Também conhecido por: Anne with an “E”
Ano de Lançamento: 2017
Número de Episódios: 7
Direção: Niki Caro, Helen Shaver, Sandra Goldbacher,
David Evans, Patricia Rozema, Paul Fox e
Amanda Tapping
Produção: Miranda de Pencier, Debra Hayward, Susan
Murdoch
Alison Owen, Moira
Walley Beckett
Emissora: Netflix e CBC
Tempo Médio de Duração de Episódio: 1h e 30min (episódio 1)
e 45 minutos
(episódios de 2 a 7)
Anne Shirley (Amybeth McNulty) é uma órfã de 13 anos que foi levada para
a família Cuthbert para ser adotada. Ela é deixada na estação e espera
ansiosamente sua nova família ir buscá-la. O único problema é que Marilla (Geraldine
James) e Matthew (R. H. Thomson) estavam esperando um garoto forte que os
ajudaria com a fazenda. Como esse erro será reparado? Terá Anne finalmente
encontrado seu lar?
Eu tinha acabado de ver o trailer de Anne (por favor, pronunciem com “E”)
e já esperava que essa série chegaria para acabar com os padrões e
estereótipos. Pois, como a própria protagonista disse, uma garota pode fazer
tudo o que um garoto faz e até mesmo melhor. Não tem como não se apaixonar por
uma série que problematiza vários temas importantes e que possui uma personagem
tão peculiar e original.
Vou começar falando sobre Anne, uma garota persistente que não deixou que
suas péssimas experiências com adoção abalassem sua fé em encontrar uma boa
família. Ela é muito inteligente e independente, tendo imaginação suficiente
para todas as pessoas de sua comunidade. Embora seja muito corajosa, é insegura
em relação as pessoas, sempre se preocupando muito em não ser aceita e causar
problemas para Marilla e Matthew. Acho que eu não via uma personagem tão
espontânea em séries a muito tempo.
Marilla e Matthew são dois irmãos que envelheceram sem se casar, apenas
se preocupando em cuidar um do outro. Eles não possuem muita imaginação
(segundo Anne) e estão acostumados a viver no mais remoto silencio. A chegada
da garota transformará a vida deles para sempre, trazendo cor e esperança de
uma vida melhor. É muito engraçadinho ver como eles se apegaram rápido a Anne e
como eles a defendiam de comentários maldosos e das injustiças do mundo.
Esses três personagens são os que mais aparecem na série, mas há alguns
outros que foram importantes para Anne, como: Diana Barry (Dalila Bela) e
Gylbert Blythe (Lucas Jade Zumann). A primeira é a melhor amiga da
protagonista, amando-a do jeito que é e ficando encantada com a quantidade de
palavras difíceis que ela usa. Já o Gylbert era um garoto popular entre as
meninas e muito maduro para a sua idade. Ele percebeu os encantos de Anne no
momento em que a viu, me deixando na expectativa para ver mais cenas dos dois
juntos na segunda temporada.
Embora tenhamos personagens muito legais e cativantes, Anne não deixou de
ter alguns bem maldosos e cruéis, que fazem com que você passe muita raiva.
Aposto que todos que assistirem essa série ficarão tristes de ver o quanto Anne
é julgada e maltratada por ser órfã. O bullying foi um assunto muito bem
abordado, com cenas fortes e chocantes que muitas vezes tiram lágrimas de
nossos olhos. Eu achei que o seriado me deixava tensa o tempo todo, porque
qualquer erro que Anne cometesse era garantia de muito sofrimento e angústia
para sua família e para os telespectadores.
Além disso, a série conseguiu abordar temas como o feminismo e o homossexualismo
de maneiras bem interessantes. Nós conseguimos ver através da história o que as
pessoas da época pensavam sobre esses assuntos e como muitas coisas mudaram com
o tempo. Acho que eles conseguiram mostrar com maestria como o amor é a única
coisa que realmente importa e como a amizade e o companheirismo te ajudam a
alcançar a felicidade.
A série é bem curtinha e interessante, fazendo com que eu assistisse tudo
em dois dias (a faculdade não deixou eu assistir tudo de uma vez). Eu acho que
provavelmente haverá uma segunda temporada (que ainda não foi anunciada pela
Netflix), pois o episódio final deixou um acontecimento inacabado e curiosidade
para os telespectadores. Mas ao que parece a série conseguiu agradar várias
pessoas, fazendo com que eu fique otimista para ver Anne (com “E”) novamente.
Espero que todos vocês assistam essa série e fiquem tão encantados e cheias de
imaginação quanto eu.
Nota: 9
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