro que não posso deixar de comentar sobre o fantasma mais assustador (talvez o único do drama inteiro) que eu já vi em um drama: Park Joon Hun (Kim Byung Chul). A maquiagem do ator ficou tão bem feita, que se ele aparecesse na minha frente, eu com certeza ficaria paralisada de medo (e com nojo daquela língua dele).



     E o que dizer dos personagens de Goblin: os melhores. Todos (todos mesmo) eram extremamente diferentes um do outro e muita química rolava entre eles. Nunca fui de ligar muito para bromances e tudo o mais, mas Kim Shin e o Anjo da Morte (Lee Dong Wook) ficaram totalmente perfeitos e engraçados juntos. Além disso, Yoo Duk Hwa (Yook Sung Jae), o “sobrinho” do Goblin, também tinha muitas cenas de dar gargalhadas e conseguia cativar o telespectador. Seu amadurecimento (ou tentativa, pelo menos) era uma das coisas que eu considerava mais notáveis. Será que ele conseguirá seu cartão de crédito de volta até o final do drama?




     Repararam que eu não falei das personagens femininas? Pois é! Eu realmente achei que elas mereciam um parágrafo só delas. Eun Tak e Sunny (Yoo In Na) são o perfeito exemplo de mulheres independentes e que sabem o que querem. O melhor de tudo, é que elas fariam qualquer coisa para ser feliz e não aceitariam qualquer tipo de tratamento dos homens que gostam. De início eu só fiquei meio estressada com o fato de, enquanto Eun Tak se esforça em tudo que faz, Sunny não meche um dedo para que sua lanchonete se torne mais popular. Tirando isso, ela é uma excelente personagem. Também né, para chamar a atenção de um Goblin e um Anjo da Morte, elas tinham que ser bem peculiares e confiantes (eram muito). Ambas tinham a habilidade de surpreende-los e deixá-los confusos, sofrendo de amor.


     Gostei muito de alguns ensinamentos (passados de maneira bem sutil) que Goblin nos proporcionou. Um deles é sobre pessoas que ficam esperando que coisas boas aconteçam com elas, mas não fazem nada para tal. Os milagres não acontecem sozinhos, você tem que fazer acontecer. Kim Shin só ajudava aqueles que realmente mereciam e que estavam desesperados para mudar a sua vida. Também gostei muito da forma como o amor é retratado, com um sempre se sacrificando pelo outro e preferindo sofrer ao outro se sentir triste de alguma forma.




     Eu sei que eu já falei muito sobre o tanto que esse drama é engraçado, mas vou ter que reforçar isso mais uma vez. É fora de base! Eles conseguiram misturar ação, fantasia, comédia e romance na medida certa. Só achei que Goblin perdeu um pouco o ritmo (o que deixou os episódios um pouco chatos) quando começou com aquela história toda de antepassados. Porém, depois de um tempo tudo volta ao normal e você começa a ver o quão interessantes são essas partes. Além disso, os flashbacks do passado eram muito esclarecedores e empolgantes. Jamais conseguiria criar uma história dessas.


     Se tem uma coisa que algumas pessoas estavam ficando muito decepcionadas que eu concordava totalmente eram os beijos do drama. Sério mesmo! Gong Yoo é um dos atores conhecidos por fazer umas das melhores cenas de beijo nas telinhas coreanas e ele não estava dando nenhum beijo com mais pegada. Sério isso? Será que o diretor acabou fazendo isso de tanto que estavam reclamando sobre a diferença de idade entre os protagonistas? Acho que deve ter sido uma das razões. Fico boba de ver que ainda há pessoas que acreditam que idade influencia no amor (lógico que ambos da relação devem concordar em estabelecê-la). Porém, podem ficar despreocupados, pois os três últimos episódios tiveram beijos bons de sobra. EBAA!


     Termino essa resenha dizendo que amei a Lee El como a Deusa do Nascimento e do Destino (eu não escrevi sobre ela na resenha porque eu nem entendi direito o que era ela até ter lido sobre ela em alguns lugares). Não sei dizer se eu gostei ou não do último episódio, pois aconteceram coisas tão tristes (chorei muito) e coisas tão felizes que eu acabei ficando totalmente confusa. Eu preferiria que algo não tivesse acontecido, porém isso não estragou os últimos minutos encantadores. Para falar a verdade, eu fiquei satisfeita com o final, que foi muito diferente e inesperado.

Nota: 9.5

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