quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

The End of The F***ing World


Ano de Exibição: 2017 (Reino Unido) e 2018 (Brasil)
Número de Episódios: 8
Direção: Jonathan Entwistle e Lucy Tcherniak
Criação de: Chasrles S. Forsman
Produção: Clerkenwell Films, Dominic Buchanan Productions
Produtor (a): Kate Ogborn
Distribuição: Channel 4 e Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 25 minutos
Gênero: Humor Negro.

     James (Alex Lawther) é um jovem de 17 anos que não consegue sentir nada, então ele acredita que realmente é um psicopata. Alyssa (Jessica Barden) é uma garota rebelde que odeia viver com sua família e em sua sem-graça cidade. Um dia, ela repentinamente passa a se interessar por ele e decide fugir para bem longe e recomeçar. Assim, ele decide ir com ela enquanto planeja como irá matá-la.


     Devo dizer que humor negro não é um gênero que me agrada muito, afinal eu não acho engraçado misturar cenas cômicas com cenas trágicas e situações tristes. A única série que eu já assisti desse gênero foi A Young’s Doctor Notebook, que eu achei bem estranha de início. Acho que eu não estou acostumada com esse tipo de gênero, por isso acabo por não gostar tanto, mas não posso negar que ele consegue fazer críticas em relação a assuntos sérios de uma forma inusitada.


     Se você for assistir “The End of The F***ing World”, você provavelmente não achará nada de muito interessante na história. E não é mesmo. Ela se resume a dois jovens fugindo e tentando lidar com a vida de forma rebelde e imprudente. A única coisa que me manteve assistindo esses oito episódios foi a curiosidade de saber se James realmente era um psicopata e se ele conseguiria matar a Alyssa. Porém, conforme fui assistindo, alguns elementos me surpreenderam.


     Eu achei a crítica por trás da história excelente. Ela fala sobre família e realmente acho que muitos pais deveriam assistir para realmente aprenderem a desempenhar seu papel corretamente. Alyssa é a personagem que mais te assusta na trama (sim, até mais do que James que já matou um monte de animais e que queria matar um ser humano), pois ela tem uma rebeldia fora do comum e faz tudo o que vem na cabeça dela. Sério! Me incomodou muito a forma como ela agia. Porém, você percebe que tudo é uma forma de extravasar por causa do que acontecia na casa dela. A “família” dela é totalmente desnaturada e a trata feito um lixo. Mas o pior de tudo é você pensar que há muitas Alyssas pelo mundo. Muito triste!


     Além disso, vários temas muito polêmicos foram abordados, como pedofilia, estupro, amadurecimento forçado e até mesmo a forma como alguns jovens utilizam de comportamentos mais sexuais como válvulas de escape. Sério! Fiquei impressionada com o tanto de frases e ações com conotação sexual que tinha na série. E olha que eu nem falei ainda dos palavrões, hein? Acho que eles acertaram ao colocar a classificação etária como 16 anos, pois com certeza muitas crianças sairiam falando palavrão e bobagens e torto e a direito depois de assistirem “The End of the F***ing World”.


     E uma das coisas que eu mais estava ansiando era pelo final. A família de Alyssa iria melhorar a forma como a tratava? A mãe dela deixaria de ser uma trouxa? O pai de James deixaria de ser um sem noção? Eles voltariam para casa em algum momento? Pois é! Eles terminaram a temporada sem responder nenhuma dessas perguntas. Achei que o final ficou meio em aberto, sendo que eu não sei o que realmente aconteceu nos minutos finais. Não tem como saber se não mostra, não é?

Nota: 7

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