Direção: Antonhy Russo e Joe Russo
Produção: Kevin Feige
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely
Distribuição: Walt Disney Studios e Motion Pictures
Ano: 2018
Duração: 141min
Gênero: Ação, Aventura, Ficção Científica, Fantasia,
Super-Herói
Thanos (Josh Brolin) é um ser que viaja por vários mundos, destruindo
metade de suas populações. Em sua busca pelas Jóias do Infinito – que lhe
conferirão poder para destruir metade dos habitantes do universo em um estalar
de dedos – e por mais poder, ele enfim chega ao planeta Terra. Porém, nada será
tão fácil quanto ele imagina, pois os Vingadores e os Guardiões da Galáxia se
juntarão e farão de tudo para impedi-lo.
Depois do descontentamento que senti ao assistir “Capitão América: Guerra
Civil”, eu não estava com muitas expectativas em relação a “Vingadores: Guerra
Infinita”. Fiquei realmente chateada de terem colocado o Tony Stark (um de meus
vingadores preferidos) como o causador da separação do grupo. Porém, essa
separação só me deixou mais ansiosa para ver como seria o reencontro de todos,
que promete ser muito emocionante. Creio que acabei de assistir um filme de
super-heróis que se iguala em qualidade a Mulher Maravilha (desculpe
comparar Marvel com DC).
Devo começar dizendo que o roteiro desse filme dos Vingadores foi
espetacular, conseguindo conciliar cenas que ocorriam ao mesmo tempo, mas em
lugares diferentes de forma correta. Isso conferiu à trama um ritmo acelerado e
constantemente emocionante, não nos deixando perceber que passamos mais de duas
horas sentados em uma cadeira de cinema. Em meio a lutas e companheirismo, o
roteiro ia nos preparando para explodirmos em uma gama de emoções ao final.
Christopher Markus e Stephen McFeely fizeram um ótimo trabalho com a história,
que na minha opinião, ficou melhor que a da HQ (sim, houve mudanças).
Além disso, achei que o roteiro deu um enfoque maior nos heróis certos,
dando o protagonismo para aqueles que realmente eram os mais importantes nessa
parte da história. Também conseguiram nos mostrar como alguns heróis são
realmente fortes (e fodásticos), mais do que em qualquer outro filme da saga.
Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch)
e Thor (Chris Hemsworth) são os que mais chamam atenção em combate,
impressionando muito os telespectadores (com direito a aplausos e gritos dentro
do cinema). Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Homem Aranha (Tom Holland) também
não ficam de fora com seus trajes cada vez mais avançados.
E para complementar o roteiro, temos o melhor vilão (na minha opinião) do
universo das adaptações cinematográficas de histórias de heróis até hoje.
Thanos é retratado com uma certa profundidade, sendo que até mesmo nos é
mostrado um pouco de seu passado. Ele não é como a maioria dos outros
antagonistas, que “só quer matar todo mundo porque é mau e quer ser o deus
supremo do universo”. Thanos é guiado por suas convicções e princípios,
realmente acreditando que suas ações são corretas. Os efeitos visuais estão tão
bons que ele até parece ter um pouco de humanidade em suas expressões.
Quem gosta de muita ação, com certeza irá ficar satisfeito com
“Vingadores: Guerra Infinita”. Temos cenas de lutas muito boas (muito mesmo),
que nos conseguem mostrar como nosso heróis são fortes, habilidosos e trabalham
bem em equipe. É interessante ver como os poderes de todos são muito diferentes,
sendo que em alguns momentos você nem espera certos acontecimentos. Os efeitos
especiais ficaram muito convincentes nos momentos das batalhas.
E como os filmes da Marvel costumam ter de tudo um pouco, é claro que não
faltaram cenas de humor e comédia. Elas não foram muito recorrentes, pois nem
era esse o objetivo da trama, que era bem tensa e com uma carga dramática maior
em alguns momentos. Porém, as cenas desse gênero deixavam o clima mais leve e
apareciam em momentos oportunos, com o Homem de Ferro e o Homem Aranha sendo
protagonistas de quase todas elas.
Mas se tem uma coisa que realmente me surpreendeu foi a qualidade das
poucas cenas de romance que tiveram. Alguns casais eu nem sabia que existia,
enquanto outros eu torcia para dar tudo certo. Fala sério, nada melhor para
deixar um herói mais forte e determinado do que ter algo para proteger não é? E
esses sentimentos, que não costumamos ver muito em filme de super-heróis, acrescentavam
muito na trama.
Enfim, não preciso nem dizer que o final foi arrasador, não é? Daqueles
que você sai do cinema chorando e fica dias e dias pensando sobre o que irá
acontecer. Obviamente haverá uma continuação, sendo que a cena pós-crédito (não
saiam sem ver) nos deixa mais ansiosos ainda. E depois de tudo isso, só resta
uma pergunta: como conseguirei esperar até 2019?
Nota: 10
Aplausos para esta grande história! Acertadamente Thanos (Josh Brolin, do óptimo Filme Homens De Coragem ) é a grande estrela desse filme, tanto que é alardeado de que ele que retornará, não os Vingadores. Ao lado de Killmonger, que sem dúvidas ele é o melhor vilão da Marvel. Thanos é extremamente bem construído e muito bem feito em CGI, suas motivações fazem sentido e trazem um inesperável carisma e humanidade ao vilão. Acreditamos que o que ele faz não é bom, mas é necessário para ELE e entendemos o porquê. Claro que não significa que ficaremos ao lado dele. Não. Ele é um porco genocida e egocêntrico que sai pelo Universo exterminando metade da população dos planetas sendo uma espécie de Deus em uma missão digna, mas é uma ideia de equilíbrio que, de uma maneira ou outra (descontada a sede pelo poder), acaba se tornando compreensível ao conseguirmos identificar perfeitamente a sua motivação traçando um paralelo com o mundo real. Principalmente se formos comparar com os dois filmes que serviram de prelúdio a este, Thor: Ragnarok e Pantera Negra, que introduziram certas ideias de moral torta.
ResponderExcluirJá percebi que você gostou de Thanos tanto quanto eu! <3
ExcluirEu sou daquelas que pensa que um bom roteiro precisa ter um vilão digno para que todos os elementos da história funcionem corretamente. Em muitos filmes de super herói vemos protagonistas legais e histórias interessantes, mas sempre faltou aquele antagonista que realmente convence em seu papel e em suas motivações. Creio que seja por isso que Vingadores: Guerra Infinita superou os demais filmes com muita maestria. Thanos é realmente aquilo que os filmes da Marvel estavam precisando. Mal vejo a hora de reencontrá-lo nas telas do cinema.
Obrigada por comentar! <3