Título original: Sen to Chihiro no Kamikakushi
Título em inglês: Spirited Away
Direção: Hayao Miyazaki
Produção: Toshio Suzuki
Roteiro: Hayao Miyazaki
Companhia de Produção: Estúdio Ghibli
Ano: 2001 (Japão) e 2003 (Brasil)
Duração: 124min
Gênero: Animação, Aventura, Sobrenatural
Chihiro é uma garota de dez anos que está se mudando com seus pais. Ela
não está nada feliz em se separar de seus amigos e viver em um ambiente
totalmente novo. Antes de chegar a sua nova cada, seus pais se perdem no meio
do caminho e param perto de um túnel, o qual atravessam e chegam em um parque
de diversões abandonado. Porém, ele não parece tão abandonado assim, tendo uma
barraquinha cheia de comidas deliciosas.
Quando os pais de Chihiro comem essas comidas, eles se transformam em
porcos e a garota se vê sozinha em um mundo desconhecido. Nesse mundo novo e
estranho, há uma casa de banho para espíritos e deuses que não permite seres
humanos. Assim, Chihiro começa a trabalhar nesse lugar, enquanto conhece novos
amigos e procura descobrir alguma forma de levar a si mesma e a seus pais de
volta para casa.
Quem me conhece sabe que eu sou muito fã das animações do Estúdio Ghibli,
sobretudo aquelas de autoria de Hayao Miyazaki. Logo, eu não preciso nem dizer
que sou super fã de A Viagem de Chihiro, certo? Essa é uma das minhas animações
preferidas e que faz com que eu perceba novos elementos da história a cada vez
que eu a assisto novamente (deve ser a minha milésima vez kkk). Eu acho que A
Viagem de Chihiro possui uma história que possa ser assistida por pessoas de
todas as idades, então recomendo para todos.
Primeiramente, tenho que comentar sobre os traços maravilhosas de alguns
personagens e das paisagens. Eu me sinto extremamente bem quando estou
assistindo e vejo vários ambientes cheios de cor, cheios de natureza e águas
cristalinas. Ás vezes eu penso que o mundo natural deveria ser tão belo quanto
Hayao Miyazaki o imaginou. Além disso, gostei muito dos traços de Chihiro, Haku
e Lin e de alguns espíritos maravilhosos (por exemplo, quando o Haku está
transformado em um dragão).
Também há outros personagens que são bem desenhados, mas que
propositalmente possuem uma aparência grotesca e feia. Eu me lembro de ter
ficado um pouco com medo de Yubaba e Kamajii quando os vi pela primeira vez
quando era pequena. Afinal, eram tantos seres com aparências tão assustadoras e
inusitadas que você estranhava em um primeiro momento, mas se apaixonava e
ansiava por ver de novo em um segundo.
Mas o que mais me faz amar a Viagem de Chihiro não são os personagens
excelentes, os traços maravilhosos e a história diferente. O que torna essa
animação uma das minhas preferidas são as muitas críticas que contém na
história. Críticas à poluição e destruição do meio ambiente (sobretudo dos
rios), críticas à ganância e avareza do ser humano e até mesmo (li isso em
algum lugar) uma crítica ao mercado sexual do Japão. Quem diria que só
descobriria essa última assistindo a animação novamente com vinte anos de
idade, hein?
Então, é perceptível que A Viagem de Chihiro não é daquelas animações que
só crianças gostam, tendo várias mensagens muito interessantes por trás da
história. E para complementar todos os elementos maravilhosos que eu já citei,
somos presenteados com uma trilha sonora espetacular. Minhas músicas preferidas
são One Summer’s Day e Always With Me, que me dão uma paz de espírito toda vez
que eu as escuto.
Enfim, termino essa resenha recomendando que todos assistam, pois essa
animação é realmente muito boa e consegue prender a atenção de todos do início
ao fim. Quem gosta de assistir filmes dublados pode ficar feliz, pois eu gosto
bastante da dublagem e dos dubladores. Mas quem gosta de filmes legendados
aconselho que assista a versão japonesa, que também tem uma dublagem muito boa.
Quem está pronto para assistir uma das animações mais premiadas de todos os
tempos?
Nota: 10
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