quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Resenha: Beautiful Mind


Ano de exibição: 2016
Direção: Mo Wan Il
Roteiro: Kim Tae Hee
Emissora: KBS2
Número de episódios: 14
Tempo médio de duração dos episódios: 1h

     Lee Young Oh (Jang Hyuk) é um excelente neurocirurgião que possui uma pequena peculiaridade: ele não consegue sentir nenhuma emoção. Um dia, um paciente morre em sua sala de operação, mesmo que ele acredite que tenha realizado a cirurgia perfeitamente bem. Assim, surge uma policial chamada Gye Jin Sung (Park So Dam) que diz que essa morte se tratava de um assassinato. O que poderia estar acontecendo? Quem está tentando esconder algo? Será que o repentino encontro de Young Oh com Jin Sung fará com que ele comece a ter sentimentos?


     Não é nenhum segredo que eu ame Jang Hyuk de todo o coração, sendo um ator que consegue me cativar e me fazer sentir tocada por todos os seus papéis. Eu já assisti Fated To Love You (que eu vou ver de novo para escrever uma resenha para vocês) e Voice que foram dois dramas excelentes em que ele fez personagens bem diferentes. Se o fato dele não ter nenhuma emoção nesse drama fez com que eu ficasse curiosa para assistir? É claro! Não perderia a oportunidade de ver ele fazendo um personagem com características distintas dos seus anteriores.


     A primeira coisa que todos devem saber é que eu não tenho muita paciência com certos dramas médicos, pois muitas vezes não consigo sentir aquela paixão por salvar pessoas que algumas séries têm (foi o que fez com que eu não terminasse Doctor Crush). Mas Beautiful Mind vai ficar marcado como o primeiro drama médico que eu gostei, sendo que os personagens amadureceram muito durante a história. Aqui tudo foi bem realista: temos pessoas que de início só se importavam com o prestígio dado pela profissão, pessoas que só gostavam dos desafios que a carreira de médico lhe impunha, outros que queriam verdadeiramente salvar vidas. Então, o processo de amar a medicina e seus pacientes foi algo mostrado de forma natural, sendo que vários acontecimentos foram mostrando para os médicos o que eles realmente sentiam ou queriam.


     E conjuntamente com isso, os telespectadores foram assistindo vários casos interessantes e emocionantes, com pacientes que queriam viver mais do que tudo. Temos uma média de um caso médico diferente por episódio, em que conseguem mostrar em sua plenitude como a carreira de médico é honrada e bonita. Realmente só os mais fortes e de bom coração conseguem desempenhá-la corretamente. Chorei em várias partes e fiquei muito feliz em outras, com o drama conseguindo me envolver bastante.


     Além dessa parte médica da história ter sido muito boa, “Beautiful Mind” também teve outro enfoque: a politicagem que há dentro das organizações de saúde. Eu achei que o ponto central da história foi a ambição de alguns e os jogos de poder para tentar alcançar certos objetivos ou encobrir certos acontecimentos. Se você não é muito fã dessa parte de política e esperava mais partes de medicina e romance, creio que você ficará um pouco decepcionado, já que o romance ficou meio em segundo plano na trama, sendo algo que só dava algo a mais para a história e nos ajudava a entender Young Oh.


     Outro ponto forte em “Beautiful Mind” foi o protagonista super interessante e complexo de se entender. Jang Hyuk mais uma vez fez um excelente trabalho, pois Young Oh realmente parecia não ter sentimentos de início e ser obcecado com a perfeição das cirurgias. O ator conseguiu deixar bem aparente quando ele começou a ter mais emoções e o quanto ele ficava atormentado com certos acontecimentos e comentários de seu pai. Se eu fiquei apaixonada pelo personagem? Com toda a certeza!


     O mesmo não pode ser dito de Jin Sung, que conseguiu ser bem chatinha no começo, sendo uma policial que realmente não conseguia acertar em nada quando se tratava de assassinato. Ela conseguia ser manipulada muito facilmente, nos fazendo ficar com raiva de como ela atrapalhava o andamento da investigação. Apesar disso, em algum momento ela consegue nos cativar com a sua persistência em conseguir justiça e paz para as vítimas e mostrar a verdade. Ela, mais do que ninguém, era uma pessoa que conseguia olhar no interior de todos e enxergar certas verdades.


     Hyun Suk Joo (Yoon Hyun Min) é o primeiro amor de Jin Sung, sendo o médico que a salvou quando ela era um pouco mais jovem. Ele é uma pessoa muito boa, que sempre tenta fazer o que é certo e se preocupa ao extremo com seus pacientes. Achei que podiam ter aprofundado um pouco mais sobre o personagem e seu passado, que mostrou só um pouquinho e me deixou com aquela sensação de que faltou algo a ser mostrado. Ele conseguiu nos surpreender negativamente em um momento da trama, embora eu tivesse conseguido entender seus motivos.


     Kim Min Jae (Park Se Young) é uma médica que é apaixonada por Young Oh, sendo muito inteligente e gentil. Eu fiquei até com um pouco de dó dela no início, pois sabia que ele nunca tinha sentido nada por ela e que ele conseguiria sentir algo rapidamente pela protagonista. Mas toda essa pena se dissipou com certas ações da personagem, que conseguiu mais do que ninguém me deixar irritada e morrendo de ódio. E pensar que essa atriz está fazendo um drama com Jang Hyuk agora... Tomara que eu supere a birra que eu peguei dela e consiga shipar os dois juntos em Money Flower.


     Há muitos personagens que eu amei, principalmente os doutores, mas são muitos para eu falar de todos aqui para vocês. Os que mais me cativaram foram Yang Sung Eun (Dong Ha) e Jang Moon Kyung (Ha Jae Suk), dois profissionais super competentes e que aprenderam que trabalhar na área da saúde não é somente salvar vidas, mas sim prezar sempre pelos desejos dos pacientes. Não preciso nem falar que eu fiquei feliz de ver Ha Jae Suk aqui, sendo que a última vez que eu vi a atriz foi em Birth of a Beuty. <3


    Além desses personagens, temos um quinteto muito engraçado que ajuda totalmente a complementar a comédia do drama. Eles são chamados de Power Rangers, sendo esse grupo composto por: So Ji Yong (Min Sung Wook), Kwon Duk Joon (Kim Do Hyun), Yoo Jang Bae (Lee Sung Wook), Oh Kyung Jin (Jo Jae Wan) e Hwang Jung Hwan (Jung Moon Sung). Embora você não goste de alguns no início, é incrível como eles conseguem ganhar seu respeito tão rapidamente em um certo momento. Acho que uma das vantagens dos dramas médicos são as amizades entre os doutores.


     E sem dúvida nenhuma o que mais sustenta a trama são os mistérios que a compõe, que vão sendo desvendados aos poucos e com os desfechos mais inesperados possíveis. Os roteiristas realmente tiveram muita criatividade para elaborar uma história tão bem construída e sem nenhuma lacuna. E você fica espantado, pois parece tudo tão óbvio quando você descobre, com os atores atuando de forma condizente com o que você descobre depois (você vai entender quando assistir).



     E vocês devem estar pensando: um drama de 14 episódios? Pois é! Beautiful Mind foi reduzido de 16 para 14, fazendo com que percebêssemos alguma correria em algum momento dos episódios finais. Apesar disso, eles conseguiram fazer com que os últimos episódios fossem surpreendentes do início ao fim e fazer com que ficássemos mais que apaixonados pelo casa principal, que merecia ter sido mais explorado no decorrer da trama.

Nota: 9.2  

3 comentários:

  1. Melhor blog de resenhas de doramas que eu encontrei. Obrigada

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que pensa assim! Significa muito para nós! Estávamos sumidas por um tempo, mas vamos voltar a postar mais frequentemente agora! Obrigada <3

      Excluir
  2. Realmente o dorama é muito bom. Embora eu seja suspeita porque adoro as interpretações do ator, achei o enredo bem estruturado. E olha que tb não gosto de dramas hospitalares. Realmente, os dois episódios faltantes mostrou que poderiam ter encerrado com melhor. De qq maneira conseguiram dar um bom desfecho

    ResponderExcluir