Ano de Lançamento: 2018
Número de Episódios: 10
Direção: Jakob Verbruggen, James Hawes, Paco
Cabezas, David Petrarca e Jamie Payne
Roteiro: Hossein Amini, E. Max Frye, Gina Gionfriddo,
Cary Joji Fukunaga e John Sayles
Original: Caleb Carr
Distribuição: Netflix e TNT
Tempo Médio de Duração de Episódio: 45 à 50 minutos
Gênero: Policial, Suspense, Filme de Época
Um dia, na cidade de Nova York, um garoto é encontrado morto com um corte
enorme na barriga, sem os olhos e usando um vestido. Então, um alienista
chamado Laszlo Kreisler (Daniel Bruhl) passa a tentar descobrir quem é o
assassino, qual sua motivação e como pará-lo. Para isso, ele monta uma equipe
nada convencional, na qual estão John Moore (Luke Evans), um excelente
desenhista; Sara Howard (Dakota Fanning), a primeira mulher a trabalhar no
departamento de polícia da cidade e Marcus e Lucius Isaacson, dois legistas
judeus muito brilhantes e inteligentes.
“The Alienist” foi uma série que eu tive muita vontade de assistir desde
que vi o trailer, sendo que a série realmente é tão boa quanto ele nos faz
pensar que é. Quando há a junção de um mistério super interessante e um elenco
excelente, é quase impossível que algo saia errado. Todos os atores me chamaram
muita atenção, fazendo com que eu começasse a procurar mais trabalhos com eles
na internet (esperem, pois não demorará muito para eu resenhar algo). Com é bom
descobrir bons artistas novos e apreciar os antigos, não é?
A ideia central da série não é nada muito diferente do que estamos
acostumados a ver: uma equipe resolvendo casos de assassinato. O diferencial
está nas vítimas desses assassinatos e do perfil de cada um dos membros da
equipe, que são muito diferentes. Esses fatores fazem com que você simpatize
com a série desde o princípio, bem como passe a torcer para a segurança e o
sucesso dos personagens o tempo todo. É bem difícil uma série que faça começar
curioso e compenetrado desde o início, sendo que “The Alienist” não poupa
esforços, jogando na nossa tela imagens chocantes e curiosas desde o primeiro
minuto.
E o roteiro é tão bom e funciona tão bem, que passamos 10 episódios na
resolução de um só caso e não nos cansamos nem um pouco dele. Elementos novos e
reviravoltas acontecem o tempo todo, deixando a série com um ritmo intenso e
fazendo com que não percebêssemos as horas passando enquanto assistíamos. O que
mais me surpreendeu foi o fato deles mostrarem quem é o assassino no início da
história. Será que era para ficarmos mais tensos vendo-o agir? Mas depois
entendemos qual era o objetivo dos roteiristas (kkkkkkkkkkkk).
Não costumo falar muito sobre personagens nas minhas resenhas, pois
muitas vezes eles não tem características tão marcantes ou diferentes a ponto
de eu realmente precisar contar elas para vocês. Mas, hoje eu resolvi fazer
diferente, pois eles são tão complexos e possuem traumas do passado tão
interessantes que se você não se convenceu ainda a assistir “The Alienist”,
talvez isso te convença.
Dr. Laszlo Kreizler
Um psicólogo que sempre nos deixava com aquela dúvida básica de pessoas
que são muito obcecadas com trabalho: será que ele estava preocupado com as
vítimas, ou ele simplesmente tinha um interesse científico pelo assassino? Era
muito difícil de ler suas expressões, parecendo constantemente atormentado ou
animado com algo. Mas, a característica que mais me chamou a atenção nele, foi
o fato de ser um homem bem avançado para a época, não tendo vários preconceitos
que até mesmo as pessoas de hoje ainda possuem.
John Moore
John é exatamente como Laszlo o descreveu: um homem que tem as características
certas e que te faz pensar que ainda há pessoas boas no mundo. Ele foi meu
personagem preferido (<3), pois era uma pessoa sensível e que conseguia
sentir muita empatia pelos outros. Os acontecimentos de seu passado não
conseguiram afetar seu verdadeiro eu, tratando todos com o respeito que merecem
(mesmo pessoas marginalizadas da sociedade).
Sara Howard
Esta personagem também é um dos meus amorzinhos da série. Ela é a
personificação do feminismo, de uma mulher que quer ter os mesmos direitos que
os homens em uma sociedade totalmente machista. Ela é ambiciosa e muito
esforçada, não se contentando que a tratem de qualquer forma e tendo a coragem
para fazer o que for necessário. Personalidades fortes femininas na época era
raridade.
Como vocês devem ter percebido por alguns elementos na descrição das
personagens, a série fala de vários elementos polêmicos e importantes de se
discutir. O primeiro deles é o machismo, representado pela total falta de
respeito com que Sara era tratada, bem como pelo fato de acharem um absurdo ela
trabalhar em uma delegacia de polícia. Mas a cena que mais me marcou em relação
a esse tópico, foi uma em que ela tirou o espartilho (vocês ainda vão entender
do que eu estou falando).
Também há vários outros tipos de preconceito que foram muito recorrentes
na série, como por exemplo o de classes. Fiquei impressionada como as pessoas
da época não se sensibilizavam com os mais pobres, quase que achando que era
culpa deles estarem daquele jeito. Até parece que algumas pessoas se
sujeitariam a condições tão degradantes por vontade própria, não é?
Também há a questão da xenofobia, na qual por vezes víamos que as pessoas
tratavam os estrangeiros muito mau. Até alguns estrangeiros se achavam muito em
relação a outros (como por exemplo, os irlandeses se achando superiores aos
judeus). É muito perceptível como algumas pessoas tinham que lutar com mais
afinco para ter um lugar na sociedade do que outras.
E por último, mas não menos importante, temos questões referentes a homossexuais
e transexuais (se eu utilizei algum dos termos de forma errada, me avisem). O
preconceito na época era tão grande, que garotos que se vestiam de garotas, por
exemplo, eram até mesmo mandados para sanatórios como se fossem pessoas loucas.
E os meninos prostitutos que morriam daquela forma horrível não recebiam o
mínimo de simpatia das pessoas. Pelo menos temos o nosso Dr Laszlo para
informar a todos que não há nada de errado da pessoa, ser daquele jeito está na
natureza dela (<3).
E é claro que não posso deixar de comentar sobre um tema que anda sendo
muito discutido atualmente, principalmente na série O Mecanismo: a
corrupção. Nessa série, focou-se na corrupção dentro do departamento de polícia,
sendo que eles protegiam qualquer pessoa que viesse de família rica, não
importando o que ela tivesse feito. Theodore Rooselvet (Brian Geraghty) era um
dos únicos funcionários daquele lugar que se mantinha correto e preocupado com
a população da cidade.
E como essa série é policial, obviamente temos muito sangue e
assassinatos. Logo, pensa-se na importância das maquiagens feitas nas vítimas
serem muito bem feitas. E digo com muita satisfação que elas foram muito
convincentes, não poupando o telespectador das crueldades cometidas pelo
assassino. Acho que o objetivo era chocar mesmo as pessoas, tanto pelas
atrocidades cometidas, como pelo fato de muitos personagens nem se importarem
com elas.
O único elemento que eu não gostei muito, foram as formas que o roteiro
achou para que não pegassem o assassino em algumas situações. Sério mesmo! O
assassino tem que conseguir escapar por que é inteligente (e era mesmo), não
por causa que os personagens agem de forma burra. Como você grita uma frase
como “pega ele” sem nem estar perto da pessoa para realmente capturá-la? Essas
coisas realmente me irritam...
Enfim, “The Alienist” é uma série que indico para todos que gostam de um
bom mistério e de formas engenhosas para resolvê-lo. Os últimos episódios
estavam tão bons que eu cheguei 23:00 da faculdade e fiquei assistindo até
acabar a série. Pensei: depois de uma semana cansativa, mereço uma recompensa.
Acreditem... Não é por qualquer série que sacrifico uma boa noite de sono.
Nota: 9.4
Parece ótima série verei por Luke Evans.Desde que vi o elenco de Professor Marston e as Mulheres Maravilha imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos de Hollywood, li as críticas e sem dúvida é umo dos melhores do melhores filmes de Luke Evans, gostei muito a história sobre tudo porque fala de super-heróis, sem dúvida meu género preferido, vale a pena assistir.
ResponderExcluirA série é realmente excelente se você gosta de mistérios e história inteligente. A indiquei para todos os meus amigos e quem assistiu teve uma opinião tão favorável quanto a minha. Luke Evans e Dakota Fanning eram os meus queridinhos que eu estava ansiosa por ver em "The Alienist", mas Daniel Bruhl também conseguiu se fazer notar. Quando assistir nos conte o que achou! Obrigada por comentar! =)
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