segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Altered Carbon


Ano de Lançamento: 2018
Número de Episódios: 10
Criação de: Laeta Kalogridis
Original: Richard K. Morgan
Distribuição: Netflix
Tempo Médio de Duração de Episódio: 45 à 55 minutos
Gênero: Ficção Científica, Futurista

     Em um futuro distante, a tecnologia avançou tanto que as pessoas conseguiram arrumar maneiras de evitar a morte. Suas consciências são armazenadas em chips que são inseridos em corpos chamados “capas”. Nesse contexto, um emissário chamado Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman) é “reencapado” e contratado para solucionar o assassinato de um dos Matusas mais poderosos e influentes do mundo.


    “Altered Carbon” foi uma série que fez com que eu tivesse vários sentimentos controversos, me deixando extremamente animada ao ver o trailer, me desanimando com os primeiros episódios e me deixando em êxtase com os outros. Os dois primeiros episódios foram os únicos que eu não gostei, sendo muito confusos e não mostrando exatamente aonde queria chegar (na minha opinião). Porém, a partir do terceiro tudo começou a se encaixar e ficar bem interessante, então se vocês também desanimaram nos dois primeiros, aguentem firme e continuem assistindo.


     A história da série vai mostrando ora o presente, ora alguma cena do passado que de alguma forma vai influenciar o que está acontecendo atualmente. E o mais interessante é que várias coisas vão acontecendo ao mesmo tempo, como a investigação do assassinato de Bancroft (James Purefoy), o descobrimento de novos crimes que de alguma forma estão ligados com a trama principal, as investigações da detetive Kristin Ortega (Martha Higareda), entre outras. Isso acabava que fazia com que a história nunca perdia seu ritmo e sempre permanecesse interessante. O ritmo dos acontecimentos eram bem intensos.


     Outro ponto positivo da história eram os personagens bem complexos e difíceis de se entender, principalmente os femininos. Ortega, Miriam Bancroft (Kristin Lehman), Quellcrist (Renée Elise Goldsberry), Reileen Kawahara (Dichen Lachman) e Lizzie Elliot (Hayley Law) eram mulheres fortes e determinadas a sua maneira que tinham objetivos totalmente diferentes. É incrível como as novas tecnologias geram sentimentos e efeitos diferentes nas pessoas.


     E é claro que não posso deixar de falar sobre o elemento principal da série: a capacidade das pessoas conseguirem mudar de “capas” ao longo da vida. É claro que todos possuem opiniões bem diversificadas em relação a isso, sendo que os próprios telespectadores também as terão. Mas com certeza um dos objetivos da série era mostrar como o fato das pessoas “brincarem de Deus” afetam os valores e as leis do mundo, pois afinal somente alguns tinham acesso a certos benefícios. Parece que algumas coisas não mudaram tanto assim, não é?


     Estava chegando aos últimos episódios e estava me surpreendendo muito com alguns elementos da história. Então, nesse instante, o 9º e o 10º chegam para abalar meu coração. Se eu estava com alguma expectativa em relação à quem era o verdadeiro vilão e como tudo ia se desenrolar, com certeza não correspondeu com o que realmente aconteceu. O último episódio foi extraordinário e lindo ao mesmo tempo. Final com chave de ouro!

Nota: 8.5

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