Direção: Kenneth Kainz e Natasha Arthy
Produção: Christian Potalivo
Distribuição: Netflix
Empresa de Produção: Miso Film
Número de Episódios: 8
Tempo de duração médio dos episódios:
35-48 min
Ano: 2018
Gênero:
Suspense, drama, pós-apocalíptico
Um
vírus mortal transmitido por meio da chuva fez com que várias pessoas se
refugiassem e lutassem para sobreviver. Dentre elas estão Simone (Alba August)
e Rasmus Anderson (Lucas Lynggaard Tønnesen), duas crianças que ficaram por
seis anos dentro de um bunker esperando pelo retorno de seu pai. Agora, mais
velhos e com a comida acabando, foram obrigados a sair para o mundo exterior em
busca de algo a mais. Porém eles não estão mais sozinhos, se tornando parte de
um pequeno grupo que sabe como sobreviver lá fora.
Eu
realmente não sei o que fez com que eu demorasse tanto tempo para assistir “The
Rain”, já que a premissa e o trailer captaram muito meu interesse quando ele
foi lançado. Nunca tinha assistido nenhuma obra cinematográfica dinamarquesa,
mas essa série foi o suficiente para que eu tivesse mais curiosidade e vontade
de descobrir novos filmes e atores desse país.
Para
quem gosta do gênero pós-apocalíptico, como eu, ficará bastante satisfeito com
“The Rain”. Ele possui todas as principais características do gênero: tensão,
mistérios não resolvidos e personagens com os quais você se identifica. O
melhor de tudo é que o apocalipse da vez não é causado por zumbis, seres
extraterrestres e por nada do que já estamos habituados a ver, mas sim pela
chuva. Esse elemento original já ganha pontos por nos mostrar situações
desesperadoras bem diferentes (como não ter onde se esconder quando está
prestes a chover).
E o
que torna essa história mais envolvente são as circunstâncias que levaram
certos personagens a serem mais responsáveis e maduros desde novos. Eu fiquei
realmente tocada em como Simone cuidou de Rasmus desde que eles eram jovens e
fez de tudo para mantê-lo seguro. O desenvolvimento da personagem no decorrer
da série é estupendo e torna impossível você deixar de admirá-la.
Também
há outros personagens, como o Martin (Mikkel Følsgaard), a Beatrice (Angela
Bundalovic), o Jean (Sonny Lindberg), a Lea (Jessica Dinnage) e o Patrick (Lukas
Løkken), que fizeram parte do grupo de sobrevivência dos irmãos, mas ninguém
consegue ser tão carismático e forte quanto Simone. Apesar disso, esses
personagens também conseguem chamar sua atenção, tanto pelas personalidades bem
distintas, quanto pelos seus passados que foram retratados. Achei que todos os
personagens foram abordados com a profundidade que mereciam. =)
Mesmo
todos esses elementos terem sido excelentes, o que me fez ficar assistindo
incansavelmente essa série foram os seus mistérios. É óbvio que eu queria saber
de onde tudo isso tinha surgido, porquê e qual o papel de Rasmus na história.
Desde o início somos advertidos de que ele é “a chave de tudo”, então ficamos
curiosos em relação a isso desde o primeiro episódio.
O
único elemento que deixou a desejar, na minha opinião, foi o final. Achei que
poderiam ter feito mais uns dois episódios para acabar a história nessa
temporada mesmo. Mas já que foi deixado em aberto, espero que tenhamos uma
continuação digna e nem um pouco repetitiva dessa trama tão boa. Também espero
que Rasmus se torne um personagem mais “gostável”, pois acabei ficando até meio
com birra dele depois de terminar de assistir tudo.
Nota: 8.8
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