domingo, 25 de junho de 2017

Anne


Também conhecido por: Anne with an “E”
Ano de Lançamento: 2017
Número de Episódios: 7
Direção: Niki Caro, Helen Shaver, Sandra Goldbacher,
David Evans, Patricia Rozema, Paul Fox e Amanda Tapping
Produção: Miranda de Pencier, Debra Hayward, Susan Murdoch
Alison Owen, Moira Walley Beckett
Emissora: Netflix e CBC
Tempo Médio de Duração de Episódio: 1h e 30min (episódio 1)
e 45 minutos (episódios de 2 a 7)

     Anne Shirley (Amybeth McNulty) é uma órfã de 13 anos que foi levada para a família Cuthbert para ser adotada. Ela é deixada na estação e espera ansiosamente sua nova família ir buscá-la. O único problema é que Marilla (Geraldine James) e Matthew (R. H. Thomson) estavam esperando um garoto forte que os ajudaria com a fazenda. Como esse erro será reparado? Terá Anne finalmente encontrado seu lar?


     Eu tinha acabado de ver o trailer de Anne (por favor, pronunciem com “E”) e já esperava que essa série chegaria para acabar com os padrões e estereótipos. Pois, como a própria protagonista disse, uma garota pode fazer tudo o que um garoto faz e até mesmo melhor. Não tem como não se apaixonar por uma série que problematiza vários temas importantes e que possui uma personagem tão peculiar e original.


     Vou começar falando sobre Anne, uma garota persistente que não deixou que suas péssimas experiências com adoção abalassem sua fé em encontrar uma boa família. Ela é muito inteligente e independente, tendo imaginação suficiente para todas as pessoas de sua comunidade. Embora seja muito corajosa, é insegura em relação as pessoas, sempre se preocupando muito em não ser aceita e causar problemas para Marilla e Matthew. Acho que eu não via uma personagem tão espontânea em séries a muito tempo.


     Marilla e Matthew são dois irmãos que envelheceram sem se casar, apenas se preocupando em cuidar um do outro. Eles não possuem muita imaginação (segundo Anne) e estão acostumados a viver no mais remoto silencio. A chegada da garota transformará a vida deles para sempre, trazendo cor e esperança de uma vida melhor. É muito engraçadinho ver como eles se apegaram rápido a Anne e como eles a defendiam de comentários maldosos e das injustiças do mundo.


     Esses três personagens são os que mais aparecem na série, mas há alguns outros que foram importantes para Anne, como: Diana Barry (Dalila Bela) e Gylbert Blythe (Lucas Jade Zumann). A primeira é a melhor amiga da protagonista, amando-a do jeito que é e ficando encantada com a quantidade de palavras difíceis que ela usa. Já o Gylbert era um garoto popular entre as meninas e muito maduro para a sua idade. Ele percebeu os encantos de Anne no momento em que a viu, me deixando na expectativa para ver mais cenas dos dois juntos na segunda temporada.


     Embora tenhamos personagens muito legais e cativantes, Anne não deixou de ter alguns bem maldosos e cruéis, que fazem com que você passe muita raiva. Aposto que todos que assistirem essa série ficarão tristes de ver o quanto Anne é julgada e maltratada por ser órfã. O bullying foi um assunto muito bem abordado, com cenas fortes e chocantes que muitas vezes tiram lágrimas de nossos olhos. Eu achei que o seriado me deixava tensa o tempo todo, porque qualquer erro que Anne cometesse era garantia de muito sofrimento e angústia para sua família e para os telespectadores.


    Além disso, a série conseguiu abordar temas como o feminismo e o homossexualismo de maneiras bem interessantes. Nós conseguimos ver através da história o que as pessoas da época pensavam sobre esses assuntos e como muitas coisas mudaram com o tempo. Acho que eles conseguiram mostrar com maestria como o amor é a única coisa que realmente importa e como a amizade e o companheirismo te ajudam a alcançar a felicidade.


     A série é bem curtinha e interessante, fazendo com que eu assistisse tudo em dois dias (a faculdade não deixou eu assistir tudo de uma vez). Eu acho que provavelmente haverá uma segunda temporada (que ainda não foi anunciada pela Netflix), pois o episódio final deixou um acontecimento inacabado e curiosidade para os telespectadores. Mas ao que parece a série conseguiu agradar várias pessoas, fazendo com que eu fique otimista para ver Anne (com “E”) novamente. Espero que todos vocês assistam essa série e fiquem tão encantados e cheias de imaginação quanto eu.

Nota: 9

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