Ano de Lançamento: 2017
Número de Episódios: 6
Direção: Mary Harron
Criação de: Margaret Atwood
Roteiro: Sarah Polley
Distribuição: Netflix e CBC Television (Canadá)
Tempo Médio de Duração de Episódio: 45 minutos
Grace Marks (Sarah Gadon) é uma mulher que está a muito tempo presa por
um crime que não se lembra de ter cometido. Ela foi acusada por ter matado seus
patrões no período em que trabalhou como empregada quando tinha 16 anos. Como
muitos acreditam em sua inocência, um psiquiatra chamado Simon Jordan (Edward
Holcroft) foi enviado para avaliá-la e descobrir se o que ela disse em seu
julgamento era verdade ou mentira. Nesse processo, ele acaba se interessando e
ficando cada vez mais obcecado por ela.
Sabe aquela série que capta a sua atenção de início e só pela sinopse já
deixa você super curiosa? Foi isso o que eu senti quando assisti o trailer de
“Alias Grace”, uma das melhores séries dramáticas de 2017 (na minha opinião).
Fiquei sabendo que a trama foi baseada em um livro e, como quase sempre o livro
é melhor que a adaptação, só posso dizer que estou ansiosa para adquiri-lo e
conferir fatores que não foram tão bem explorados na série.
O primeiro elemento que me impressionou bastante foi a qualidade da
história, que te deixava curioso e interessado desde o início. Aliás, quem não
queria saber se a aparente garota inocente realmente tinha feito algo errado? E
eles iam adicionando acontecimentos tensos e peculiares que conseguiam tornar a
trama dinâmica. E o mais engraçado, é que essa série é totalmente parada e
baseada nas conversas de Grace com Simon ou de Grace com os personagens de seu
passado, mas mesmo assim consegue te prender.
Grace é uma personagem muito complexa e interessante, sendo que cada
pequeno acontecimento de seu passado ia te ajudando a entender quem ela se
tornou e porque ela tomava certas atitudes. Eu fiquei realmente com pena de
pensar em tudo o que ela passou e tudo o que as mulheres da época passavam. O
machismo estava muito presente e era difícil encontrar um homem que tinha modos
de pensar diferentes, as respeitando e acreditando em seu potencial.
Outra personagem que apareceu na série e que eu adorei foi a Mary Whitney
(Rebecca Liddiard). Ela tinha uma personalidade bem para a frente da sua época,
sendo bem determinada e destemida em certas situações. Ela era sempre positiva
e solidária com as pessoas (principalmente com Grace), fazendo com que elas
rapidamente se sentissem à vontade. Os momentos mais animados da história eram
os que ela estava presente.
Quando chegamos ao último episódio, mal podemos nos conter de tanta
excitação de saber que tudo está próximo de ser revelado. Então, eles procuram
revelar tudo da melhor forma possível e com muitas surpresas. Só posso dizer
que Sarah Gadon se mostrou uma atriz incrível e teve um grande momento nesse
último episódio. Tudo foi muito bem explicado e o final de toda a história nos
foi contado de maneira bem satisfatória, embora não fosse nem um pouco o que eu
esperava.
Nota: 9.4
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