Ano de exibição: 2018
Número de episódios: 12
Estúdio: Hoods Entertainment
Direção: Takashi Naoya
Escrito por: Deko Akao
Distribuição: NTV (AnichU)
Tempo médio de duração dos episódios: 20min
Gênero: Romance, Escolar
Hikaru Tsutsui é um
otaku que nunca se interessou por garotas reais, sempre preferindo aquelas que
eram do mundo 2D. Um dia, ele é obrigado a realizar uma tarefa com Iroha
Igarashi, uma das meninas mais populares de sua escola. O problema é que ela é
exatamente o tipo de pessoa que ele mais odeia. Ou será que não? Acompanhe a
relação de dois colegiais que não poderiam ser mais diferentes.
Eu comecei a assistir
o anime pelo fato de ter lido um pouco do mangá dele alguns anos atrás. Pelo
que eu me lembre, na época eu tinha ficado bastante interessada e tinha gostado
dele. O problema, é que eu devia ter no máximo uns 15 anos e achava os animes
de romance super inocentes e fofinhos muito lindos. Mas agora que eu estou mais
velha (com mais de 18 anos nas costas), percebo como não consigo mais
aproveitar esse gênero.
Vou deixar claro aqui
que não é a inocência que faz com que eu não goste do romance, afinal muitos
k-dramas que eu gosto possuem personagens bem inocentes. O que é incômodo é o
fato dos colegiais serem lerdos e parecerem não ter nenhum bom senso quando o
assunto é se relacionar com as pessoas. Acreditem! Eu já fui uma pessoa muito
tímida e na minha (daquelas que não conseguiam nem ir comprar pão na padaria de
vergonha de falar com os outros), mas em nenhum momento eu fui sonsa o
suficiente para não entender certas coisas que Tsutsui não percebia com tanta
facilidade.
Sério mesmo gente!
Não tem como não se irritar com um protagonista que é inseguro o tempo todo, não se
valoriza e tem um complexo de inferioridade imenso. Se alguma pessoa estiver se
sentindo desmotivado em algum dia e assistir “3D Kanojo: Real Girl”, Tsutsui
com certeza conseguirá te deixar mais para baixo ainda. Mas para salvar a
história temos a linda Igarashi, que é muito carismática na minha opinião.
Nossa protagonista
feminina é uma das únicas personagens que salvam o anime, sendo que ela não é a
garota que pensaríamos que ela seria. Ela é gentil, mas não se preocupa em ser
boa com todo mundo. Bonita e confiante, mas por vezes se sente meio insegura em
relação ao quão importante é para as pessoas. E o melhor de tudo é que há um
certo mistério em relação a ela, que sempre diz que só ficará três meses
naquela cidade. Eu suspeito de uma razão para ela ter que ir embora, mas até
que eu veja o final da história não há como confirmar.
O romance, na minha
opinião, não foi um dos pontos fortes do anime, pois realmente ficávamos
pensando o que uma pessoa tão incrível como a Iroha estaria fazendo com um
pessimista como o Tsutsui. Mas o telespectador consegue entender bem o motivo
de ambos estarem juntos e o porquê do escritor ter feito a história dessa
forma. Creio que eles queriam mostrar como era um romance entre colegiais que nunca
tinham experimentado o amor.
Apesar dessa pequena
decepção, o anime encanta pelo fato de nos fazer refletir sobre determinados
assuntos durante vários momentos. O primeiro deles é o fato de julgar as
pessoas pela aparência, que levaria você a muitos mal entendidos. O segundo é a
importância da amizade e do amor, sendo que um nunca deveria prevalecer sobre o
outro (nada de largar os amigos para ficar com namorado, hein!). O último
deles, e talvez o mais importante, é o fato de nossas ações afetarem as
pessoas. Sempre temos que tomar cuidado com o que fazemos para que não magoemos
os outros.
E em relação aos
traços do anime, tenho que admitir que fiquei bem decepcionada. Quando eu vi o
pôster de “3D Kanojo: Real Girl”, eu realmente achei que tudo seria muito lindo
e bem feito. Infelizmente não foi assim. Os desenhos dos primeiros episódios
estavam muito bonitos, mas com o decorrer da história eles foram ficando cada
vez mais relaxados. O que tinha de rostos tortos e sem detalhes não está
escrito. Apesar disso, tinham alguns poucos momentos que os desenhos e os jogos
de cores ficaram muito bem feitos.
Enfim, a temporada
termina sem contar algumas coisas muito importantes, que eu espero que conte na
próxima. As músicas de abertura e encerramento não chamaram muito a minha
atenção, embora a de abertura tenha me dado uma paz de espírito algumas vezes.
Então, termino essa resenha com uma frase de efeito super legal da Iroha: “Se
está dizendo ‘Por eu ser assim, não vai dar certo’, então é melhor dizer ‘É
assim que eu sou, então venha comigo’”. <3
Nota: 6.7
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