terça-feira, 7 de março de 2017

Resenha: Eu Sou o Número Quatro


Título Original: I Am Number Four
Autor: Pittacus Lore
Tradução: Débora Isidoro
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento no Brasil: 2011
Número de Páginas: 350

     Sabe o que é engraçado? Eu nunca tive vontade de ler “Eu Sou o Número Quatro”. Eu assisti ao filme, mas a história não conseguiu me chamar a atenção o suficiente para que eu lesse a série. Mas quando meu pai passou a comprar livro por livro e a esperar ansiosamente o lançamento do último volume, me senti quase que na obrigação de começar. Diga-se de passagem, essa foi uma excelente ideia.

     Nove crianças e nove cêpans (guardiões) fogem de Lorien para a Terra com o intuito de se proteger dos Mogadorianos e de, futuramente, voltarem para sua terra natal. Todas essas crianças fazem parte da Garde, que são lorienos dotados dos mais diversos poderes (chamados de Legados). O planeta deles foi invadido pelos Mogadorianos, que buscavam um lugar para viver depois de esgotarem todos os recursos de seu próprio planeta.

     Assim, para proteger essa geração loriena, as crianças foram numeradas de um a nove e um feitiço foi lançado sobre elas: só poderiam ser mortas de acordo com a ordem numérica. Quando alguma delas morria, uma cicatriz aparecia no tornozelo de todas, avisando que o próximo número deveria se preparar. Os cêpans são guardiões dessas crianças, sendo responsáveis por ajudá-las a desenvolverem seus legados e a abrir suas arcas quando necessário. Dentro destas há vários itens de Lorien que os ajudarão futuramente.

“O Número Um foi capturado na Malásia.
O Número Dois, na Inglaterra.
E o Número Três, no Quênia.
Todos foram mortos.
Eu sou o Número Quatro.
Eu sou o próximo.”

     Fala sério! Você fica com vontade de ler o livro só ao ler esse pequeno trecho (eu fiquei pelo menos). Achei que a história tem traços bem originais, que eu nunca tinha visto em nenhum outro lugar. O fato de ter que matar os últimos membros da Garde em ordem numérica só deixou tudo mais interessante e tenso, pois você sabe que é a vez do protagonista desse primeiro livro. Além disso, é uma ótima sensação descobrir quais são os legados dele.

     Esse primeiro livro é narrado por John, o Número Quatro. Tenho que admitir que a primeira parte dele não me agradou tanto quanto a segunda. Ela retrata basicamente a vida discreta (teoricamente teria que ser) de John e Henry (seu Cêpan), enquanto eles treinam os primeiros legados que estão se desenvolvendo. Nesse meio tempo, John está cursando o ensino médio em uma escola da cidade de Paradise. Assim, essa primeira parte se concentra muito nos sentimentos de amor e amizade que John passa a sentir. É quase que uma história adolescente normal.

     Já a segunda parte da história é muito mais empolgante e agitada, com muitas batalhas e Mogadorianos tentando matar John a qualquer custo. O leitor e o próprio protagonista conhecem outro membro da Garde: a Número Seis. É muito legal ver eles lutando juntos, sendo que ambos possuem habilidades bem diferentes (deixando claro que eles podem ter poderes iguais também). Essa história teve personagens muito cativantes e outros que deixaram um pouco a desejar.

     John Smith (Número Quatro) é um personagem que você gosta bastante, pois é uma pessoa boa e correta.  Mas ele conseguia me irritar muito quando não seguia algumas sugestões de seu Cêpan, sendo muito inconsequente e nada discreto. Isso acabava por colocar ele mesmo e Henry em perigo. Fazer o que, né? Algumas burradas são necessárias para que se tenha uma história. Creio que esse personagem vai se desenvolver mais (e aos seus poderes) durante a história, pois achei que ele ficou meio apagado (e quase sem graça) quando a Número Seis apareceu.

     Henry Smith é o Cêpan de John. Ele é o responsável por deixar ambos seguros e escondidos. Para isso, ele usa vários documentos falsos e mudam de nome e moradia o tempo todo. É uma pessoa muito corajosa, carinhosa e preocupada com John, sendo meu personagem preferido no primeiro livro. É muito prudente e atento a qualquer sinal de aproximação dos Mogadorianos.

     Sarah Hart é a garota por quem John se apaixona. Ela é loira, possui um lindo sorriso e olhos claros, é inteligente, gentil e popular. Mesmo ela tendo todas essas características, achei a personagem sem sal e nada interessante. Sabe aquela personagem irreal de tão perfeita, mas que não te passa a impressão de ser especial? Então! Essa é Sarah Hart. Diz meu pai que nos surpreenderemos com ela nos próximos livros. É esperar para ver.

     Sam Goode é um garoto tímido e contido que se torna melhor amigo de John. Ele é muito complexado com teorias de extraterrestres e de abdução de seres humanos. Depois que seu pai sumiu de repente, deixando somente seus óculos e caminhonete para traz, passou a acreditar que ele fora levado por alienígenas. É um amigo muito fiel e corajoso quando necessário. Foi um dos personagens que eu mais gostei.

   A Número Seis só aparece no final do livro para ajudar John a derrotar os Mogadorianos, então não sabemos muito sobre sua personalidade e caráter. Porém, é perceptível que é muito corajosa e uma boa lutadora. Ela é muito superior no quesito habilidades de luta que o John.

     Enfim, mal posso esperar para conhecer os outros membros da Garde e descobrir a habilidade de cada um. Achei as habilidades do autor em escrever cenas de ação, aventura e lutas muito superiores as das cenas de romance (que não foram muito interessantes). Acho que a partir do próximo livro a história ficará cada vez mais interessante e muitos mistérios serão solucionados para o leitor. Espero que tenham aproveitado a resenha! Tenham uma boa leitura!


Nota: 7

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