Yuru Camp

Ano de exibição: 2018

Número de episódios: 12

Estúdio: C-Station

Direção: Yoshiaki Kyogoku

Criador: Afro

Tempo médio de duração dos episódios: 25min

Gênero: Comédia, Slice of Life

     Rin é uma garota que gosta muito de acampar sozinha em noites frias de inverno, apreciando o silêncio da noite. Um dia, ela se depara com uma garota muito animada chamada Nadeshiko, que passa a ganhar muito gosto por acampamentos a partir desse encontro. Assim, elas acabam conhecendo muitas outras garotas e, de diversas formas, acabam fazendo com que elas se interessassem por certas atividades ao ar livre também.

     Nessa semana mesmo eu tinha falado para um amigo meu como eu odiava animes Slice of Life, pois eles não nos mostram nada de interessante e não nos prendem com suas histórias. Então, obviamente o destino teria que fazer com que eu queimasse a língua com Yuru Camp, que é essencialmente um Slice of Life com uma comédia muito leve e divertida. Acreditem em mim quando eu falo que algo desse gênero é bom, pois eu ainda não aprendi a valorizá-lo muito.

     Como vocês puderam perceber pela sinopse, esse anime vai enfocar em garotas que gostam de acampar. Mas, não é simplesmente isso que acontece, sendo que o telespectador vai poder acompanhar como elas criaram vínculos entre si, que provavelmente durarão para sempre. Eu realmente fiquei interessada na relação que a Rin teria com as outras garotas, pois ela era muito reservada e gostava de ficar sozinha, então é legal ver seu crescimento pessoal e amadurecimento em relação a relacionamentos.

     As personagens desse anime foram determinantes para que ele fosse bom, afinal só mostrar pessoas acampando não seria o suficiente para torná-lo popular. Elas são muito diferentes umas das outras e eram muito divertidas. Rin era mais reservada, porém fazia comentários muitos sarcásticos. Nadeshiko era uma garota extremamente (muito mesmo) animada, conseguindo ver beleza em tudo e tendo um estômago sem fundo. Chiaki era meio atrapalhada, embora tivesse muita liderança em seu clube. Aoi era muito persistente, sempre tentando trazer coisas novas para o clube de atividades ao ar livre. E por último, mas não menos importante, temos Ena, uma amiga muito alegre que odiava o frio.

     Essas cinco contribuíram muito para a comédia do drama, que era bem gostosinha. Muitas vezes me pegava rindo com as fofurices e trapalhadas das personagens, que ainda não sabiam muito como acampar (com exceção da Rin). Suas personalidades só complementavam esse gênero, deixando várias situações “banais” muito engraçadas sem forçar muito (infelizmente, a comédia de muitos animes é forçada).

     Mas, o que mais me impressionou nesse anime foi o fato dele conseguir fazer com que o telespectador queira ir em um camping. As meninas ficavam tão animadas e sentiam tanto prazer em acampar que eu fiquei morrendo de vontade de tentar ao menos uma vez. Sem contar, que as paisagens maravilhosas que elas viam eram inspiradoras. “Yuru Camp” enfocou em alguns pontos turísticos do Japão, como o Monte Fuji, o Lago Shibire e o Templo Kouzenji.

     E a fotografia do anime era muito bonita e bem feita. Fiquei abismada em como um jogo de luz, sombras e cores pode fazer com que uma paisagem mude totalmente, não é? O Monte Fuji é visto em vários ângulos e momentos diferentes, mostrando realmente como ele é belo. E acho que todos esses elementos juntos de “Yuru Camp” foram determinantes para que o anime influenciasse japoneses na vida real a acamparem mais. Isso mesmo! No período que o anime estava sendo transmitido, a quantidade de pessoas nos campings quase que triplicou no inverno.

     E para quem não tem nenhuma ideia de como acampar, pode ficar despreocupado que o anime vai te dando dicas no decorrer dele. Eles citam como você pode acender uma fogueira usando uma pinha, quais cuidados você deve ter com certas lenhas, como se manter mais aquecido durante a noite e quais as vantagens de se acampar no inverno. Eu até perguntei para meu pai se algumas coisas eram verdades (ele já acampou algumas vezes) e ele realmente confirmou. <3

     E para os comilões de plantão, eu vou avisar que vocês vão sentir muita fome enquanto estiverem assistindo as garotas acampando, pois elas comem muitas comidas de dar água na boca. Além disso, elas faziam as melhores caras do mundo, como se estivessem no céu. Até mesmo a Rin observava a Nadeshiko comendo e dizia que tudo parecia ser bem mais gostoso do que realmente era. É legal elas dando as dicas do que se pode cozinhar em acampamentos.

     E por fim, temos as músicas de abertura, encerramento e trilha sonora que combinaram totalmente com o clima leve do anime. Eu escutava elas e me sentia muito bem, me lembrando de várias músicas relaxantes que eu escutava durante a minha infância. Quem quiser dar uma escutadinha nelas, é só procurar “Shiny Days” da cantora Asaka e “Fuyu Biyori” de Eri Sasaki no Youtube. Garanto que vocês ficarão tão relaxados quanto eu ao escutá-las.

     Enfim, termino indicando “Yuru Camp” para todos aqueles que não gostam muito de Slice of Life, mas que sempre tentam dar uma chance ao gênero. Ele é bem levinho, sem nenhum tipo de tensão, sendo perfeito para assistir quando você está estressado com trabalho ou faculdade. E quem assistir e gostar muito, saibam que também tem o mangá, que possui três volumes completos.

Nota: 9