quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Resenha: Hatsukoi Monster


Ano: 2016
Número de Episódios: 12
Duração Média de Episódios: 24 min
Direção: Takayuki Inagaki
Roteiro: Deko Akao, Sayuri Ooba e Takashi Aoshima

     Nikaido Kaho é uma estudante do ensino médio que recentemente se mudou para a cidade de Tóquio. O motivo? Kaho vem de uma família rica, então sempre foi muito mimada e protegida. Por isso, ela decide começar a morar sozinha e viver por conta própria. Ao chegar em frente ao seu futuro lar, Kaho é quase atropelada por um caminhão. Neste momento surge um bonito e alto garoto e a salva, que logo depois lhe dá uma bronca por ser tão distraída e irresponsável.



    Como Kaho nunca havia sido tratada daquele jeito antes, ela sentiu grande curiosidade pelo rapaz e um leve aperto no coração. Ela estava apaixonada por ele. Ele era seu primeiro amor. Sendo precipitada, ela pergunta se ele deseja ser seu namorado. O real problema vem agora quando ela descobre que ele é o filho do proprietário de seu dormitório e um estudante da quinta série.



     Eu sei, vocês devem estar pensando: “Uma menina do ensino médio e um menino da quinta série?”. Eu também pensei isso de início. Mas estava curiosa para saber o que eles iam arrumar nesse anime com esse "romance" tão inusitado. Sendo bem sincera, eu estava esperando mais uma comédia do que qualquer outra coisa com a sinopse. Então aqui estou. 


     Bem, no primeiro episódio já deu para perceber que eu não ia gostar muito. Primeiro de tudo, como um garoto daquele tamanho e com aquele rosto podia ser da quinta série? Surto de crescimento? Qual é? Mais uma daquelas tramas sem sentido e irreais dos animes. Mas, aí aceitei de boa. Vai que o anime é legal, não é? Não vai ter mais nenhuma maluquice.

      Para provar que eu estava errada, aparecem mais dois amigos de Takahashi Kanade (o nosso personagem principal). E não é que por coincidência eles também tinham passado por um surto de crescimento? Então agora eram 3 personagens da quinta série que parecem mais com alunos do colegial: Kanade, Kaneko Tomu e Sannomiya Ginjiro. E para completar, é claro que eles tinham que ficar com aqueles shortinhos curtinhos e ridículos para finalizar o visual. Ainda bem que quando eles foram apresentar o 4º amigo, Noguchi Kazuo, este pelo menos era normal. E o mais engraçado é que mesmo parecendo uma criança normal, este era o mais maduro da turma.



     Agora a maluquice acabou, certo? ERRADO! Nenhum personagem é normal nessa história, até a Kaho (que é a mais normalzinha) consegue fazer algumas maluquices as vezes. Vou apresentar cada um para vocês com uma pequena descrição:

Shinohara Kota: o tímido rapaz que é tão delicado que quando tira a franja de seus olhos parece uma garota.


Taga Atsushi: um colegial convencido que não perde uma oportunidade de pegar no pé de Kaho e fazê-la chorar.


Nagasawa Arashi: que é fanático por coisas fofas e sempre que tem oportunidade quer vestir Kota com roupas de mulher para tirar fotos dele. Arashi namora com Chiaki.


Yokochi Chiaki: uma sádica colegial que adora perturbar Kota e namora Chiaki, aceitando-o do jeito que é. Apesar disso, é a mais centrada de todos.


Hayashi Mafuyu: uma garota com aparência e atitudes doces perto de todos, principalmente de Takahashi Shugo (o pai de Kanade), por quem é apaixonada. Porém ela vira o “demônio” (literalmente) quando deseja alguma coisa ou em tudo em relação a Shugo.


     Essa é a turminha maluca que mora junto com Kaho. Sério, eu falando assim não parece nada tão doido e estranho. Vocês tem que assistir para entender do que eu estou falando. Não entendi como eles conseguiram criar um personagem mais doido do que outro...

     E mais pervertido também. Sério, os que mais falavam coisas sem noção em relação a isso são o trio da quinta série. No anime isso é retratado como sendo devido à idade e tudo mais, mas é muito exagerado e pesado para garotos de 12 anos. Acho que eles tentaram deixar o anime mais engraçado através de piadinhas desse jeito, mas na minha opinião só ficou sem noção mesmo.


     Outro aspecto que não gostei nada é que enquanto Kaho ficava super apaixonadinha por Kanade, este em vários momentos nem percebia o que estava acontecendo e era muito infantil. Sério, se fosse na vida real, esse relacionamento teria terminado rapidinho. O anime é 0% (ou quase) romance.


     Mas, não posso negar, que apesar de ter uma comédia bem sem noção, eu até que me diverti em vários momentos. Como não rir de cada palavra de Gin, que apesar de ser um aluno da quinta-série era o que possuía a voz mais grossa? Ou até mesmo de Mafuyu que encarnou um demônio em uma parte engraçadíssima do anime? Impossível. Apesar de não ser meu estilo de comédia preferido, não posso negar que algumas partes foram bem engraçadas.

Sim, essa é a Mafuyu!

     Apesar de todos os pontos negativos, gostei da maneira como o anime abordou o amor: quando se está apaixonado, você aceita a pessoa do jeito que ela é. Com seus defeitos e bizarrices. Mesmo que tenha sido mostrada de uma maneira bem maluquinha. Isso se aplicou muito a Kaho e Kanade, e, principalmente, Chiki e Arashi. Esses dois últimos então, percebíamos seu amor em alguns momentos do anime. Pena que eles foram pouco explorados.



     Durante todo o anime você fica se perguntando: “Será que Kanade vai dar uma amadurecida até o final?”. Bem, a única coisa que dá uma amadurecida em Kanade é a sua perspectiva dos seus sentimentos por Kaho, que ele passa a perceber que gosta muito mais dela do que imaginava. Mas, ele continua sendo o crianção infantil do começo ao fim. Desculpa desapontar aqueles que esperavam isso...

     Não consigo decidir se recomendo esse anime ou não para vocês. Eu não gostei muito, principalmente porque a temática é tratada de uma maneira bem “indecente” e sem noção. Mas, admito que eu me diverti em algumas partes. Por outro lado, tenho amigos que já assistiram e acharam super engraçado. Vai saber né? Haha Por isso, se já tinha se interessado por esse anime antes, recomendo que assista para tirar suas próprias conclusões.

Nota: 3

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