Autor: Matthew Fitzsimmons
Editora: Faro Editorial
Número de Páginas: 319
Ano: 2017
Gênero: Policial
Suzanne Lomband, filha de um
político muito influente, despareceu misteriosamente quando tinha 14 anos.
Passados 10 anos, esse evento ainda é um mistério e ninguém teve notícias do
paradeiro da garota. Porém, um e-mail com pistas e uma equipe determinada a
encontra-la serão motivos suficientes para que Gibson Vaughn comece a agir.
Esse renomado hacker fará de tudo para descobrir o que aconteceu com sua
querida amiga de infância.
Eu estou naqueles dias em que só
estou com vontade de ler livros policiais, com tramas surpreendentes e cheias
de mistérios. Então, enquanto estava dando uma olhadinha em uma estante de uma
livraria, me deparei com “Morte Lenta”. Li a sinopse e ela me pareceu ser
extremamente interessante, me fazendo questionar por que o livro custaria
somente 15 reais.
Vou começar falando sobre um dos
elementos que mais fará com que você queira ler esse livro: o mistério. Vamos
conhecendo aos poucos cada detalhe do caso do desaparecimento de Suzanne, mas sempre
há elementos que não se encaixam ou que não possuem nenhuma explicação. Isso me
deixava curiosa a todo momento em relação ao fato dela estar viva ou morta, bem
como em relação a maneira como planejaram o sequestro da filha de uma pessoa
tão poderosa.
Mas, apesar dos elementos policiais
e misteriosos serem muito bem construídos, o que mais me chamou a atenção foi a
parte sentimental da história. Gibson e Suzanne eram muito amigos quando mais
novos, sendo que o autor até mesmo nos mostra cenas do passados deles, como
eles sendo companheiros e felizes um ao lado do outro. Isso deu um maior
significado para a história, fazendo com que nos sentíssemos mais próximos de
ambos os personagens.
Além disso, temos o privilégio de
ler uma história em que os personagens são bem aprofundados e explorados. Por
vezes temos um bom número de páginas descrevendo como eles são e acontecimentos
de seus passados que foram relevantes para eles serem daquele jeito. Obviamente
Suzanne e Gibson são os mais carismáticos, mas também há Hendricks e Charles.
Ambos são muito competentes em suas funções e possuem características únicas.
E o decorrer da história me chamou
muito a atenção, não somente pelo fato do protagonista ser um hacker, mas pelo
fato de ser muito real. Ele desmistifica as cenas de hacker que estamos
acostumados a ver nos cinemas e retrata algumas verdades bem sérias. O autor
nos dá um tapa na cara ao falar como a repercussão de alguns casos são
diferentes, principalmente por questões raciais. Se a vítima for mulher e
branca, a chance dos acontecimentos chamarem mais a atenção do público é maior.
Muito interessante!
E para fechar com chave de ouro o livro,
nos deparamos com um final surpreendente. Sério! Eu pensei em várias coisas
para explicar o desparecimento de Suzanne, mas nada chegou perto do que
realmente aconteceu. Matthew fez um excelente trabalho com seu livro de estreia
e espero poder rever suas histórias novamente.
Nota: 9.5
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