Ano de Exibição: 2017 (Reino Unido) e 2018 (Brasil)
Número de Episódios: 8
Direção: Jonathan Entwistle e Lucy Tcherniak
Criação de: Chasrles S. Forsman
Produção: Clerkenwell Films, Dominic Buchanan
Productions
Produtor (a): Kate Ogborn
Distribuição: Channel 4 e Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 25 minutos
Gênero: Humor Negro.
James (Alex Lawther) é um jovem de 17 anos que não consegue sentir nada,
então ele acredita que realmente é um psicopata. Alyssa (Jessica Barden) é uma
garota rebelde que odeia viver com sua família e em sua sem-graça cidade. Um
dia, ela repentinamente passa a se interessar por ele e decide fugir para bem
longe e recomeçar. Assim, ele decide ir com ela enquanto planeja como irá
matá-la.
Devo dizer que humor negro não é um gênero que me agrada muito, afinal eu
não acho engraçado misturar cenas cômicas com cenas trágicas e situações
tristes. A única série que eu já assisti desse gênero foi A Young’s Doctor Notebook, que eu achei bem estranha de início. Acho que eu não estou
acostumada com esse tipo de gênero, por isso acabo por não gostar tanto, mas
não posso negar que ele consegue fazer críticas em relação a assuntos sérios de
uma forma inusitada.
Se você for assistir “The End of The F***ing World”, você provavelmente
não achará nada de muito interessante na história. E não é mesmo. Ela se resume
a dois jovens fugindo e tentando lidar com a vida de forma rebelde e
imprudente. A única coisa que me manteve assistindo esses oito episódios foi a
curiosidade de saber se James realmente era um psicopata e se ele conseguiria
matar a Alyssa. Porém, conforme fui assistindo, alguns elementos me
surpreenderam.
Eu achei a crítica por trás da história excelente. Ela fala sobre família
e realmente acho que muitos pais deveriam assistir para realmente aprenderem a
desempenhar seu papel corretamente. Alyssa é a personagem que mais te assusta na
trama (sim, até mais do que James que já matou um monte de animais e que queria
matar um ser humano), pois ela tem uma rebeldia fora do comum e faz tudo o que
vem na cabeça dela. Sério! Me incomodou muito a forma como ela agia. Porém,
você percebe que tudo é uma forma de extravasar por causa do que
acontecia na casa dela. A “família” dela é totalmente desnaturada e a trata feito um lixo. Mas o pior de tudo é você pensar que há muitas Alyssas pelo
mundo. Muito triste!
Além disso, vários temas muito polêmicos foram abordados, como pedofilia,
estupro, amadurecimento forçado e até mesmo a forma como alguns jovens utilizam
de comportamentos mais sexuais como válvulas de escape. Sério! Fiquei
impressionada com o tanto de frases e ações com conotação sexual que tinha na
série. E olha que eu nem falei ainda dos palavrões, hein? Acho que eles
acertaram ao colocar a classificação etária como 16 anos, pois com certeza
muitas crianças sairiam falando palavrão e bobagens e torto e a direito depois
de assistirem “The End of the F***ing World”.
E uma das coisas que eu mais estava ansiando era pelo final. A família de
Alyssa iria melhorar a forma como a tratava? A mãe dela deixaria de ser uma
trouxa? O pai de James deixaria de ser um sem noção? Eles voltariam para casa
em algum momento? Pois é! Eles terminaram a temporada sem responder nenhuma
dessas perguntas. Achei que o final ficou meio em aberto, sendo que eu não sei
o que realmente aconteceu nos minutos finais. Não tem como saber se não mostra,
não é?
Nota: 7
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