Título Original: The Rise of Nine
Autor: Pittacus Lore
Tradução: Débora Isidoro
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento no Brasil: 2012
Número de Páginas: 287
Para quem não sabe,
esse é o terceiro volume da série Os Legados de Lorien. Então, se você não os
leu ainda vá para as resenhas do primeiro e do segundo livro.
Fico muito feliz em dizer que com o passar dos volumes a série vai se tornando
cada vez melhor. Acho que é porque conhecemos cada vez mais membros da Garde e
ficamos apaixonados por eles e seus poderes. Nesse volume só vai ficar faltando
o número 5, que foi o único que ainda não teve nenhuma aparição.
Se tem uma coisa que o
autor (descobri que são dois autores que usam o pseudônimo Pittacus Lore)
acertou é quanto a narração. Nesse volume há três narradores: Marina, John e
Seis. Gosto muito do fato de podermos ficar na cabeça de vários personagens e
saber exatamente o que cada um está pensando. E tudo fica ainda mais
interessante quando esses narradores possuem personalidades totalmente
diferentes e percebem as coisas de maneiras distintas. Você consegue quase que
imediatamente saber quem está narrando só ao ler as primeiras linhas, além das
letras das páginas também mudarem de acordo com a mudança de um para outro.
Pois bem! Como
incialmente os personagens estão divididos em dois grupos, há duas histórias
principais. A primeira é composta por John e o Número Nove. Após terem se
encontrado brevemente com Setrákus Ra e se separado de Sam, ambos procuram um
lugar para se esconder enquanto John se recupera de seus ferimentos. Essa parte
do livro parece ter o objetivo de mostrar como surgiu e aumentou a amizade
entre esses dois membros da Garde. Foi muito interessante eles descobrindo
novas funções para os objetos que tinham em suas arcas e para o tablet de
Malcom Goode deixado por ele no esconderijo. É claro que os dois estavam
fazendo de tudo para tentar encontrar os outros lorienos.
A segunda parte da
história é composta por Marina, Seis, Ella e Crayton. Eles estão indo viajar
para a Índia para encontrar um membro da Garde que acham que está lá. Muitas
pessoas do local acreditam que há um menino com poderes extraordinário que é a
reencarnação do deus hindu Vishnu, então Crayton acredita que se juntar a ele é
o melhor a se fazer. É claro que eles estarão sempre alertas a novos problemas
e terão muita cautela. Porém, o que eles não esperavam era que o garoto estava
esperando a visita deles. Qual será o número desse garoto?
Fico muito
impressionada em como os personagens se tornam cada vez mais cativantes. Marina
e Ella são minhas preferidas desde o início, sendo que são muito boas e
compreensivas. O Número Nove, embora seja meio convencido e sem noção, sempre
está pronto a ajudar os outros membros da Garde e é muito engraçado. O Número
Oito também é muito legal, sendo espontâneo, positivo e alegre. Como não gostar
de todos esses personagens?
A única coisa que me
irritou neles foi o fato de serem muito impulsivos e até um pouco imaturos.
Sério mesmo! Parece que não podem ver um membro da Garde do sexo oposto que já
começam a flertar um com o outro. É até meio ridículo. Sabe aquela coisa de
Crepúsculo que tem até eletricidade entre os corpos deles? Então! É mais ou
menos assim... Saem beijando todo mundo por motivos bobos e ficam até com
ciúmes um dos outros. Nesses momentos me sinto lendo um livro de romance
adolescente.
Um fator da história
em si que não me agradou foi o fato de serem capturados por agentes da CIA ou
do FBI o tempo todo. Será que faltou criatividade para o autor e ele fez com
que isso ocorresse muitas vezes? Mas, parando para pensar direitinho, essas
partes tinham um propósito (embora eu já tenha entendido a mensagem que ele
queria passar já faz um tempão). Acho que Pittacus Lore podia mostrar mais o
treinamento da Garde (que quase não teve nos livros, exceto o de John treinando
com Henry).
Falando em Henry,
fiquei impressionada em como “A Ascensão dos Nove” fez com que o leitor
percebesse as diferenças existentes entre os Cêpans. Sandor, o Cêpan do Número
Nove, era gritantemente o mais peculiar dos Cêpans. Era muito extravagante e
vivia com muito luxo. Fiquei muito curiosa sobre ele e descobri que há livros
digitais chamados de Arquivos Perdidos que contam várias histórias paralelas ou
de personagens que já se foram. Em um desses volumes é contada a história de
Sandor! Estou muito ansiosa para conferir!
Enfim, o final do
livro foi excelente. Fiquei muito curiosa para saber o que aconteceria no
próximo volume. Será que Sam enfim seria resgatado? O que os membros da Garde
farão em seguida? Como eles desenvolverão cada vez mais suas habilidades? Quais
são os Legados que ainda serão descobertos? São muitas perguntas sem respostas.
Estou ansiosa para saber tudo o que vai acontecer. Só vou dizer mais uma coisa
dos últimos capítulos: Sarah Hart enfim ganhou um pouco do meu respeito.
Nota: 8.5
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