Ano: 2009
Páginas: 256
Editora: Fundamento
Autor: John Flanagan
Mais
uma resenha dos livros da coleção de Rangers Ordem dos Arqueiros para vocês! Se
você ainda não entrou em contato com essa coleção, recomendo que leia a resenha
de: “Ruínas de Gorlan”. Se já leu somente o primeiro livro, então leia a
resenha do livro 2: “Ponte em Chamas”. Se você já leu esses dois livros, então
aproveite a resenha! :)
Mesmo
depois de Morgarath ter sido derrotado, o reino de Araluen está longe de ficar
em paz. Primeiramente, devido à procura de um fugitivo, Foldar, um dos antigos
tenentes do Senhor das Montanhas da Chuva e da Noite. Por isso, todos os
arqueiros estão focados em sua busca, incluindo Halt. E segundo, porque a filha
do rei, Cassandra, juntamente com Will, estão nas mãos dos Escandinavos.
Muito
longe de Araluen, Erak e seus fiéis subordinados estão partindo para a sua terra.
Porém, com a forte tempestade, eles são forçados a esperarem em uma pequena
ilha. Will e Evanlyn são prisioneiros desta forte tripulação. Com o passar dos
dias, eles temem pelo que os espera nas duras e congelantes terras da
Escandinávia.
Enquanto
isso, Halt decide cumprir sua promessa e procurar pelo aprendiz. Sendo banido
do reino, ele parte para as terras escandinavas com a companhia de Horace. Eles
enfrentarão várias dificuldades nos diferentes reinos em que passarão. E também
terão um longo caminho a percorrer...
Tenho
um carinho muito especial por “Rangers Ordem dos Arqueiros”. Toda vez que
recomeço a ler os livros da coleção, me dá uma sensação maravilhosa e lembro
porque gosto tanto dos livros de John Flanagan. Impossível o leitor não se
sentir cada vez mais cativado pelos livros e ficar ansiosamente esperando para
ler sua sequência. Seus ótimos personagens, sua elaborada e criativa trama e a
curiosidade para saber um pouco mais dos arqueiros fez com que eu lesse “Terra
do Gelo” em poucos dias. E tenho certeza que acontecerá o mesmo com você. Teremos
3 focos principais na história: Will e Evanlyn, Halt e Horace e Erak.
Logo
depois de chegarem a Escandinávia, Will e Evanlyn se tornam escravos e são
separados: Will começa a trabalhar no pátio do castelo, enquanto Evanlyn
trabalha na cozinha. Os trabalhos no pátio eram os mais difíceis e dolorosos do
castelo. Isso era devido as tarefas serem braçais, não ter comida suficiente
para os escravos, o lugar de trabalho e moradia serem congelantes e (o pior de
tudo) haver escravos malfeitores que faziam o que bem entendessem com aqueles
que não gostavam. Devido a sua personalidade forte, era inevitável que Will não
entrasse em confusão com esses últimos. E o que era feito com escravos
rebeldes? Eles recebiam a erva do calor.
No
início, ela é aparentemente inofensiva, pois é capaz de esquentar o corpo de
quem a usa. E o frio da Escandinávia cooperava para que ela fosse bem vinda
pelos escravos. O problema é que o uso constante da droga faz com que o usuário
se transforme em uma pessoa sem vida. Sério, me partiu o coração ver o Will que
era todo otimista e cheio de energia, parecendo um zumbi, sem vontade própria e
indiferente a tudo a sua volta. Só queria entrar dentro do livro e acabar com
as pessoas que deram a erva do calor para ele... Por isso mesmo, achei que
“Terra do Gelo” não teve um destaque tão grande em Will.
E
acho que isso foi justamente para dar foco em Evanlyn (a princesa Cassandra),
que passamos a conhecer um pouco mais sobre sua personalidade. No decorrer da
história temos várias partes de Evanlyn fazendo tarefas e tendo atitudes que
uma princesa nunca teria. A personagem teve que lidar com diversas situações
sozinha e por isso evolui MUITO nesse livro. Ela foi corajosa, inteligente e, é
claro, muito amiga de Will. Percebemos que ela o considera cada vez mais pela
sua tristeza quando vê o estado em que Will se encontra. Pode esperar grandes
feitos da princesa. A personagem conseguiu ganhar o meu respeito. :)
Outra
pessoa que passamos a conhecer um pouco mais é Erak. Desde o começo é
perceptível o respeito que ele sente pelos dois araluenses. Por isso mesmo, ele
tentou fazer com que Will e Evanlyn ficassem juntos e não sofressem tanto como
escravos, porém, sem sucesso. Quando viu Will drogado e sem vida devido a erva
do calor, não gostou nem um pouco. Quem sabe daí não surja uma oportunidade
para Will e Evanlyn, não é? Mesmo sendo o raptor de nossos queridos personagens,
é impossível não gostar de Erak. Ele é muito justo e honroso, não concorda com
diversas situações a que os escravos são postos e é muito inteligente (o que
não parece ser uma das características da maioria dos escandinavos). Vocês vão
se impressionar com Erak. Ele está se tornando um dos meus personagens
preferidos. :D
Enquanto
esses 3 estavam na Escandinávia, Halt e Horace se encontravam em Gálica, rumo a
terra dos lobos do mar. Era perceptível o tanto que Halt sentia falta de Will e
faria qualquer coisa para que pudesse chegar rapidamente ao seu destino. Por
isso, vemos um Halt mais “indiferente” em relação a algumas regras. Sério, ele
não estava nem aí para as condutas corretas da cavalaria e não está com nem um
pingo de paciência com aqueles que atrapalham o seu caminho. Ao mesmo tempo,
ele não cansa de nos impressionar com suas habilidades físicas e intelectuais.
Seu sarcasmo de sempre também está muito presente. Como eu amo esse personagem!
<3
Por
outro lado, Horace me tirava do sério em vários momentos. Eu sei que é certo e
honroso seguir de acordo com as regras dos guerreiros. Mas, tinha situações que
isso não seria possível e a vida de outras pessoas dependia disso. Ele ficava
irritando Halt o tempo todo com isso. Ai ai, como me irritou. Mas, mesmo assim,
gosto do personagem. Acho que essas experiências lhe serviram para mostrar como
o mundo realmente é. E, é claro, não posso deixar de comentar sobre suas
habilidades como guerreiro que estão melhorando cada vez mais. Gosto de suas
partes de luta! Porém o que eu mais gostei dele nesse livro foi sua inocência.
Sério, Halt pintava e bordava com Horace. Era bem engraçado. :D
Como
todos sabem, sou louca para descobrir diferentes culturas. E isso não é
diferente com as civilizações que são criadas pelos autores. Em “Terra do
Gelo”, John Flanagan nos apresenta a outros países, como a Escandinávia e
Gálica, o que permite ao leitor enxergar as diferenças culturais entre elas.
Achei bem legal essa parte e espero que possa descobrir mais sobre as outras
civilizações nos próximos livros. No início do livro, temos um mapa mostrando
todos os países que se encontram próximos a Araluen, e são muitos. Não vejo a
hora de poder explorar todo o universo de Rangers! :D
Nesse
livro não teve tantas partes de combates quanto eu gostaria, mas, mesmo assim,
descobrimos cada vez mais algumas habilidades dos arqueiros. Adorei ver Halt
entrando em ação mais uma vez e Will mostrando do que é capaz para os
escandinavos. Pode ter certeza que vocês ficarão cada vez mais impressionados
com os arqueiros.
Sinceramente,
não vejo a hora de relembrar o que acontece nos livros posteriores. O final nos
dá uma onda de alívio, que depois nos é roubado pelo iminente futuro de nossos
personagens preferidos. Eles terão muitos desafios a enfrentar.
“Rangers
Ordem dos Arqueiros” é uma das minhas sagas preferidas de livros, por isso, é
inevitável que eu não a recomende fortemente. As histórias estão ficando cada
vez melhores. Se deliciem com “Terra do Gelo” e espero que gostem tanto quanto
eu!
Nota: 8,5
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