Direção: Stephen Gyllenhaal
Produção: Harvey Kahn
Companhia de Distribuição: Front Street
Pictures
Ano: 2011
Duração: 90min
Gênero: Drama
Haley Macklin (Jodelle Ferland) é uma garota muito inteligente que não
consegue fazer amizades em sua classe. Um dia, ela começa a falar com Alexa
Simons (Tess Atkins), uma das garotas mais populares de sua escola, e começa a
se tornar mais próxima dela. Assim, ela passa a lidar com várias situações das
quais não concordava e com outras meninas que também faziam parte desse
grupo “popular”. O que Haley não esperava, era que assuntos passados trariam
muito sofrimento e injustiças para sua vida.
Quando eu vi a chamada desse filme passando no Lifetime, eu realmente
fiquei curiosa para assistir. Isso se deveu ao fato da temática de “Girl Fight”
ser mais séria e abordar assuntos de extrema relevância para pessoas de todas
as idades, sobretudo para os adolescentes. Sério mesmo! Se você tem algum
filho, eu aconselho que você faça com que ele assista esse filme. Embora ele
tenha algumas cenas bem pesadas sobre violência entre jovens, eu acho que ele
consegue fazer com que você simpatize com a vítima e nunca queira ser um dos
agressores.
Não vou falar para vocês que o filme é recheado de grandes atuações e que
possui uma das melhores histórias que eu já vi, mas realmente acho que vale a
pena vê-lo. Penso isso tanto por causa da importância de se discutir o tema,
como pelas atuações convincentes de Anne Heche e James Tupper, que
interpretaram os pais de Haley, Ray e Melissa Macklin. Eles conseguiram passar
todo o amor que os pais sentiam pela filha e o desespero de quando algo
acontecia com ela. Fiquei realmente tocada em algumas cenas.
Tenho que admitir que a primeira
metade do filme não é muito interessante (pelo menos para mim), só mostrando
como os jovens daquela escola se relacionavam e como a Haley estava se tornando
amiga das meninas populares. Eu entendi que isso era para ambientar a história,
mas acho que poderiam ter feito isso de uma forma mais rápida e passar para a
parte importante logo. Aliás, é na segunda parte que a história começa a ficar
boa.
Passada essa “contextualização da história”, são mostrados alguns acontecimentos
relacionados à violência entre jovens e as consequências deles. Achei que
retrataram vários elementos importantes, como: acontecimentos trágicos que
viraram mídia, a tristeza da família da vítima, a importância de não passar a mão
na cabeça do filho quando ele faz algo errado, a proporção que algo pequeno
pode tomar, o arrependimento de alguns e a coragem de não deixar que os
agressores escapem impunes por medo. O problema real, foi que todos esses
elementos foram passados de maneira tão rápida, que nem deu toda a emoção e o
sentimento que a história merecia.
Enfim, esse é um filme que vale a pena ser visto por sua temática e por
algumas cenas, mas que deveria ter explorado mais alguns elementos. Acho que se
a primeira metade tivesse sido mais curta, a segunda não precisaria ter sido
tão corrida e a história teria ficado melhor. Realmente acho uma pena quando
filmes com histórias tão boas, sejam mal executados e não tenham o alcance e
visibilidade que deveriam ter.
Nota: 6.2
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