Ano de Exibição: 2017
Número de Episódios: 8
Direção: Seth Gordon
Criação de: Robia Rashid
Produção: Weird Brain, Exhibit A e
Sony Pictures
Television
Produção Executiva: Robia Rashid, Seth Gordon
e Mary Rohlich
Produtor (a): Jennifer Jason Leigh
Distribuição: Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 35 minutos
Sam Gardner (Keir Gilchrist) é um garoto autista de 18 anos que decide
que quer começar a namorar. Ele sempre foi muito protegido por sua família,
sendo que sua decisão causou muita preocupação em todos, sobretudo em Elsa
Gardner (Jennifer Jason Leigh), sua mãe. Assim, começa a “vida madura de Sam”,
com ele aprendendo várias coisas sobre o amor e afetando sua família de várias
formas diferentes.
Quando eu vi o teaser dessa série na Netflix eu fiquei morrendo de
vontade de ver. Eu não tenho muito conhecimento sobre o autismo, mas fiquei
encantada com a perspectiva de conhecer mais coisas sobre ele e de me
sensibilizar mais pelo assunto. Ás vezes acabamos por temer ou nos afastar de
pessoas que são diferentes de nós pelo simples fato de não conseguirmos
compreende-las, então essa série, na minha opinião, pode ser capaz de acabar
com o preconceito de várias pessoas.
O primeiro fator a se comentar sobre a série é que o próprio Sam narra a
história, assim podemos entender cada vez mais como um autista pensa. Eu achei
isso muito interessante, pois explica várias ações dessas pessoas. Ele conta
tudo com uma sinceridade e humor inabaláveis, que faz com que você adore o
personagem. Como eu não conheço ninguém que é autista, eu não sei se tudo o que
representaram na série era verdadeiro, mas vi alguns comentários na Netflix de
pais que possuem filhos autistas elogiando a série. Eu acho que isso é um bom
sinal! <3
Além de termos um protagonista muito legal e engraçado, temos vários
outros personagens que acabamos gostando muito. Um exemplo é a família de Sam,
que era muito heterogênea e possuía membros com personalidades bem diferentes.
Casey (Brigette Lundy-Paine) é a irmã mais nova de Sam e minha personagem
preferida, sendo aquele tipo de pessoa que não conseguia ver injustiças
acontecendo e não fazer nada. Ela protegia muito seu irmão e tinha uma relação
bem fofa com ele. Já Elsa, a mãe de Sam, consegue ser bem chata em muitos
instantes, fazendo várias coisas erradas enquanto fingia que era perfeitinha.
Achei bem legal como a família se organizava e como cada membro fazia
algo diferente pelo Sam. É muito importante perceber as dificuldades que a
família passa e a maneira como cada um aceitava aquilo que estava acontecendo.
Por incrível que pareça, essa série fez parecer que os problemas dos outros
eram muito maiores que aqueles que o do Sam tinha, bem como a persistência dele
em conseguir aquilo que queria. Isso mesmo! A série não gira somente em torno
dele, mas de sua família também.
Não preciso nem dizer que a comédia é uma das melhores partes dessa
série, não é? Ela é engraçada na medida certa e consegue inocentemente nos
descontrair com vários acontecimentos. É claro que isso se deve ao nosso
querido protagonista, que tinha uma personalidade muito detalhista, curiosa e
sincera. Ele sempre pegava conselhos amorosos horríveis com Zahid (Nik Dodani),
seu único amigo que parecia ser o garanhão do pedaço. Eu fiquei ansiosa em
relação aos resultados que as conversas com Zahid iriam gerar.
Então, quando chego no último episódio e fico na expectativa de o Sam
conseguir uma namorada (ou não), eu descubro que provavelmente haverá uma
segunda temporada. Muitos dos elementos que mais queríamos saber acabaram sem
uma resposta e de uma forma bem crítica. A série conseguiu ser complexa e leve
ao mesmo tempo, fazendo com que eu torcesse logo para um continuação. Até agora
parece não ter nada confirmado pela Netflix, mas acho que eles vão renovar, já
que a série parece estar sendo muito assistida e bem falada pelos usuários
(acho que só vi nota máxima para Atypical na Netflix).
Nota: 10
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