segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Mom

 Direção: Ravi Udyawar
Produção: Boney Kapoor, Sunil Manchanda,
Naresh Agarwal, Mukesh Talreja e Gautam Jain
Roteiro: Ravi Udyawar, Girish Kohli, Kona Venkat Rao
Cia de Produção: MAD Films e Third Eye Pictures
Distribuição:  Zee Studio, Sridevi Productions e Netflix
Gênero: Suspense, Policial, Drama
Tempo de Duração: 146 min
Ano de Lançamento: 2017

      Devki Sabarwal (Sridevi) é uma professora de biologia muito boa e determinada que faz de tudo para ser reconhecida como mãe pela filha de seu marido, Arya (Sajal Ali). Porém, esta não dá nenhuma abertura para que as duas possam se aproximar. Um dia, a relação de toda a família se torna mais complicada quando a garota vai à uma festa e acontecem coisas terríveis com ela. O que ninguém esperava, era que a mãe iria tentar trazer justiça para a filha.

       “Mom” entrou no catálogo da Netflix semana passada e quando vi a sinopse eu quis assistir imediatamente. Eu realmente amo histórias de vinganças, desde as mais engraçadas e atrapalhadas, até as que abordam assuntos mais sérios e pesados. Esse filme com certeza retrata o segundo tipo, então para aquelas pessoas que são muito sensíveis em relação a determinados assuntos eu recomendo que não o assista.
          Esse filme me chamou muito a atenção pelo fato de conter várias críticas no decorrer da trama, sendo algumas delas explícitas e outras implícitas. Uma que é extremamente explícita é a retratação da ineficiência dos Tribunais de Justiça (achei que isso só acontecia no Brasil) e a fragilidade da situação da mulher em alguns casos de violência sexual. Sério gente! Não tem como não ficar com raiva de um caso obviamente ganho em que a vítima até identifica os estupradores e depois eles são inocentados. Não me surpreende em nada que Devki tenha tentado fazer justiça com as próprias mãos.
      Vou deixar claro aqui para vocês que não sou a favor de violência e muito menos adepta a justiça sendo feita com as próprias mãos. O correto seria denunciar certos atos criminosos e levar os culpados para serem julgados, mas fica muito difícil defender esse argumento quando acontecem coisas como as retratadas no filme (que vocês ainda vão ver). Por isso, não tenho problema nenhum em dizer que eu fiquei satisfeita com a vingança de Devki e sei que muitos de vocês também se sentirão assim.
       Além disso, outro fator muito interessante que eu percebi no filme foi a crítica em relação ao fato de como as pessoas subestimam as mulheres. Sério! Ninguém estava esperando que uma mulher conseguiria fazer tudo aquilo sozinha e pensar em formas tão engenhosas de colocar cada um dos criminosos em seu devido lugar. Achei muito satisfatório ver como ela conseguiu surpreender algumas pessoas.
       Mas na minha opinião, o principal do filme não foi a vingança, ou a investigação policial, nem nada do gênero. O elemento que teve maior foco foi a retratação do amor que uma mãe sente pela sua filha, sendo ela de sangue ou não. É impossível não pensar em sua própria mãe e perceber como ela seria capaz de fazer qualquer coisa por você. Há um diálogo no filme que eu achei muito marcante e vou compartilhar com vocês:
“- Deus não pode estar em todos os lugares, Sr. DK.
 - Sim, eu sei. É por isso que ele criou as mães!”
       “Mom” foi um filme que ganhou vários prêmios, sendo que alguns deles foram de excelência na atuação. Não vi os outros filmes que estavam concorrendo, mas posso assegurar que foi super merecido. Acho que nunca vi cenas que pareciam tão verídicas e mostravam tanto o desespero de uma família e de uma pessoa que sofreu abuso sexual. Não tivemos pessoas bonitas até chorando não, mas sim pessoas chorando aflitivamente pela dor que estavam passando.
      Enfim, termino essa resenha indicando “Mom” para todos, pois é um filme que realmente merece ser visto pelas ótimas atuações, história envolvente e para conhecer mais um pouco sobre uma cultura tão desconhecida para nós. A Netflix colocou vários outros filmes indianos em seu catálogo, os quais pretendo dar uma conferida para ver se gosto tanto quanto esse.
Nota: 9.0

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