Direção: Jean-Marc
Vallée
Roteiro: Marti
Noxon
Obra
Original: Sharp Objects de Gilian Flynn
Número de
Episódios: 8
Tempo de
Duração Médio dos Episódios: 1h
Emissora: HBO
Ano de
Lançamento: 2018
Gênero: Drama,
Suspense Psicológico e Mistério
Camille Preaker (Amy
Adams) é uma repórter criminal que volta para sua cidade natal, Wind Gap, para
investigar os misteriosos assassinatos de duas jovens garotas. Nesse meio
tempo, ela deverá lidar com várias cicatrizes de seu passado e conviver com uma
família que não parece ter ficado nada feliz com a sua chegada.
Já falei muitas vezes
aqui como eu adoro o gênero suspense psicológico, pois ele sempre consegue nos
fornecer histórias bem interessantes e que dão um frio na barriga de nervoso (que
eu adoro). Então, quando eu vi que seria lançada uma série desse gênero e que
ela seria protagonizada por Amy Adams, não perdi tempo em querer saber mais
sobre ela. E aqui estamos hoje, com eu me sentindo totalmente ansiosa de
compartilhar a minha opinião dessa obra com vocês.
O primeiro elemento
que merece uma salva de palmas é o roteiro, que foi muito bem escrito e
consegue prender a atenção do telespectador. A história pode ser dividida em
duas partes, que se revezam no decorrer dos episódios e são muito
interessantes. A primeira se refere a todo o mistério por trás do assassinato e
de Camille tentando descobrir quem matou as garotinhas. A segunda parte foca
mais na vida pessoal da protagonista, com ela relembrando e descobrindo vários
elementos de seu passado.
Esse modo que eles
resolveram contar a história, ora dando mais importância para uma coisa, ora
para a outra, foi essencial para que a trama tivesse um bom ritmo.
Acontecimentos intrigantes aconteciam em ambas as esferas, nos auxiliando a
entender como Camille se tornou quem é e qual o papel de sua cidade natal
nisso. Eu ficava tensa o tempo todo, pois claramente tinham muitas coisas
erradas acontecendo.
Sharp
Objects também chama a atenção por representar temáticas muito sérias e que
estão muito presentes no dia a dia das pessoas. Camille é a prova de que viver
em um ambiente totalmente desequilibrado pode afetar toda a vida de uma pessoa.
A personagem totalmente frágil e machucada com certeza chama muita atenção para
a importância de tratamento de certos problemas psicológicos e traumas do
passado. Além disso, temas como a passividade do pai em relação a criação dos
filhos, a convicção de que o homem deve agir sem sentimentalismo também estão
presentes na série e são grandes cumplices da geração de sofrimento para outras
pessoas.
Além de um roteiro
impecável e uma história excelente, Sharp Objects contou com atores e atrizes
muito bons para dar uma maior veracidade para a história. Não preciso nem dizer
que a atuação de Amy Adams foi impecável, não é? Mas quem acabou chamando mais a
minha atenção foi Patrícia Clarckson, que fez o papel de Adora, a mãe de
Camille. Sério! A atuação dessa mulher me deu muitos arrepios e conseguiu fazer
com que eu sentisse todo o desconforto e medo que a filha sentia ao ficar perto
dela. Com certeza a personagem mais impressionante e enigmática da série.
E para complementar o
clima tenso que se estende por quase toda a série, temos uma combinação de
imagens, sons e efeitos de iluminação que te deixam quase louco. Sério! Desde o
início do primeiro episódio somos assombrados com elementos visuais e sonoros
que não deixam você relaxar nem um segundo no sofá. Fica super óbvio que coisas
muito ruins irão acontecer e estão acontecendo só pela música.
E por fim, enquanto
estava assistido ao último episódio com minha opinião formada em relação a quem
seria o assassino, Sharp Objects no manda uma bomba. Eu acabei bancando a
detetive com os fatos que a Camille ia descobrindo e acabei sendo enganada
certinho pela série. Eu fiquei tão pasma com os últimos minutos da série que eu
tive que contar para cada pessoa que eu ia encontrando como eu fui totalmente
surpreendida. Não tenho palavras para descrever como o final é bom e coerente,
nos mostrando como ignoramos elementos importantes e óbvios durante toda a
série.
Nota: 10
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