Ano de exibição: 2016
Direção: Jo Hyun Tak
Roteiro: Yang Hyuk Moon
Número de episódios: 20
Emissora: JTBC
Tempo médio de duração dos episódios: 1h
Gênero: Romance, Fantasia, Histórico, Drama
A Rainha Sim (Jang
Hee Jin) não conseguiu ter filhos mesmo depois de 4 anos ao lado do Rei. Então,
uma xamã muito poderosa chamada Hong Joo (Yum Jung Ah) é solicitada para
descobrir o que há de errado. Porém, ela descobre que a rainha é estéril,
recorrendo à magia negra para fazer com que ela possa ter filhos. Mas, para
isso, um sacrifício deverá ser feito: um dos dois gêmeos que nasceram deve ser
morto para que o outro possa sobreviver. Como o palácio necessitava de um
príncipe herdeiro, Seo Ri (Kim Sae Ron), a princesa recém-nascida, foi
amaldiçoada e abandonada.
Para que seu irmão e
todos que ela amasse sobrevivessem, ela deveria morrer. Porém, um taoista que
ainda acreditava na justiça, Choi Hyun Seo (Lee Sung Jae), a criou em segredo e
passou a procurar por algo que anulasse sua maldição. Tudo isso deveria ser
feito de forma que Hong Joo não suspeitasse da existência da garota. O que
acontecerá quando Seo Ri conhecer Heo Jun (Yoon Shi Yoon), um homem que é filho
de uma escrava? E quando Hong Joo começar a persegui-la querendo sua vida?
Eu simplesmente amo a
atriz Kim Sae Ron, pois ela é muito jovem e extremamente talentosa. Já tinha
visto High School Love On com ela e queria muito ver Mirror of the Witch. Mas
sabe aquele preconceito bobo que eu tinha com dramas históricos antes? Então!
Eles me impediram de ver esse k-drama tão surpreendente. Pelo que parece, foram
utilizados alguns personagens reais, embora tenha elementos fictícios na
história.
Acho que “Mirror of
the Witch” é o drama perfeito para todos aqueles que tem vontade de conhecer um
pouco sobre a antiga cultura coreana. Ainda me surpreendo como é tudo tão
diferente do Brasil. Conseguimos ver como são os festivais antigos, a
hierarquia dentro e fora do palácio e até mesmo qual o procedimento de certos
momentos íntimos entre o rei e a rainha. Mas o que eu mais achei interessante
foram os xamãs, com seus amuletos e crenças totalmente surpreendentes. Me
pergunto se ainda há pessoas com esse tipo de crença na Coréia do Sul atual.
E quem não gosta de
uma história com magia, não é? Aqui temos magias negras e magias boas
totalmente legais de se ver. Constantemente vemos lobos e tigres que são
criados por talismãs e que protegem seus “mestres” muito bem. Fiquei
impressionada com a qualidade dos efeitos especiais, sendo as magias
surpreendentes e as cenas de “possessão” (não é possessão mesmo, ok? Só dei
esse nome porque parece muito com esse tipo de cena dos filmes de exorcismo)
super agoniantes e bem feitas.
E é claro que em um
drama histórico não pode faltar cenas de ação com arcos e espadas. As que tinham
em Mirror of the Witch eram totalmente excelentes, daquelas que você se
pergunta quanto tempo os atores e os dublês ficaram treinando antes de
filmá-las. Temos até uma cena nos primeiros episódios que mostra uma xamã lutando
brevemente com outra que eu achei que se assemelhava muito a daqueles filmes
chineses, sabe? Adoro!
Mas, sem dúvida
nenhuma, os melhores elementos desse drama são os personagens e a história. Sem
brincadeira! A trama era muito viciante. Haviam muitos fatores mágicos que eu
não conhecia, bem como muitos mistérios surpreendentes. Nós começamos o drama
com muita curiosidade sobre a maldição de Seo Ri, pois não sabemos quase nada
sobre ela. Então, de forma perfeita, a história ia revelando cada mistério aos
poucos e na hora certa. Então você se contentava com o que ia descobrindo e
ficava curioso para os próximos episódios.
Gente! Não vou ficar
me atendo a escrever personalidades dos personagens, pois cada um deles vai
mudando e amadurecendo com a história, então só vou dizer que todos tiveram sua
contribuição para a história. Além daqueles que eu citei aqui, merece destaque o
Yo Gwang (Lee Yi Kyung) – um taoista cheio de senso de dever e com um bom
coração, Sol Gae (Mun Ka Young) – uma guerreira super foda e Poong Yeon (Kwak
Si Yang) – o irmão de criação da protagonista que faria tudo por ela. Não posso
terminar de falar sobre os personagens e esquecer de citar o tanto que Hong Joo
é uma ótima vilã, daquelas que são muito inteligentes e manipuladores. Ela foi
uma vilã digna de uma ótima história.
E mesmo que você não
entendesse alguns personagens, depois você passava a compreende-los melhor, bem
como a seus relacionamentos conforme você ia vendo alguns flashbacks. Com isso,
foi explicado o porquê de Hong Joo querer se vingar tanto da família real (o
que fez com que eu ficasse com raiva junto com ela), como Poong Yeon e Sol Gae
se conheceram, bem como algumas cenas interessantes da rainha. Sabe aqueles
flashbacks que realmente acrescentam algo para a história? Então, é exatamente
assim que são os de “Mirror of the Witch”.
E eu não citei nada
sobre o romance até agora, não é? Isso foi porque ele ficou meio apagado com o
tanto de coisa legal que estava acontecendo. Afinal, ele não era nem o foco da
história. Nós conseguimos ver alguma química entre o casal principal, mas o
romance é totalmente doce e inocente, não tendo nem mesmo um beijo durante toda
a trama. Eu estava esperando que isso acontecesse, então acabei não ficando
decepcionada. Isso ocorreu devido a diferença de idade do atores, que era de
mais de 10 anos de diferença. Não que eu ligue muito para isso, mas Kim Sae Ron
tinha 16 anos na época, ou seja, não era maior de idade. Então achei correto
eles não colocarem uma cena que leve ambos os atores a ficarem desconfortáveis.
Depois que eu elogiei
vários elementos em “Mirror of the Witch”, chegou enfim o momento das críticas.
Pelo que parece esse drama não era para ter 20 episódios, mas devido a uma
popularidade inesperada eles decidiram estender o número de episódios. O
resultado? Conseguimos perceber um sinal de cansaço na história nos 5 episódios
finais. Sério! Tudo estava indo tão bem, mas de repente começamos perceber
enrolações. Já estava cansada de ver os mocinhos evitarem uma artimanha de Hong
Joo para depois caírem em outra.
Além disso, essa
enrolação acabou por estragar o desenvolvimento de alguns personagens. Eu já
estava odiando Poong Yeon de tanta mudança repentina (para pior) de sua
personalidade. E eu tenho certeza que isso ocorreu porque eles tinham que
inventar história para estender o roteiro. Eles tinham que começar a entender
que não adianta aumentar a quantidade de episódios se a história não vai ficar
boa.
E por fim, chegamos
ao final do último episódio. Não consigo esconder meu desapontamento. Alguns
personagens tiveram bons finais, mas outros não tiveram, sendo que eles eram
alguns dos principais do drama. Fala sério! Nós ficamos acompanhando os
personagens com aquela ânsia de querer que tudo dê certo no final para algumas
coisas tristes acontecerem? Achei uma falta de respeito com os telespectadores.
Tomara que esse final horrível também não seja fruto de uma mudança de roteiro
repentina.
Nota: 8.0
Nenhum comentário:
Postar um comentário