terça-feira, 11 de setembro de 2018

Mirror of the Witch


Ano de exibição: 2016
Direção: Jo Hyun Tak
Roteiro: Yang Hyuk Moon
Número de episódios: 20
Emissora: JTBC
Tempo médio de duração dos episódios: 1h
Gênero: Romance, Fantasia, Histórico, Drama

     A Rainha Sim (Jang Hee Jin) não conseguiu ter filhos mesmo depois de 4 anos ao lado do Rei. Então, uma xamã muito poderosa chamada Hong Joo (Yum Jung Ah) é solicitada para descobrir o que há de errado. Porém, ela descobre que a rainha é estéril, recorrendo à magia negra para fazer com que ela possa ter filhos. Mas, para isso, um sacrifício deverá ser feito: um dos dois gêmeos que nasceram deve ser morto para que o outro possa sobreviver. Como o palácio necessitava de um príncipe herdeiro, Seo Ri (Kim Sae Ron), a princesa recém-nascida, foi amaldiçoada e abandonada.


     Para que seu irmão e todos que ela amasse sobrevivessem, ela deveria morrer. Porém, um taoista que ainda acreditava na justiça, Choi Hyun Seo (Lee Sung Jae), a criou em segredo e passou a procurar por algo que anulasse sua maldição. Tudo isso deveria ser feito de forma que Hong Joo não suspeitasse da existência da garota. O que acontecerá quando Seo Ri conhecer Heo Jun (Yoon Shi Yoon), um homem que é filho de uma escrava? E quando Hong Joo começar a persegui-la querendo sua vida?


     Eu simplesmente amo a atriz Kim Sae Ron, pois ela é muito jovem e extremamente talentosa. Já tinha visto High School Love On com ela e queria muito ver Mirror of the Witch. Mas sabe aquele preconceito bobo que eu tinha com dramas históricos antes? Então! Eles me impediram de ver esse k-drama tão surpreendente. Pelo que parece, foram utilizados alguns personagens reais, embora tenha elementos fictícios na história.


     Acho que “Mirror of the Witch” é o drama perfeito para todos aqueles que tem vontade de conhecer um pouco sobre a antiga cultura coreana. Ainda me surpreendo como é tudo tão diferente do Brasil. Conseguimos ver como são os festivais antigos, a hierarquia dentro e fora do palácio e até mesmo qual o procedimento de certos momentos íntimos entre o rei e a rainha. Mas o que eu mais achei interessante foram os xamãs, com seus amuletos e crenças totalmente surpreendentes. Me pergunto se ainda há pessoas com esse tipo de crença na Coréia do Sul atual.


     E quem não gosta de uma história com magia, não é? Aqui temos magias negras e magias boas totalmente legais de se ver. Constantemente vemos lobos e tigres que são criados por talismãs e que protegem seus “mestres” muito bem. Fiquei impressionada com a qualidade dos efeitos especiais, sendo as magias surpreendentes e as cenas de “possessão” (não é possessão mesmo, ok? Só dei esse nome porque parece muito com esse tipo de cena dos filmes de exorcismo) super agoniantes e bem feitas.


     E é claro que em um drama histórico não pode faltar cenas de ação com arcos e espadas. As que tinham em Mirror of the Witch eram totalmente excelentes, daquelas que você se pergunta quanto tempo os atores e os dublês ficaram treinando antes de filmá-las. Temos até uma cena nos primeiros episódios que mostra uma xamã lutando brevemente com outra que eu achei que se assemelhava muito a daqueles filmes chineses, sabe? Adoro!


     Mas, sem dúvida nenhuma, os melhores elementos desse drama são os personagens e a história. Sem brincadeira! A trama era muito viciante. Haviam muitos fatores mágicos que eu não conhecia, bem como muitos mistérios surpreendentes. Nós começamos o drama com muita curiosidade sobre a maldição de Seo Ri, pois não sabemos quase nada sobre ela. Então, de forma perfeita, a história ia revelando cada mistério aos poucos e na hora certa. Então você se contentava com o que ia descobrindo e ficava curioso para os próximos episódios.


     Gente! Não vou ficar me atendo a escrever personalidades dos personagens, pois cada um deles vai mudando e amadurecendo com a história, então só vou dizer que todos tiveram sua contribuição para a história. Além daqueles que eu citei aqui, merece destaque o Yo Gwang (Lee Yi Kyung) – um taoista cheio de senso de dever e com um bom coração, Sol Gae (Mun Ka Young) – uma guerreira super foda e Poong Yeon (Kwak Si Yang) – o irmão de criação da protagonista que faria tudo por ela. Não posso terminar de falar sobre os personagens e esquecer de citar o tanto que Hong Joo é uma ótima vilã, daquelas que são muito inteligentes e manipuladores. Ela foi uma vilã digna de uma ótima história.


     E mesmo que você não entendesse alguns personagens, depois você passava a compreende-los melhor, bem como a seus relacionamentos conforme você ia vendo alguns flashbacks. Com isso, foi explicado o porquê de Hong Joo querer se vingar tanto da família real (o que fez com que eu ficasse com raiva junto com ela), como Poong Yeon e Sol Gae se conheceram, bem como algumas cenas interessantes da rainha. Sabe aqueles flashbacks que realmente acrescentam algo para a história? Então, é exatamente assim que são os de “Mirror of the Witch”.


     E eu não citei nada sobre o romance até agora, não é? Isso foi porque ele ficou meio apagado com o tanto de coisa legal que estava acontecendo. Afinal, ele não era nem o foco da história. Nós conseguimos ver alguma química entre o casal principal, mas o romance é totalmente doce e inocente, não tendo nem mesmo um beijo durante toda a trama. Eu estava esperando que isso acontecesse, então acabei não ficando decepcionada. Isso ocorreu devido a diferença de idade do atores, que era de mais de 10 anos de diferença. Não que eu ligue muito para isso, mas Kim Sae Ron tinha 16 anos na época, ou seja, não era maior de idade. Então achei correto eles não colocarem uma cena que leve ambos os atores a ficarem desconfortáveis.


     Depois que eu elogiei vários elementos em “Mirror of the Witch”, chegou enfim o momento das críticas. Pelo que parece esse drama não era para ter 20 episódios, mas devido a uma popularidade inesperada eles decidiram estender o número de episódios. O resultado? Conseguimos perceber um sinal de cansaço na história nos 5 episódios finais. Sério! Tudo estava indo tão bem, mas de repente começamos perceber enrolações. Já estava cansada de ver os mocinhos evitarem uma artimanha de Hong Joo para depois caírem em outra.


     Além disso, essa enrolação acabou por estragar o desenvolvimento de alguns personagens. Eu já estava odiando Poong Yeon de tanta mudança repentina (para pior) de sua personalidade. E eu tenho certeza que isso ocorreu porque eles tinham que inventar história para estender o roteiro. Eles tinham que começar a entender que não adianta aumentar a quantidade de episódios se a história não vai ficar boa.


     E por fim, chegamos ao final do último episódio. Não consigo esconder meu desapontamento. Alguns personagens tiveram bons finais, mas outros não tiveram, sendo que eles eram alguns dos principais do drama. Fala sério! Nós ficamos acompanhando os personagens com aquela ânsia de querer que tudo dê certo no final para algumas coisas tristes acontecerem? Achei uma falta de respeito com os telespectadores. Tomara que esse final horrível também não seja fruto de uma mudança de roteiro repentina.

Nota: 8.0

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