domingo, 1 de abril de 2018

Koi Wa Ameagari No You Ni


Também conhecido por: After the Rain
Ano de exibição: 2018
Número de episódios: 12
Emissora: Fuji TV
Tempo médio de duração dos episódios: 25min
Gênero: Romance, Seinen

     Tachibana Akira é uma estudante do colegial que possui um emprego de meio período em um restaurante familiar. Lá, ela acaba se apaixonando por seu gerente, Kondo Masami. O único porém, é que ele possui 45 anos e um filho, não sendo nada parecido com o que qualquer pessoa imaginaria para ela. Assim, ela se vê determinada a expressar seus sentimentos e mostrar que a idade não influência no amor.


     Enquanto estava procurando animes da temporada para assistir, acabei me deparando com “Koi Wa Ameagari no You Ni”. Fiquei bem surpresa e sem saber o que pensar, já que achava um absurdo uma relação entre uma colegial e uma homem adulto. Então, acabou que a curiosidade me venceu, sendo que fiquei tentada a ver como a história iria se desenrolar com um “romance proibido”.


     Já vou deixando claro aqui que meu problema inicial não foi a diferença de idade, pois afinal muitas pessoas tem 20 anos a mais que seus parceiros e são super felizes. Meu problema era em relação ao fato da garota ser somente uma colegial, ou seja, sem muita malícia e experiência com o amor (no anime, pelo menos). Porém, apesar dos meus receios, a história se desenvolveu de uma forma bem legal e se tornou (para mim) um dos melhores animes da temporada.


     E apesar da sinopse, a trama não fica focada no romance entre o casal (?) principal, mas sim em como duas pessoas com personalidades e idades tão diferentes podem passar pelas mesmas situações. Ambos os protagonistas vão amadurecendo e ultrapassando os obstáculos que a vida lhes impõe, nos mostrando da melhor forma possível como temos que viver sem medo de nos arrependermos de algo.


     Akira é uma personagem muito legal e divertida de se acompanhar, pois ela não é nada o que aparenta ser. Ela é pé no chão e sonhadora ao mesmo tempo, fria e calorosa, insegura e persistente, covarde e corajosa... Ela é uma mistura de vários contrastes, mostrando realmente como a juventude está em constante mudança e com um ritmo difícil de se acompanhar. Você olha para ela e se identifica, pois ela é a perfeita imagem de um jovem.


     Já o Kondo é a representação de um adulto que tem muitos arrependimentos na vida, de uma pessoa que não quer se arriscar para nada. No início, eu me pegava tendo muita raiva dele, pois tinha muitos pensamentos melancólicos e sempre ficava se rebaixando. Cadê a autoestima, meu caro? Ter Akira por perto só fazia com que ele se sentisse mais velho, embora depois tenha passado a enxergar o mundo e a realidade com novos olhos.


     Então, a história ficou muito interessante pelo claro contraste entre os dois personagens, fazendo com que eu ficasse totalmente compenetrada e interessada pelo anime. O tempo todo ficamos nos perguntando se os personagens superarão seus receios e alcançarão a felicidade fazendo algo que gostam (que aliás, é um dos grandes ensinamentos da trama). Esses elementos mexeram tanto comigo que eu nem estava pensando mais em como o romance se desenrolaria.


     O último fator que eu vou elogiar antes de terminar essa resenha é a fotografia do mesmo. Falando super sério... Não tinha como ser mais perfeita. Havia um jogo de cores e brilho em algumas cenas que conseguiam nos conectar mais com a história e nos deixar saber como os personagens estavam se sentindo. E cada efeito era diferente para cada um, sendo que conseguíamos captar a inocência e deslumbro de Akira, bem como o encantamento e a experiência de Kondo.


     A primeira temporada acabou me deixando com um gostinho de quero-mais e fazendo com que eu ficasse ansiosa para uma segunda temporada. Coincidentemente, o mangá de Koi Wa Ameagari no You Ni terminou em março de 2018, então provavelmente acabarei lendo ele antes de assistir os episódios que virão. Recomendo essa história para todos aqueles que gostam de se deslumbrar com verdades sobre a vida, ditas da melhor forma possível.

Nota: 8.9

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