Ano de exibição: 2006
Número de episódios: 23
Emissora: WOWOW
Tempo médio de duração dos episódios: 25min
Gênero: Romance Filosófico, Mistério, Cyberpunk,
Distopia
Após um apocalipse
ambiental, uma cidade futurista chamada Romdo foi criada para que houvesse a
sobrevivência dos “cidadãos perfeitos”. Lá, há muitas regras e costumes que
devem ser obedecidos e a população é assessorada por Autoreivs, robôs criados
para satisfazer as vontades humanas. Porém, surge um vírus chamado Cogito que
faz com que todos esses androides tenham almas e passem a querer viver suas
próprias vidas, acabando com o equilíbrio que havia nessa utopia. Assim, Re-l
Mayer procura incansavelmente descobrir o que está acontecendo, esbarrando em
um imigrante peculiar chamado Vincent Law.
Além de estarmos em
um ambiente futurista super interessante e com robôs altamente desenvolvidos, o
criador do anime ainda consegue colocar seres mais enigmáticos e curiosos na
história: os proxys. O que eles são? De onde eles vieram? Quais são suas
habilidades? A maior parte da trama gira em torno deles e dos mistérios que
precisam ser resolvidos para salvar a humanidade de uma extinção eminente. E
aí? A história conseguiu te interessar nem se for um pouco com esses seres assustadores
e mortais?
Tenho que admitir
que nos primeiros episódios eu não estava entendendo nada do que estava
acontecendo. Eu me sentia totalmente perdida e tentada a sair procurando
respostas na internet, mas acabei não fazendo isso. Uma das sacadas do anime é
te deixar curioso com tudo o que está acontecendo, te deixando informado de
tudo aos poucos. Aliás, se você pensar bem, nem mesmo a própria protagonista
sabe de alguma coisa, então você vai descobrindo tudo junto com ela. Mas não
desista se o começo confuso te deixar um pouco desanimado, pois vale muito a
pena ver Ergo Proxy.
Se você é uma pessoa
filosófica com certeza vai adorar esse anime, já que vários elementos do mundo
da filosofia foram inseridos em sua trama, deixando ela diferente de uma forma
positiva (quem não está cansado de ver animes que não inovam em nada?). Eu não
sou nem um pouco filosófica, mas isso não fez com que eu não aproveitasse bem o
anime, só com que eu não entendesse a fundo certas coisas que aconteceram nele.
Mas o mais importante ou óbvio que deveria ser entendido por todos eu consegui
assimilar bem. Muitas pessoas vão ter interpretações diferentes de certos
acontecimentos, deixando muito mais interessante discutir esse anime com os
outros.
E com uma trama totalmente
diferente e inovadora (embora esse seja um anime de 2006), temos personagens
bem interessantes e peculiares que nos ajudam a seguir em frente com o anime
mesmo com tantas dúvidas. Os três principais e que foram os meus queridinhos
foram: Re-I Mayer, Vincent Law e Pino. A primeira se veste de uma forma
totalmente gótica e é a neta do “prefeito” da cidade, sendo muito persistente
em descobrir a verdade por trás de tudo que está acontecendo. Vincent é o mais
complexo de se entender, pois em certos momentos ele é frágil e solitário, em
outros ele é destemido e em outros ele é super foda (vocês irão entender quando
assistir). Já a Pino é uma Autoreiv que possui alma e é extremamente fofinha,
parecendo entender de mais coisas do que realmente demonstra.
Além desses três
personagens, há muitos outros que você fica morrendo de raiva, pois você nunca
consegue distinguir se a pessoa quer o bem ou a destruição da humanidade. Mas
tudo bem, pois a raiva que sentimos delas passa quando passamos a ter mais
cenas com os Autoreivs. Eu achava tão interessante e legal quando alguns
conseguiam ter alma, que eu não conseguia me conter de felicidade, pois alguns
realmente tinham mais humanidade que os próprios seres humanos.
E outro fator que fez
com que eu realmente gostasse da história foram os traços dos personagens.
Gostei bastante do desenho puxar um pouco para o estilo gótico, dando um ar
mais sombrio para a trama. Além disso, os Autoreivs e os Proxys ficaram muito
bem desenhados e legais de ser ver, tendo detalhes muito interessantes. A única
coisa que eu não posso elogiar é como o desenho ficava mal feito quando ele não
estava em primeiro plano, sendo meio mal desenhado. Mas o pior, na minha
opinião, foi a mudança de traços repentinos do Vincent, que antes tinha uma
carinha de menino frágil que só anda com os olhos quase fechados e depois ficou
com uma cara super masculina e com olhos que ficavam intimidantes em alguns
momentos. Quase não reconheci o personagem!
E quem gosta de ação
vai ficar muito satisfeito com Ergo Proxy, pois temos cenas de lutas e fugas
muito boas. Temos cenas de Autoreivs lutando contra seres humanos, de seres
humanos lutando contra Proxys e de Proxys lutando contra outros Proxys. Sem
dúvida nenhuma essas últimas lutas eram as mais prazerosas de ver, já que cada
um parecia ter uma habilidade diferente. Não há nada melhor que assistir dois
seres super poderosos e apavorantes lutando um contra o outro.
Enfim, chegamos nos
últimos episódios onde são jogadas várias bombas na gente, com coisas que
jamais poderíamos ter imaginado que aconteceriam ou explicariam alguns
acontecimentos. Realmente foi um anime que prendeu minha atenção do início ao
fim e que sempre conseguiu me surpreender. Eu sei que há muitas pessoas que não
gostam dele, mas realmente acho que todos os fãs de anime deveriam dar uma
chance e descobrir o quanto Ergo Proxy pode ser bom.
Nota: 9.2
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