domingo, 9 de julho de 2017

Até o Último Homem


Título em inglês: Hacksaw Ridge
Direção: Mel Gibson
Produção: Terry Benedict, Paul Currie, Bruce Davey, William D.
Johnson, Bill Mechanic, Brian Oliver e David Permut
Roteiro: Andrew Knight e Robert Schenkkan
Distribuição: Diamond Films (Brasil)
Ano: 2016
Duração: 139min
Gênero: Drama, guerra e biografia

     Desmond Doss (Andrew Garfield) é um homem que após um acontecimento decidiu nunca mais tocar em armas e recorrer a violência. Apesar disso, ele vê a necessidade de servir ao seu país se alistando para “lutar” na batalha de Okinawa. Porém, ele não deseja fazer isso como um combatente, mas como um médico. Ele não quer tirar vidas, mas salvá-las. Como ele poderá sobreviver em batalha sem algo com o qual possa se defender? Como ele conseguirá ganhar a confiança de seus companheiros?


     Até o Último Homem foi um filme que foi indicado em várias categorias do Oscar 2017, mas que levou a estatueta em somente duas delas: Melhor Edição e Melhor Mixagem de Som. Não assisti todos os outros filmes que foram indicados, mas após assistir Andrew Garfield como Desmond Doss, eu realmente fiquei curiosa para ver como foi a atuação do ator que levou o prêmio de Melhor Ator. Tenho que dizer que Andrew foi perfeito em seu papel, conseguindo capturar toda a personalidade peculiar do personagem e fazer os mais variados tipos de expressões faciais durante o filme.


     Levei um baita susto no início do filme, pois em seus primeiros minutos já temos uma briga entre os irmãos Doss: Desmond e Harold (Nathaniel Buzolic). Já dá para perceber que ele possui bastante pancadaria, né? Esperem até chegar em alguns momentos do treinamento e na guerra. Eu achei todas essas cenas de ação muito bem feitas, sendo que até os atores mirins conseguiram fazer com que o momento parecesse bem real.


     Chegando no campo de treinamento, Desmond e os telespectadores conhecem vários recrutas com personalidades bem diferentes. Temos um homem que possui muito orgulho de seu corpo, então gosta de andar nu pelo dormitório, um soldado que adora ficar atirando facas, outro que é chamado de zumbi pelos outros e um homem habilidoso que parece se sentir superior ao outros (principalmente em relação ao protagonista). Embora todos sejam muito diferentes, no campo de batalha as diferenças não importam mais. Se tem um fator que eu amo em filmes de guerra é o companheirismo daqueles que lutarão juntos.


      Fiquei imaginando como Desmond Doss conseguiria ganhar o reconhecimento e o respeito dos demais, então me maravilhei quando percebi que isso aconteceria da melhor maneira possível. Eu realmente fiquei admirada pelo personagem e a fé que ele tinha em Deus, bem como em suas convicções. Sério! Não tem como não amar o personagem e torcer muito para que ele volte da guerra e seja feliz com sua mulher Dorothy Schutte (Teresa Palmer).


     Sim! É claro que eu não poderia deixar de fora o fato dele ter uma mulher linda e que o apoia em suas decisões. Também gostei muito dessa personagem, sendo que ela era independente e diferente das mulheres de sua época. Então quem gosta de romance saiba que haverá um pouquinho em Até o Último Homem, com um casal que nos conquistará com os poucos momentos em que aparecem juntos.


     Também achei muito interessante a maneira como eles conseguiram retratar as feridas que a guerra deixa nas pessoas. Tom Doss (Hugo Weaving), o pai de Desmond, nunca mais foi o mesmo depois que ele voltou da guerra. Perder seus amigos e ver tantas atrocidades serem cometidas afetam muito as pessoas, sendo que esse personagem teve a sorte de ter uma mulher que sempre tentava compreende-lo, Bertha Doss (Rachel Griffiths).


     Então, acaba de passar a última cena do filme e na hora dos créditos começa um narrador a falar o que aconteceram com alguns personagens. Vocês acreditam que a história era real? Eu nem sabia disso! São nesses momentos que você percebe que há muitas pessoas boas no mundo e muitas histórias que realmente valem a pena ser contadas. Desmond Doss foi realmente um herói.

Nota: 9.3

2 comentários:

  1. Desmond é um exemplo a seguir para todos nós. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Até O Último Homem, não conhecia a história e realmente gostei. Na minha opinião foi um dos mehores filmes de drama que foi lançado. O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Vi este filme por que amo aos atores que participam nele. Eu sem dúvida verei novamente.

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    1. Eu realmente acho esse filme muito emocionante e com muitos ensinamentos que devemos levar para nossa vida. Também considero ele um dos melhores do gênero drama, bem como de guerra. Assisti ele incontáveis vezes, pois eu me sinto em paz e bem sabendo que uma pessoa tão boa realmente existiu.
      Os atores também foram o que me levaram a assistir "Até o Último Homem" e não decepcionaram em nada. Não consigo imaginar mais ninguém para fazer o papel Desmond como Andrew Garfield fez.
      Obrigada por comentar!! Abraços

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