Direção: Bong Joon Ho
Produção: Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Lewis Taewan Kim,
Dooho Choi, Seo Woo Sik, Bong Joon Ho e Ted
Sarandos
Roteiro: Bong Joon Ho e Jon Ronson
Distribuição: Netflix
Ano: 2017
Duração: 120min
Gênero: Ação, Ficção Científica e Drama
Em 2007, Lucy Mirando (Tilda Swinton), a nova CEO das Corporação Mirando,
estava tentando fazer com que sua organização recebesse o reconhecimento que
ela (achava que) merecia. Para isso, através da engenharia genética e de muitos
experimentos ela cria uma nova espécie: os superporcos. Assim, 26 deles são
enviados para diversos lugares do mundo, sendo que seriam criados por dez anos
por agricultores e pecuaristas locais. No fim, aquele que fosse o mais bonito e
saudável ganharia a competição e ajudaria a promover os novos produtos da
corporação.
Mija (Ahn Seo Hyun) é uma garotinha que desde pequena cuida e é
apaixonada por sua superporca, Okja. Ela a trata como se fosse de sua própria
família e nunca estava imaginando que teria que se separar dela. Okja
(obviamente) foi escolhida como a melhor superporco, sendo levada para Seul e
posteriormente para os Estados Unidos. Os planos de Lucy Mirando estavam
ocorrendo tudo conforme o planejado. O que ela não estava esperando, é que Mija
faria de tudo para ter sua amiga de volta.
Okja e Death Note são os dois filmes da Netflix que eu mais estava ansiosa
para assistir esse ano, então fiquei muito feliz quando vi que Okja tinha
acabado de ser lançado. Mal podia esperar para ver um filme com a temática de
animais e meu querido Steven Yeun de volta as telinhas. Se Okja acabou por ser
bem melhor do que eu esperava? É claro! Se a temática acabou sendo bem mais
séria do que eu estava imaginando? Com toda certeza!
Okja aborda dois aspectos em relação aos animais, o primeiro é a relação
de amizade entre a superporca e a garotinha. No início da história vemos muitas
cenas lindas entre as duas, mostrando como os outros animais possuem tantos
sentimentos quanto os seres humanos e como estes últimos podem amar
verdadeiramente outros seres. Assim, assistimos na primeira parte de Okja
várias cenas leves e divertidas que não te preparam nem um pouco para a segunda
parte.
O segundo aspecto retratado em relação aos animais é uma crítica feita em
relação aos maus tratos e ao consumo de carne. Já vou avisando que quem é muito
sensível com esse tipo de história não deve assistir Okja. Me parece que o
objetivo do diretor realmente foi chocar o telespectador, pois vemos cenas que
realmente nos perturbam e fazem você querer chorar de tristeza. O pior de tudo
é você saber que muitas das cenas retratadas no filme realmente acontecem.
Além da temática que proporciona a conscientização em relação a causa
animal, Okja conta com um elenco espetacular que conseguiu tanto nos fazer dar
risadas, como fazer com que ficássemos impressionados com suas expressões de
tristeza e desespero. A maior parte desse elenco interpretava pessoas que participavam
da Frente de Libertação Animal, que realmente amavam animais e faziam de tudo
para salvá-los de grandes corporações como a Mirando. Dentre esses personagens
estão: Jay (Paul Dano), K (Steven Yeun), Red (Lily Collins), Blond (Daniel
Henshall) e Silver (Devon Bostik). Não posso deixar de citar também o lindo Choi Woo Shik, um ator que eu
adoro e que fico feliz em constatar que está se tornando mais conhecido
internacionalmente.
Por fim, não posso terminar a resenha de Okja sem comentar sobre a superporca
mais linda de todas, que conseguiu cativar todos os telespectadores. Eles
conseguiram fazê-la de forma bem convincente, sendo uma mistura de um porco e
um hipopótamo. Além disso, conseguiram dar um olhar inteligente e cheio de
sentimento para a Okja, sendo que só de mostrar o olhar dela era perceptível o
que estava sentindo. A computação gráfica estava nota dez!
A única coisa que me decepcionou em Okja foi o final. Como eles fazem os
personagens passarem por tudo aquilo para não acontecer nenhuma das coisas que
eu estava imaginando? Fiquei feliz por alguns, mas totalmente triste por
outros. Pelo menos pelo que eu vi na cena pós crédito certas coisas ainda tem
esperança. Não acho que eles farão uma continuação do filme, mas abriu espaço
para que uma história diferente fosse contada.
Nota: 9.5 (sim, tirei 0.5 por causa do final)
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