Título Original: I Am Number Four
Autor: Pittacus Lore
Tradução: Débora Isidoro
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento no Brasil: 2011
Número de Páginas: 350
Sabe o que é
engraçado? Eu nunca tive vontade de ler “Eu Sou o Número Quatro”. Eu assisti ao
filme, mas a história não conseguiu me chamar a atenção o suficiente para que
eu lesse a série. Mas quando meu pai passou a comprar livro por livro e a
esperar ansiosamente o lançamento do último volume, me senti quase que na obrigação
de começar. Diga-se de passagem, essa foi uma excelente ideia.
Nove crianças e nove
cêpans (guardiões) fogem de Lorien para a Terra com o intuito de se proteger
dos Mogadorianos e de, futuramente, voltarem para sua terra natal. Todas essas
crianças fazem parte da Garde, que são lorienos dotados dos mais diversos
poderes (chamados de Legados). O planeta deles foi invadido pelos Mogadorianos,
que buscavam um lugar para viver depois de esgotarem todos os recursos de seu
próprio planeta.
Assim, para proteger
essa geração loriena, as crianças foram numeradas de um a nove e um feitiço foi
lançado sobre elas: só poderiam ser mortas de acordo com a ordem numérica.
Quando alguma delas morria, uma cicatriz aparecia no tornozelo de todas,
avisando que o próximo número deveria se preparar. Os cêpans são guardiões
dessas crianças, sendo responsáveis por ajudá-las a desenvolverem seus legados
e a abrir suas arcas quando necessário. Dentro destas há vários itens de Lorien
que os ajudarão futuramente.
“O Número Um foi capturado na Malásia.
O Número Dois, na Inglaterra.
E o Número Três, no Quênia.
Todos foram mortos.
Eu sou o Número Quatro.
Eu sou o próximo.”
Fala sério! Você fica
com vontade de ler o livro só ao ler esse pequeno trecho (eu fiquei pelo
menos). Achei que a história tem traços bem originais, que eu nunca tinha visto
em nenhum outro lugar. O fato de ter que matar os últimos membros da Garde em ordem
numérica só deixou tudo mais interessante e tenso, pois você sabe que é a vez
do protagonista desse primeiro livro. Além disso, é uma ótima sensação
descobrir quais são os legados dele.
Esse primeiro livro é
narrado por John, o Número Quatro. Tenho que admitir que a primeira parte dele
não me agradou tanto quanto a segunda. Ela retrata basicamente a vida discreta
(teoricamente teria que ser) de John e Henry (seu Cêpan), enquanto eles treinam
os primeiros legados que estão se desenvolvendo. Nesse meio tempo, John está
cursando o ensino médio em uma escola da cidade de Paradise. Assim, essa
primeira parte se concentra muito nos sentimentos de amor e amizade que John
passa a sentir. É quase que uma história adolescente normal.
Já a segunda parte da
história é muito mais empolgante e agitada, com muitas batalhas e Mogadorianos
tentando matar John a qualquer custo. O leitor e o próprio protagonista
conhecem outro membro da Garde: a Número Seis. É muito legal ver eles lutando
juntos, sendo que ambos possuem habilidades bem diferentes (deixando claro que
eles podem ter poderes iguais também). Essa história teve personagens muito
cativantes e outros que deixaram um pouco a desejar.
John Smith (Número Quatro) é um
personagem que você gosta bastante, pois é uma pessoa boa e correta. Mas ele conseguia me irritar muito quando não
seguia algumas sugestões de seu Cêpan, sendo muito inconsequente e nada
discreto. Isso acabava por colocar ele mesmo e Henry em perigo. Fazer o que,
né? Algumas burradas são necessárias para que se tenha uma história. Creio que
esse personagem vai se desenvolver mais (e aos seus poderes) durante a
história, pois achei que ele ficou meio apagado (e quase sem graça) quando a
Número Seis apareceu.
Henry Smith é o Cêpan
de John. Ele é o responsável por deixar ambos seguros e escondidos. Para isso,
ele usa vários documentos falsos e mudam de nome e moradia o tempo todo. É uma
pessoa muito corajosa, carinhosa e preocupada com John, sendo meu personagem
preferido no primeiro livro. É muito prudente e atento a qualquer sinal de
aproximação dos Mogadorianos.
Sarah Hart é a garota
por quem John se apaixona. Ela é loira, possui um lindo sorriso e olhos claros,
é inteligente, gentil e popular. Mesmo ela tendo todas essas características,
achei a personagem sem sal e nada interessante. Sabe aquela personagem irreal
de tão perfeita, mas que não te passa a impressão de ser especial? Então! Essa
é Sarah Hart. Diz meu pai que nos surpreenderemos com ela nos próximos livros.
É esperar para ver.
Sam Goode é um garoto tímido e
contido que se torna melhor amigo de John. Ele é muito complexado com teorias
de extraterrestres e de abdução de seres humanos. Depois que seu pai sumiu de
repente, deixando somente seus óculos e caminhonete para traz, passou a acreditar
que ele fora levado por alienígenas. É um amigo muito fiel e corajoso quando
necessário. Foi um dos personagens que eu mais gostei.
A Número Seis só
aparece no final do livro para ajudar John a derrotar os Mogadorianos, então
não sabemos muito sobre sua personalidade e caráter. Porém, é perceptível que é
muito corajosa e uma boa lutadora. Ela é muito superior no quesito habilidades
de luta que o John.
Enfim, mal posso
esperar para conhecer os outros membros da Garde e descobrir a habilidade de
cada um. Achei as habilidades do autor em escrever cenas de ação, aventura e
lutas muito superiores as das cenas de romance (que não foram muito
interessantes). Acho que a partir do próximo livro a história ficará cada vez
mais interessante e muitos mistérios serão solucionados para o leitor. Espero
que tenham aproveitado a resenha! Tenham uma boa leitura!
Nota: 7
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