sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Alias Grace


Ano de Lançamento: 2017
Número de Episódios: 6
Direção: Mary Harron
Criação de: Margaret Atwood
Roteiro: Sarah Polley
Distribuição: Netflix e CBC Television (Canadá)
Tempo Médio de Duração de Episódio: 45 minutos

     Grace Marks (Sarah Gadon) é uma mulher que está a muito tempo presa por um crime que não se lembra de ter cometido. Ela foi acusada por ter matado seus patrões no período em que trabalhou como empregada quando tinha 16 anos. Como muitos acreditam em sua inocência, um psiquiatra chamado Simon Jordan (Edward Holcroft) foi enviado para avaliá-la e descobrir se o que ela disse em seu julgamento era verdade ou mentira. Nesse processo, ele acaba se interessando e ficando cada vez mais obcecado por ela.


     Sabe aquela série que capta a sua atenção de início e só pela sinopse já deixa você super curiosa? Foi isso o que eu senti quando assisti o trailer de “Alias Grace”, uma das melhores séries dramáticas de 2017 (na minha opinião). Fiquei sabendo que a trama foi baseada em um livro e, como quase sempre o livro é melhor que a adaptação, só posso dizer que estou ansiosa para adquiri-lo e conferir fatores que não foram tão bem explorados na série.


     O primeiro elemento que me impressionou bastante foi a qualidade da história, que te deixava curioso e interessado desde o início. Aliás, quem não queria saber se a aparente garota inocente realmente tinha feito algo errado? E eles iam adicionando acontecimentos tensos e peculiares que conseguiam tornar a trama dinâmica. E o mais engraçado, é que essa série é totalmente parada e baseada nas conversas de Grace com Simon ou de Grace com os personagens de seu passado, mas mesmo assim consegue te prender.


     Grace é uma personagem muito complexa e interessante, sendo que cada pequeno acontecimento de seu passado ia te ajudando a entender quem ela se tornou e porque ela tomava certas atitudes. Eu fiquei realmente com pena de pensar em tudo o que ela passou e tudo o que as mulheres da época passavam. O machismo estava muito presente e era difícil encontrar um homem que tinha modos de pensar diferentes, as respeitando e acreditando em seu potencial.


     Outra personagem que apareceu na série e que eu adorei foi a Mary Whitney (Rebecca Liddiard). Ela tinha uma personalidade bem para a frente da sua época, sendo bem determinada e destemida em certas situações. Ela era sempre positiva e solidária com as pessoas (principalmente com Grace), fazendo com que elas rapidamente se sentissem à vontade. Os momentos mais animados da história eram os que ela estava presente.


     Quando chegamos ao último episódio, mal podemos nos conter de tanta excitação de saber que tudo está próximo de ser revelado. Então, eles procuram revelar tudo da melhor forma possível e com muitas surpresas. Só posso dizer que Sarah Gadon se mostrou uma atriz incrível e teve um grande momento nesse último episódio. Tudo foi muito bem explicado e o final de toda a história nos foi contado de maneira bem satisfatória, embora não fosse nem um pouco o que eu esperava.

Nota: 9.4

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