sábado, 9 de dezembro de 2017

Imperium


Direção: Daniel Ragussis
Produção: Simon Taufique, Dennis Lee, Daniel
Ragussis e Ty Walker
Companhia de Produção:  Grindstone Entertainment Group,
Sculptor Media, Atomic Features, Tycor International Film
Company, Green-Light Inernational
Distribuição: Lionsgate Premiere
Ano: 2016
Duração: 109min
Gênero: Thriller, Policial, Drama

     Nate Foster (Daniel Radcliffe) é um agente do FBI muito inteligente, mas que não é um bom lutador e não possui muita destreza física. Devido a isso, ele não faz trabalhos de tanta relevância, ficando constantemente encarcerado dentro do escritório. Apesar disso, uma oportunidade lhe surge com a previsão de um possível ataque terrorista: a de se tornar um agente infiltrado. O lugar em que ele terá que se infiltrar é o mais peculiar possível.


     Estou muito acostumada a ver o Dan (apelido para amigos mais próximos) como Harry Potter, mas ele tem o talento de fazer com que eu desvincule qualquer trabalho dele um do outro. Não vou mentir quando digo que comecei a assistir esse filme por causa dele, mas a história realmente me conquistou, bem como sua atuação desse personagem. Já vou avisando que é um filme bem tenso, então se você não gosta de ficar ansioso o tempo todo é melhor nem assistir.


     Primeiramente, o que eu achei interessante é a forma como foi mostrada que sempre relacionam o terrorismo com os mulçumanos, ou com pessoas da África. Porém, o verdadeiro perigo desse filme são os conservadores brancos que fariam de tudo para eliminar qualquer pessoa de cor (nos EUA eles falam desse jeito, “colored people”) dos Estados Unidos. Por que não causar uma comoção em que todos os fascistas (burros) se rebelam contra uma sociedade justa e igualitária?


     Então, o nosso querido Nate tem que se infiltrar no meio desses grupos extremistas, em que cada um age e quer fazer justiça de formas diferentes. Lógico que com a ajuda de Angela Zamparo (Toni Collete), uma das únicas agentes que parece ter alguma razão naquele FBI e conseguiu ver algo no protagonista que ninguém mais viu. Ambos os atores conseguiram mostrar com perfeição como a vida de um agente (ou ex-agente) infiltrado é estressante e caótica.


    Acho que o pior de tudo é você perceber que até mesmo esses criminosos conseguem ter algo em comum com você, sendo que o filme conseguiu mostrar isso com muita sensibilidade e intensidade. Até mesmo um bom pai de família que dá muito amor e carinho para a esposa e os filhos pode ser uma pessoa que tentará fazer mal a alguém. Achei legal mostrarem todos os lados da história, não somente a parte de tensão e de ação, mas também a mais sentimental.


     O filme não teve muitas cenas de ação e lutas, tendo um ritmo intenso e constante sem nem precisar disso. Se você é daqueles que gosta de história policial em que tem tiro para cá e para lá, você tem que assistir “Imperium” sabendo que não vai ter isso. Agentes infiltrados tem que possuir mais inteligência e poder de manipulação do que de força bruta, sendo que o ritmo do filme é mantido pela constante tensão de Nate ser possivelmente descoberto.


     Enfim, eu realmente indico esse filme para todos, pois ele realmente vale a pena ser visto, tanto pela história, como pela possibilidade de refletir um pouco sobre racismo e preconceito. Foi bem retratado no final como algumas pessoas conseguem mudar e como outras se mantém firme em suas convicções. O importante é querer o melhor para o próximo e aprender com seus próprios erros.

Nota: 9.3

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