segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Sharp Objects


Direção: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Marti Noxon
Obra Original: Sharp Objects de Gilian Flynn
Número de Episódios: 8
Tempo de Duração Médio dos Episódios: 1h
Emissora: HBO
Ano de Lançamento: 2018
Gênero: Drama, Suspense Psicológico e Mistério

     Camille Preaker (Amy Adams) é uma repórter criminal que volta para sua cidade natal, Wind Gap, para investigar os misteriosos assassinatos de duas jovens garotas. Nesse meio tempo, ela deverá lidar com várias cicatrizes de seu passado e conviver com uma família que não parece ter ficado nada feliz com a sua chegada. 


     Já falei muitas vezes aqui como eu adoro o gênero suspense psicológico, pois ele sempre consegue nos fornecer histórias bem interessantes e que dão um frio na barriga de nervoso (que eu adoro). Então, quando eu vi que seria lançada uma série desse gênero e que ela seria protagonizada por Amy Adams, não perdi tempo em querer saber mais sobre ela. E aqui estamos hoje, com eu me sentindo totalmente ansiosa de compartilhar a minha opinião dessa obra com vocês. 


     O primeiro elemento que merece uma salva de palmas é o roteiro, que foi muito bem escrito e consegue prender a atenção do telespectador. A história pode ser dividida em duas partes, que se revezam no decorrer dos episódios e são muito interessantes. A primeira se refere a todo o mistério por trás do assassinato e de Camille tentando descobrir quem matou as garotinhas. A segunda parte foca mais na vida pessoal da protagonista, com ela relembrando e descobrindo vários elementos de seu passado. 


     Esse modo que eles resolveram contar a história, ora dando mais importância para uma coisa, ora para a outra, foi essencial para que a trama tivesse um bom ritmo. Acontecimentos intrigantes aconteciam em ambas as esferas, nos auxiliando a entender como Camille se tornou quem é e qual o papel de sua cidade natal nisso. Eu ficava tensa o tempo todo, pois claramente tinham muitas coisas erradas acontecendo.   


Sharp Objects também chama a atenção por representar temáticas muito sérias e que estão muito presentes no dia a dia das pessoas. Camille é a prova de que viver em um ambiente totalmente desequilibrado pode afetar toda a vida de uma pessoa. A personagem totalmente frágil e machucada com certeza chama muita atenção para a importância de tratamento de certos problemas psicológicos e traumas do passado. Além disso, temas como a passividade do pai em relação a criação dos filhos, a convicção de que o homem deve agir sem sentimentalismo também estão presentes na série e são grandes cumplices da geração de sofrimento para outras pessoas. 


     Além de um roteiro impecável e uma história excelente, Sharp Objects contou com atores e atrizes muito bons para dar uma maior veracidade para a história. Não preciso nem dizer que a atuação de Amy Adams foi impecável, não é? Mas quem acabou chamando mais a minha atenção foi Patrícia Clarckson, que fez o papel de Adora, a mãe de Camille. Sério! A atuação dessa mulher me deu muitos arrepios e conseguiu fazer com que eu sentisse todo o desconforto e medo que a filha sentia ao ficar perto dela. Com certeza a personagem mais impressionante e enigmática da série. 


     E para complementar o clima tenso que se estende por quase toda a série, temos uma combinação de imagens, sons e efeitos de iluminação que te deixam quase louco. Sério! Desde o início do primeiro episódio somos assombrados com elementos visuais e sonoros que não deixam você relaxar nem um segundo no sofá. Fica super óbvio que coisas muito ruins irão acontecer e estão acontecendo só pela música.  


     E por fim, enquanto estava assistido ao último episódio com minha opinião formada em relação a quem seria o assassino, Sharp Objects no manda uma bomba. Eu acabei bancando a detetive com os fatos que a Camille ia descobrindo e acabei sendo enganada certinho pela série. Eu fiquei tão pasma com os últimos minutos da série que eu tive que contar para cada pessoa que eu ia encontrando como eu fui totalmente surpreendida. Não tenho palavras para descrever como o final é bom e coerente, nos mostrando como ignoramos elementos importantes e óbvios durante toda a série. 


Nota: 10    

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