quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A Viagem de Chihiro


Título original: Sen to Chihiro no Kamikakushi
Título em inglês: Spirited Away
Direção: Hayao Miyazaki
Produção: Toshio Suzuki
Roteiro: Hayao Miyazaki
Companhia de Produção: Estúdio Ghibli
Ano: 2001 (Japão) e 2003 (Brasil)
Duração: 124min
Gênero: Animação, Aventura, Sobrenatural

     Chihiro é uma garota de dez anos que está se mudando com seus pais. Ela não está nada feliz em se separar de seus amigos e viver em um ambiente totalmente novo. Antes de chegar a sua nova cada, seus pais se perdem no meio do caminho e param perto de um túnel, o qual atravessam e chegam em um parque de diversões abandonado. Porém, ele não parece tão abandonado assim, tendo uma barraquinha cheia de comidas deliciosas.


     Quando os pais de Chihiro comem essas comidas, eles se transformam em porcos e a garota se vê sozinha em um mundo desconhecido. Nesse mundo novo e estranho, há uma casa de banho para espíritos e deuses que não permite seres humanos. Assim, Chihiro começa a trabalhar nesse lugar, enquanto conhece novos amigos e procura descobrir alguma forma de levar a si mesma e a seus pais de volta para casa.


     Quem me conhece sabe que eu sou muito fã das animações do Estúdio Ghibli, sobretudo aquelas de autoria de Hayao Miyazaki. Logo, eu não preciso nem dizer que sou super fã de A Viagem de Chihiro, certo? Essa é uma das minhas animações preferidas e que faz com que eu perceba novos elementos da história a cada vez que eu a assisto novamente (deve ser a minha milésima vez kkk). Eu acho que A Viagem de Chihiro possui uma história que possa ser assistida por pessoas de todas as idades, então recomendo para todos.



     Primeiramente, tenho que comentar sobre os traços maravilhosas de alguns personagens e das paisagens. Eu me sinto extremamente bem quando estou assistindo e vejo vários ambientes cheios de cor, cheios de natureza e águas cristalinas. Ás vezes eu penso que o mundo natural deveria ser tão belo quanto Hayao Miyazaki o imaginou. Além disso, gostei muito dos traços de Chihiro, Haku e Lin e de alguns espíritos maravilhosos (por exemplo, quando o Haku está transformado em um dragão).


     Também há outros personagens que são bem desenhados, mas que propositalmente possuem uma aparência grotesca e feia. Eu me lembro de ter ficado um pouco com medo de Yubaba e Kamajii quando os vi pela primeira vez quando era pequena. Afinal, eram tantos seres com aparências tão assustadoras e inusitadas que você estranhava em um primeiro momento, mas se apaixonava e ansiava por ver de novo em um segundo.


     Mas o que mais me faz amar a Viagem de Chihiro não são os personagens excelentes, os traços maravilhosos e a história diferente. O que torna essa animação uma das minhas preferidas são as muitas críticas que contém na história. Críticas à poluição e destruição do meio ambiente (sobretudo dos rios), críticas à ganância e avareza do ser humano e até mesmo (li isso em algum lugar) uma crítica ao mercado sexual do Japão. Quem diria que só descobriria essa última assistindo a animação novamente com vinte anos de idade, hein?


     Então, é perceptível que A Viagem de Chihiro não é daquelas animações que só crianças gostam, tendo várias mensagens muito interessantes por trás da história. E para complementar todos os elementos maravilhosos que eu já citei, somos presenteados com uma trilha sonora espetacular. Minhas músicas preferidas são One Summer’s Day e Always With Me, que me dão uma paz de espírito toda vez que eu as escuto.


     Enfim, termino essa resenha recomendando que todos assistam, pois essa animação é realmente muito boa e consegue prender a atenção de todos do início ao fim. Quem gosta de assistir filmes dublados pode ficar feliz, pois eu gosto bastante da dublagem e dos dubladores. Mas quem gosta de filmes legendados aconselho que assista a versão japonesa, que também tem uma dublagem muito boa. Quem está pronto para assistir uma das animações mais premiadas de todos os tempos?

Nota: 10

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